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Estado de Minas Online ( Especial ) - MG - Brasil - 13-07-2018 - 04:00 -   Notícia original Link para notícia
Minas de boas ideias

Uma economia de contrastes pulsa em Minas Gerais, ao ritmo de novos tempos, mas de enormes desafios, tanto para a produção tradicional do estado - aquela que brota da riqueza do subsolo e ainda faz dezenas de substâncias minerais e grãos darem as cartas nas exportações -, quanto para a inovação que vem das startups, as empresas de base tecnológica e potencial de rápido crescimento. A despeito das diferenças de engrenagem dessas cadeias produtivas aparentemente em lados opostos, as dificuldades do estado para voltar a crescer esbarram em antigos e novos problemas, parte deles típicos de uma crise que é brasileira.

Como o Estado de Minas tem mostrado, nos últimos anos, Minas sofreu esvaziamento, seja na política, seja na economia, e tem perdido espaço na atração de grandes investimentos do setor privado, o que contrasta com o histórico de empreendimentos do porte da Usiminas e do grupo Fiat, que, décadas atrás, mobilizaram empresários e trabalhadores. Outra discussão ainda travada questiona a concentração da produção e das exportações mineiras em produtos minerais e agrícolas em bruto, como café, açúcar e soja.

São desafios que se cruzam com o esforço das empresas e dos mineiros para vencer a crise atual, a perda do poder de compra do brasileiro, os preços ainda altos de vários serviços essenciais, como transporte, saúde e educação. Compõem esse cenário os tempos de mudanças forçados pela inovação tecnológica.

Neste especial, em comemoração aos 90 anos do EM, de consumidores a empresários buscam responder a essas indagações e relatam suas experiências diante dos fatos que marcaram a economia nesse período. O trabalho das fiscais da inflação, que saíram às ruas em protesto contra os preços altos e os reajustes frequentes no fim dos anos 80 e início da década de 90, é também importante nos dias atuais. Embora com outras características, remarcações e desabastecimento de produtos foram vistos no Brasil, como não se esperava, durante a greve dos caminhoneiros.

Do outro lado do balcão, os comerciantes Lélia Gonçalves Bedran e , que é também presidente do Clube de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (-BH), falam sobre os tempos difíceis da economia. "Quando o negócio está em crise, você se levanta, não vacila e trabalha mais ainda", diz Lélia, dona da Casa Pérola.

O EM foi, ainda, atrás dos sonhos de profissionais já clicados oito anos atrás, pelas lentes dos fotógrafos em sua caminhada, desde o primeiro emprego, passando pela aposentadoria e a abertura do negócio próprio. "Com o dinheiro da aposentadoria não dá para sobreviver. Não posso nem pensar em perder o emprego", admite o topógrafo aposentado Antonio Passos, de 73 anos.

Em debates organizados pelo EM, empresários da indústria tradicional e das startups - BH já é reconhecida como celeiro de empresas inovadoras na economia digital - reconhecem os pontos fortes e o que é preciso para avançar. O presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, defende um pacto social que exija o compromisso dos governos com o equilíbrio das contas públicas e as reformas tributária e da Previdência. Para Alexandre Riccio, vice-presidente do Banco Inter, o caminho passa pela aposta em boas ideias: "Quem não inovar está fora do jogo".


Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, CDL
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