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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Negócios ) - MG - Brasil - 07-08-2018 - 10:46 -   Notícia original Link para notícia
Controle da Ricardo Eletro deve mudar de mãos

Rumores dão conta que o controle da holding Máquina de Vendas será adquirido pela Starboard por R$ 250 mi


Uma das principais redes de varejo de eletroeletrônicos nascidas em Minas Gerais, a Ricardo Eletro será vendida para a Starboard Restructuring Partners, empresa paulista especializada em fazer reestruturação de empresas em dificuldades. De acordo com informações de mercado, a empresa deve investir R$ 250 milhões para adquirir o controle de 72,5% da Máquina de Vendas, detentora da marca Ricardo Eletro. A varejista deve passar por processo de recuperação extrajudicial e a estimativa é que a dívida chegue R$ 2,5 bilhões.

Uma fonte próxima à Starboard afirmou que a expectativa é que, nesta semana, a empresa entre com o protocolo do pedido de recuperação extrajudicial. A aquisição só ocorre, de fato, se o pedido for homologado. A dívida da Máquina de Vendas gira em torno de R$ 2,5 bilhões, sendo que R$ 1,5 bilhão é devido aos bancos credores. O investimento de R$ 250 milhões na compra da  fatia majoritária da varejista se somará a outros aportes da recuperação extrajudicial e ajudarão a empresa a se reeguer. Procurada pela reportagem, a Starboard não quis se pronunciar.

A Ricardo Eletro foi fundada por Ricardo Nunes em Divinópolis, no Centro-Oeste do Estado. Mais tarde a rede transferiu sua sede para Belo Horizonte e expandiu por todo o País, se tornando uma das cinco maiores empresas de varejo de eletroeletrônicos do Brasil. Hoje, a Ricardo Eletro tem cerca de 600 lojas. Em 2010 a marca mineira se juntou à rede baiana de móveis e eletrodomésticos Insinuante, formando a Máquina de Vendas. Nos anos seguintes, outras marcas foram incluídas ao grupo: City Lar, Eletro Shopping e Salfer.

Balanço - A última demonstração financeira divulgada pela Máquina de Vendas em seu site é referente ao ano de 2016. O relatório mostra que a receita líquida de vendas e serviços em 2016 foi de R$ 5,5 bilhões, o que significa uma queda de 28% em relação a 2015, quando foi de R$ 7,07 bilhões. A demonstração também mostra o prejuízo do exercício, que foi de R$ 653 milhões, muito superior ao prejuízo em 2015, que foi de R$ 411 milhões.
Os números decrescentes da varejista vão na contramão do setor nessa mesma base de comparação. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que de 2015 para 2016 a presença de eletroeletrônicos e eletrodomésticos nos lares brasileiros cresceu entre 2% e 4%, dependendo o tipo e produto.

O cenário de 2018 também é positivo para o setor, de acordo com a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros). No último levantamento da organização, referente ao primeiro semestre de 2018, é possível ver crescimento nas vendas de todos os segmentos de eletroeletrônicos. O destaque ficou por conta da televisão, cujas vendas cresceram quase 30% nos primeiros seis meses deste ano, em relação ao mesmo período em 2016.


Dívida da Máquina de Vendas gira em torno de R$ 2,5 bilhões e, deste total, R$ 1,5 bilhão é devido aos bancos credores/Alisson J. Silva



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