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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 02-08-2018 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Sem surpresas, BC mantém Selic em 6,5%

Decisão do Comitê de Política Monetária foi unânime e correspondeu às expectativas do mercado financeiro
Os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiram, por unanimidade, manter a Selic (os juros básicos da economia) em 6,50% ao ano. Com isso, a taxa permaneceu no nível mais baixo da série histórica do Copom, iniciada em junho de 1996. Foi a quarta reunião seguida em que a taxa foi fixada neste patamar.

A decisão de ontem era largamente esperada pelos economistas do mercado financeiro. De um total de 62 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, todas aguardavam pela manutenção da Selic. Ao justificar a decisão, o BC reafirmou, por meio de comunicado, que a evolução do cenário básico e do balanço de riscos prescreve manutenção da taxa Selic no nível vigente.

"O Comitê entende que essa decisão reflete seu cenário básico e balanço de riscos para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui o ano-calendário de 2019", completou o colegiado.

No documento, o BC também atualizou suas projeções para a inflação. No cenário de mercado - que utiliza expectativas para câmbio e juros do mercado financeiro compiladas no relatório Focus -, o BC manteve sua projeção para o IPCA em 4,2% para 2018. No caso de 2019, a expectativa passou de 3,7% para 3,8%.

No cenário de referência, em que o BC utilizou uma Selic fixa a 6,50% e um dólar a R$ 3,75 nos cálculos, a projeção para o IPCA de 2018 permaneceu em 4,2%. No caso de 2019, o índice projetado continuou em 4,1%. As projeções anteriores constaram no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado no fim de junho.

O centro da meta de inflação perseguida pelo BC este ano é de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (índice de 3,0% a 6,0%). Para 2019, a meta é de 4,25%, com margem de 1,5 ponto (de 2,75% a 5,75%).

Setores - Por meio de nota, o presidente do Sistema Fiemg, Flávio Roscoe, disse acreditar que ainda há espaço para uma redução na Selic, apesar do patamar historicamente baixo. A principal justificativa seria a debilidade da atividade econômica.

"As previsões de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) têm sido sistematicamente revisadas para baixo. No início do ano, os principais analistas de mercado projetavam um crescimento de 2,7% do PIB em 2018. Atualmente, as projeções estão em 1,5%. Como agravante, a greve dos caminhoneiros levou a produção física de maio a um recuo de 10,9% no Brasil e de 10,2% em Minas Gerais, na comparação com o mês de abril", destacou o presidente por meio de nota, na qual reforçou ainda a importância também de "uma atuação mais forte do governo no sentido da redução do spread bancário".

O presidente da de Belo Horizonte (-BH), , também se posicionou por meio de nota. De acordo com o dirigente, a taxa atual não é a ideal para os setores de comércio e serviços e toda a cadeia produtiva.

"Para o varejo, a continuidade da queda na taxa de juros é um fator primordial para fomentar o crédito e consumo, bem como alavancar a atividade econômica, criando assim, um ambiente favorável para expansão dos negócios", defendeu Falci. Segundo ele, uma manutenção da Selic teria de vir acompanhada de medidas de estímulos à atividade produtiva e à geração de emprego.


Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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