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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 07-08-2018 - 10:20 -   Notícia original Link para notícia
Produção registra recuo de 4,1% em julho

Na comparação anual, no entanto, Anfavea apura crescimento de 9,3%, o equivalente a 245,8 mil unidades



São Paulo - A produção brasileira de veículos em julho caiu 4,1% ante junho e subiu 9,3% na comparação com julho do ano passado, somando 245,8 mil veículos, informou ontem a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

A queda no mês passado, segundo o presidente da Anfavea, Antonio Megale, reflete o ajuste da produção ao enfraquecimento das exportações de veículos, que cederam 21% em relação a junho e caíram cerca de 22% na comparação anual em termos unitários. O resultado reverteu o total acumulado no ano para uma queda de 2,8%.

Apesar da queda na produção, o mês passado teve o melhor resultado para julho desde 2014, segundo Megale.

No acumulado do ano até julho, a indústria produziu 1,68 milhão de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus veículos, alta de 13% em relação ao mesmo período do ano passado.

As vendas de veículos novos em julho subiram cerca de 8% na comparação mensal e avançaram praticamente 18% na comparação anual, para 217,5 mil unidades.
O resultado de vendas do mês passado marcou o maior número de emplacamentos para o mês de julho desde 2015 e o melhor resultado mensal desde dezembro de 2015. "A gente considera um bom número", falou Megale. No acumulado do ano, as vendas subiram 15%, para 1,38 milhão de veículos.

A entidade manteve a projeção de estabilidade nas exportações neste ano, após revisão no mês passado, embora veja riscos devido à crise na Argentina.

"A previsão ainda é de estabilidade..., mas agora com um pouco de risco", disse Megale. Segundo ele, os mercados na América Latina são muito voláteis e podem trazer reversão tanto positiva como negativa e, portanto, a entidade monitora os desdobramentos.
Segundo dados da contraparte argentina da Anfavea, Adefa, as vendas de veículos na Argentina em julho caíram quase 16% na comparação com junho e recuaram 35,5% sobre um ano antes.

A Anfavea manteve as projeções de crescimento de 11,9% da produção de veículos no Brasil e de 11,7% para as vendas em 2018.



Rota 2030 - A expectativa da Anfavea é que o decreto que detalha a medida provisória do Rota 2030 seja publicada ainda nesta semana.

"Aí a gente vai poder olhar com profundidade para saber como ele está, para saber se tem alguma surpresa, se não houve nenhum equívoco", ponderou Megale.

O presidente da Anfavea apontou ainda que, para ser transformada em lei, a medida vai passar por uma discussão em comissão mista no Congresso, na qual serão analisadas cerca de 80 emendas propostas antes de ir à votação na própria comissão.

A Anfavea espera que a aprovação na comissão mista aconteça entre agosto e setembro, sendo que a votação em plenário na Câmara e no Senado deve ficar para depois das eleições de outubro.



Anfavea manteve projeções de crescimento de 11,9% da produção de veículos e de 11,7% das vendas neste ano no País/ANPR/Divulgação





Eleição não deve barrar debate do Rota 2030





São Paulo - Mesmo em um período eleitoral, o Rota 2030 - programa que define regras para a fabricação dos automóveis produzidos e comercializados no Brasil nos próximos 15 anos - deverá ser discutido pelo Congresso, avaliou ontem o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), Marcos Jorge.

"Acredito que, sim, será discutido, porque é um programa que interessa a todos. Quer seja ao Estado de São Paulo, que tem atividade industrial automotiva forte e importante, como as regiões Sul e Nordeste, que têm essa discussão presente", apontou o ministro, acrescentando que não tem visto falta de disposição por parte do Congresso para analisar a medida, que é um programa de longo prazo que objetiva investimentos tanto em pesquisa e desenvolvimento como em veículos mais seguros e menos poluentes

Argentina - Sobre a negociação da expansão do acordo automotivo com a Argentina, o ministro Marcos Jorge reiterou que o acordo vigente que vai até 2020. Isso, na avaliação dele, já confere previsibilidade ao setor no Brasil. Mas disse que as negociações estão sobre a mesa para verificar quais são os limites de cada lado.

"A Argentina, obviamente, tem suas sensibilidades, acabou de passar por uma crise importante e nós temos a preocupação por manter o equilíbrio entre as partes", falou o ministro.

Ele acrescentou que, da parte do Brasil, as negociações estão sendo tocadas de forma muito serena, já que os dois países têm tempo adequado para verificar o que é melhor para eles.


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