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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 07-07-2018 - 11:58 -   Notícia original Link para notícia
Jorge Gilberto - Mais impostos, para quê?

Um dos principais problemas estruturais do Brasil é o gigantismo da máquina pública, mantido pela arrecadação tributária. Por que é tão difícil reduzir despesas?

Responder esta pergunta é uma dificuldade, uma vez que não há controle. Além disso, os nossos parlamentares, deputados federais e senadores eleitos pelo povo, e constitucionalmente legisladores, são os que aprovam o orçamento da União. Nunca se vê redução de gastos. Deputado julgado, condenado e preso, continua recebendo seu gordo salário mesmo estando afastado de suas obrigações.

O número de assessores parlamentares ou cargos de confiança ninguém sabe quantos são, e pior, ninguém sabe o que fazem nem para que servem.

O custo do Parlamento brasileiro é estimado em R$ 6,5 bilhões por ano, 4 vezes mais caro que o da França e quase 8 vezes mais caro que o da Argentina, para efeitos de comparação.

Há mordomias sem fim: auxílio-paletó, auxílio para correio (em plena era da internet), auxílio para gasolina, garçons, engraxates, segurança, viagens em aviões da FAB, plano de saúde sem limites, a lista é extensa. Mas isso é apenas a ponta do iceberg.

Devemos somar a essa fábula o custo do Legislativo e do Executivo de 26 estados e Distrito Federal, de 5.570 municípios, do Judiciário, das autarquias e empresas estatais.
Existem 146 empresas estatais federais ativas, cujos diretores e gerentes são indicados pelos seus padrinhos políticos. Quantas mais existem nos estados e municípios? O desperdício com o dinheiro público é infindável e crescente.

O Brasil, entre trinta países pesquisados, é o que, todos os anos, apresenta o pior resultado em relação aos benefícios para a população por imposto arrecadado. Não é apenas uma questão financeira, mas, também, humanitária.

O dinheiro não vai para quem precisa, principalmente para os mais de 50 milhões de brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza.

Mas, preparem-se. O rombo das contas públicas federais está estimado em torno de R$ 150 bilhões. Nossos representantes certamente irão sugerir mais aumento de impostos, apesar de aprovarem isenções e anistias aos poderosos entes econômicos: grandes empresários, países "amigos" devedores, sistema financeiro e outros. São "bondosos" com os poderosos,  mas severos com quem trabalha e vive de salário.

A tabela de isenção do Imposto de Renda, por exemplo, está há anos defasada, deveria ser ajustada em, no mínimo, 90%.

Nós, população, podemos mudar isso com o voto. Será que teremos maturidade e coragem na hora do voto?


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