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Portal Hoje em Dia (MG) ( Primeiro Plano ) - MG - Brasil - 25-07-2018 - 06:00 -   Notícia original Link para notícia
Minas registra em junho saldo positivo de 12 mil postos de trabalho

Minas Gerais encerrou junho com saldo positivo de 12.143 vagas de emprego, resultado de 1.167.531 admissões e 1.168.192 desligamentos. Embora o número tenha sido menor do que o registrado no mesmo mês do ano passado, ele é quase três vezes superior ao verificado em junho de 2016 e indica que o período mais sombrio da economia ficou para trás. Segundo especialistas, a greve dos caminhoneiros impediu que o resultado fosse melhor. Os dados são Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), elaborado pelo Ministério do Trabalho.

A queda na quantidade de vagas começou a se intensificar em 2013, quando a crise financeira internacional foi iniciada. Naquele ano, em junho, o saldo de empregos era de 28 mil postos. No ano seguinte, no mesmo mês, o número já havia reduzido quase pela metade, chegando a 15,7 mil empregos.

De lá para cá, a retração veio a galope, com o fundo do poço alcançado em junho de 2016, com 4,5 mil postos.

O economista e professor do curso de administração do Ibmec, Eduardo Coutinho, explica que a leve ascensão registrada nos postos de trabalho nos últimos dois anos reflete a ligeira recuperação da atividade econômica.

"O saldo de emprego de junho reafirma o aumento previsto de 1,5% no Produto Interno Bruto (PIB).Ainda está longe do ideal, mas o cenário é melhor do que o verificado em um passado recente", afirma o economista.

Agropecuária

A agropecuária puxou a ascensão do emprego formal em junho com saldo positivo de 17,1 mil postos, aumento de 6% na comparação com o mês anterior. Conforme explica a analista de Agronegócios da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Ana Carolina Alves Gomes, a colheita do café, que começa em maio e vai até setembro, foi responsável pelo número robusto.

Em 2014, Minas Gerais será responsável por 54% da produção nacional de café.Para se ter noção da importância do grão, um terço de todo o café bebido no mundo sai de Minas. "Algumas regiões tradicionais da produção cafeeira, como o Sul de Minas e a Zona da Mata, são montanhosas. Nesses locais, a colheita é manual. Por isso, a quantidade necessária de mão de obra contratada é grande", explica Ana Carolina.

Os setores Construção Civil e Serviços, importantes termômetros econômicos, também apresentaram elevação no número de vagas criadas, com, respectivamente, 436 e 981 postos.

Na contramão, a indústria da transformação encerrou 5,3 mil vagas no mesmo período, redução de 0,7% no confronto com o mês anterior. O comércio também contratou menos do que demitiu, com saldo negativo de 1,4 mil vagas.

De acordo com o vice-presidente da de Belo Horizonte (-BH), Marco Antônio Gaspar, a greve dos caminhoneiros e a Copa do Mundo contribuíram para que o saldo de empregos do comércio fosse negativo. "A greve foi em maio, mas os reflexos só foram sentidos em junho. O comércio perdeu muito dinheiro e foi necessário reduzir custos. A Copa também ajudou a piorar o cenário", diz.

A vendedora Wanderléia Meira, de 30 anos, foi uma das vítimas de demissões no comércio. Ela trabalhava há 10 meses em uma fábrica de cimentos para pagar a faculdade de comunicação social, mas no último mês, recebeu a notícia de que seria desligada. "As vendas caíram com a crise e a empresa precisou se reorganizar. Como eu era uma das funcionárias com menos tempo de casa, fui cortada", explica. Além dela, foram demitidos caminhoneiros, ajudantes e pessoas responsáveis pela cobrança. Apesar dos cortes, Wanderléia acredita em um reaquecimento do setor. "Estou recebendo muitos anúncios de vagas, acho que o mercado já está melhor que no ano passado", afirma. (Colaborou Rafaela Matias)

Vagas de estágios crescem 13% no primeiro semestre do ano

O número de vagas de estágios aumentou 13,4% no primeiro semestre, segundo dados divulgados ontem pelo Centro de Integração Empresa Escola (CIEE). A entidade sem fins lucrativos identificou que 203.062 novas vagas foram registradas nos primeiros seis meses do ano, contra 178.992 no mesmo período de 2017. Atualmente no Brasil, 369.389 estagiários estão contratados em suas áreas de estudo, com estimativa de contratação de 44% após a formatura. As informações são da Agência Brasil.

Para os 114.599 menores aprendizes brasileiros os números também são positivos. As vagas aumentaram 11,7% entre o primeiro semestre de 2017, quando surgiram 33.273 vagas, e o primeiro semestre de 2018, com 37.178 contratações.

De acordo com Humberto Casagrande, superintendente do CIEE, o crescimento não está ligado à substituição de profissionais efetivos por estagiários, que exigem menores encargos trabalhistas. "Essa prática já foi maior no passado", afirma.

A entidade ressalta que apesar dos números positivos, cerca de 3 milhões de jovens ainda aguardam uma oportunidade. Segundo o índice divulgado pelo Ministério do Trabalho, a taxa de desemprego entre pessoas de 14 a 24 anos é de cerca de 27%. "Não dando chance a esses jovens, eles vão tentar outras saídas", defende Casagrande. Ele destaca ainda as vantagens de optar por essa mão de obra. "Contratar estagiários não é só uma ação social, mas também um bom negócio. Ainda mais num ambiente de crise, o aprendiz e o estagiário são muito ativos, gente de muito boa vontade, que compensa a falta de experiência".

Perfil

A maioria dos estudantes estagiários identificados pela pesquisa cursam o ensino superior (77,6%), seguido pelo ensino médio (18,3%), curso écnico (3,5%) e educação especial (0,6%). As mulheres predominam, respondendo por 65% dos estagiários.

Entre os cursos de nível superior com maior número de estagiários, se destacam em ordem crescente: direito, pedagogia, administração, ciências contábeis, engenharia civil, educação física, psicologia, publicidade e enfermagem. Nos cursos técnicos, predominam vagas para administração, enfermagem, informática e segurança do trabalho.

Agências dos Correios vão começar a

emitir carteira de trabalho em agosto

As unidades dos Correios poderão, a partir do próximo mês, emitir carteiras de trabalho e previdência social. A ideia é fruto de uma parceria firmada entre o Ministério do Trabalho e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, por meio de um acordo de cooperação técnica anunciado na última segunda-feira. As informações são da Agência Brasil.

O projeto piloto será implantado nos próximos 30 dias no estado de São Paulo e deverá ser expandido para as demais capitais em seguida.

O objetivo da iniciativa é descentralizar a emissão da carteira e facilitar o serviço para a população. "O propósito da parceria é oferecer um serviço mais ágil e acessível ao trabalhador", disse o secretário executivo substituto do Ministério do Trabalho, Admilson Moreira.

De acordo com o Ministério, de janeiro a maio deste ano, foram emitidas mais de 2,3 milhões de carteiras no país. Atualmente, o serviço de emissão está disponível nas unidades ligadas ao Ministério do Trabalho e em unidades descentralizadas. A rede conta com cerca de 2,1 mil postos de atendimento, incluindo instituições parceiras nos estados e municípios.


Palavras Chave Encontradas: Câmara dos Dirigentes Lojistas, CDL
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