Apesar do comércio de Belo Horizonte registrar aumento em maio, o número foi menor que o projetado para o período. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Mai.18/Mai.17), as vendas apresentaram crescimento de 2,02%. Esse resultado é o melhor já registrado desde 2012 nesta base de comparação, mas foi abaixo da expectativa inicial, que era de alta de 2,76%. Para o presidente da Câmara de Dirigentes LojistasCâmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDLCDL/BH), Bruno FalciBruno Falci, ainda não estamos no cenário ideal, a economia ainda está se recuperando, e isso vem ocorrendo em ritmo lento. Mas, já temos uma situação melhor do que a dos últimos anos, o que permite que as pessoas voltem a consumir, mas de forma moderada. "Apesar do crescimento, nossas projeções eram de um aumento maior, mas a economia e o investimento produtivo ainda não melhoraram de forma a desacelerar, significativamente, a taxa de desemprego, o que tem relação direta com poder de compra das pessoas", comenta Falci. "Além disso, a greve dos caminhoneiros, que gerou uma crise de abastecimento no País, e o parcelamento e atraso dos pagamentos dos funcionários do Estado também tiveram forte impacto no resultado menor (2,02%)", esclarece o presidente.

Nesta base de comparação (Mai.18/Mai.17), todos os setores apresentaram crescimento nas vendas e o que teve a maior alta foi o de supermercados ( 5,16%). "Um dos fatores que explica esse número é que muitas pessoas reforçaram as compras do mês por receio de desabastecimento dos supermercados, devido à suspensão do transporte de mercadorias ocorrido no mês", comenta Falci. Os demais setores tiveram os seguintes desempenhos: artigos diversos que incluem acessórios em couro, brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo, material fotográfico, computadores e periféricos e artefatos de borracha ( 3,05%); móveis e eletrodomésticos ( 1,53%); drogarias e cosméticos ( 1,29%); material elétrico e construção ( 0,89%); veículos e peças ( 0,73%); Papelarias e Livrarias ( 0,7%) e vestuário e calçados ( 0,27%).

Dia das Mães é o melhor dos últimos seis anos

O índice real de vendas apresentou, na comparação mensal, (Mai.18/Abr.18), um crescimento de 1,44%. Essa alta é a maior para o mês dos últimos seis anos, e mostra que as vendas do Dia das Mães foram positivas na capital. "Maio é uma base de comparação muito forte, temos a segunda melhor data em vendas para o comércio. E com um cenário econômico melhor em relação aos anos anteriores, os consumidores presentearam mais as mães", diz o presidente. Deve-se ressaltar que este resultado poderia ter sido melhor, mas a greve dos caminhoneiros teve um impacto negativo no desempenho do comércio.

Na variação mensal os seguintes setores apresentaram aumento nas vendas: móveis e eletrodomésticos ( 2,88%); supermercados ( 1,64%); artigos diversos ( 0,97%); drogarias e cosméticos ( 0,64%); e vestuário e calçados ( 0,27%). Os que tiveram queda foram: veículos e peças (-1,66%); papelaria e livrarias (-1,09%) e material de construção (-0,29%).

Vendas do comércio de Belo Horizonte cresceram quase 3% no acumulado do ano

Os primeiros cinco meses do ano foram positivos para o varejo da capital. As vendas no acumulado do ano (Jan.18-Mai.18/Jan.17-Mai.17) registraram alta de 2,91%, o que indica que o ambiente econômico mais favorável tem proporcionado a elevação do consumo das famílias. "A queda da inflação, da taxa básica de juros e o aumento dos rendimentos reais vêm influenciando, positivamente, o comércio em 2018", justifica o presidente da CDLCDL/BH. "Estamos conseguindo, aos poucos, retomar o ritmo de crescimento. Os primeiros cinco meses do ano já foram melhores que os anos anteriores. Mas, sabemos que ainda falta um longo caminho para a recuperação das perdas dos últimos três anos", acrescenta.

Entre os segmentos, todos apresentaram resultados positivos. São eles: supermercados ( 4,66%); artigos diversos ( 3,74%); drogarias e cosméticos ( 2,92%); móveis e eletrodomésticos ( 2,7%); veículos e peças ( 2,65%); material elétrico e construção ( 2,47%); papelaria e livrarias ( 1,47%) e vestuário e calçados ( 1,14%).

Varejo da capital registra alta nos últimos doze meses

As vendas do comércio de Belo Horizonte tiveram crescimento de 3,05% nos últimos doze meses (Jun.17-Mai.18/Jun.16-Mai.17). "O varejo vem apresentando sinais de melhora, após três anos consecutivos de queda. Essa recuperação reflete a melhora de alguns indicadores macroeconômicos", esclarece o presidente da CDLCDL/BH.

Todos os setores tiveram crescimento nessa base de comparação, se comportando da seguinte maneira: material elétrico e construção ( 3,89%); móveis e eletrodomésticos ( 3,36%); artigos diversos ( 3,11%); drogarias e cosméticos ( 2,97%); veículos e peças ( 2,69%); vestuário e calçados ( 2,4%); papelaria e livrarias ( 1,9%) e supermercados ( 1,15%).