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O Globo Online (RJ) ( Rio ) - RJ - Brasil - 08-07-2018 - 10:32 -   Notícia original Link para notícia
Carros elétricos aceleram em direção ao futuro

Embaixador da ONU para o meio ambiente defende a expansão dos veículos no Brasil









"A expansão dos veículos elétricos já é o presente, não o futuro", avalia o paulistano Lucas Di Grassi, piloto da Fórmula E, competição em que nenhum carro utiliza combustível. Escolhido embaixador da ONU para o meio ambiente, ele diz que, no Brasil, a tendência é que esse tipo de transporte comece a crescer com o uso de bicicletas e pequenas motos e, depois, avance para automóveis e veículos maiores. O maior desafio, avalia, será adaptar a infraestrutura das cidades para receber os equipamentos destinados à recarga.

















DIVULGAÇÃOInfraestrutura. Di Grassi: desafio é adaptar cidades para os carros elétricos

















Nos Estados Unidos, segundo o piloto, os carros elétricos são 20% mais caros que os tradicionais. Ele destaca que o investimento é compensado no médio prazo com a economia no abastecimento e os custos menores de manutenção:

















- Encher um tanque de combustível tradicional pode custar R$ 300, o que equivale a um gasto de R$ 24 em um carro elétrico. O investimento na compra é compensado nos primeiros cinco anos. E há um ganho enorme para a saúde, para a qualidade do ar nas cidades.









Di Grassi aponta outros ganhos para o meio ambiente:









- É mais barato produzir eletricidade e usá-la em veículos do que tirar petróleo do pré-sal e transformá-lo em gasolina. Isso vai mudar completamente a matriz energética do mundo, e o Brasil não pode ficar para trás. Mas depende do incentivo do governo e do lobby do ( setor de) combustível. Essa história de falar que o petróleo é nosso virou coisa do passado.









No Brasil, a compra de carros elétricos e híbridos tem crescido, mas ainda é pequena: equivale a apenas 0,2% do total de novos licenciamentos em 2018. A frota no Estado do Rio, até maio deste ano, é de 74 veículos, dois a mais em relação a 2017, de acordo com o Detran. Motorista de carro executivo, Anderson Moraes Pereira, de 26 anos, faz parte da estatística. Há quatro meses, decidiu investir em um modelo híbrido (elétrico e gasolina).









- A autonomia de um veículo a gás é menor, precisava abastecer duas vezes por dia. Agora, só o faço duas vezes por semana. Cada abastecimento custa R$ 200, e posso rodar 700 quilômetros - diz Anderson, dando como exemplo o consumo de seu carro híbrido.









Anderson pagou R$ 90 mil por um Fusion 2014, cerca de R$ 20 mil a mais do que o modelo tradicional. Segundo ele, o investimento compensa pela economia com combustível, pelo desconto do IPVA e pela dispensa de equipamentos extras, como ocorre em veículos a gás.









- A maioria dos passageiros que entra no meu carro não conhece um veículo elétrico, e fica impressionada com o silêncio e a economia. Não tenho que carregar o meu Fusion, que roda 20 quilômetros com energia elétrica. Quando acaba, precisa apenas de dois ou três minutos com gasolina para recarregar.





MINICIDADE VAI RECEBER PROJETOS DE TECNOLOGIA









Entidade ligada ao governo federal testará 33 iniciativas em Duque de Caxias









A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), do governo federal, começa a testar em setembro, no campus do Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro), em Xerém (Duque de Caxias), 33 ideias escolhidas entre 150 projetos enviados ao programa de tecnologia para cidades inteligentes. A proposta é montar uma minicidade, onde serão implementadas iniciativas como instalação de sensores em postes, para detectar situações de violência, e em bueiros, para evitar alagamentos. Serão testados ainda planos de iluminação e transporte de lixo "inteligentes".









- Nosso foco são os gestores municipais. Queremos que eles tenham acesso aos projetos que forem aprovados e que recebam o selo do Inmetro - disse o presidente da ABDI, Guto Ferreira.









O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) também anunciaram, no mês passado, planos de financiamento para a chamada internet das coisas (objetos conectados à rede que se comunicam mutuamente). Em estudo encomendado pelas instituições federais, a consultoria McKinsey calculou a "cadeia de valor" da internet das coisas, levando em conta novos negócios, geração de emprego e economia de gastos públicos, entre outros itens. A conclusão é que o setor, até 2025, poderia adicionar pelo menos US$ 50 bilhões (R$ 188 bilhões) à economia brasileira. O valor equivale a 11% do PIB atual do país.









Pesquisador da Universidade Federal Fluminense (UFF), André Luis Azevedo Guedes acredita que o Brasil precisa avançar, primeiramente, na geração, e, em seguida, na digitalização de dados a serem monitorados nas mais diferentes áreas, de saúde à educação, passando por mobilidade urbana e segurança. A terceira camada dessa pirâmide é integrar os dados ao planejamento das cidades.









O estudioso cita, como experiências bem-sucedidas, o Centro de Operações Rio, que reúne informações da cidade sobre trânsito, clima e ocorrências da Defesa Civil, e o sistema de monitoramento de contratos do governo fluminense criado pelo Ministério Público estadual:









- O Brasil não consegue chegar à camada da digitalização dos dados. Cada troca de governo altera a continuidade dos serviços. A dificuldade é a integração.


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