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O Globo Online (RJ) ( Economia ) - RJ - Brasil - 30-06-2018 - 11:15 -   Notícia original Link para notícia
Dívida brasileira bate recorde: R$ 5,1 tri

Mercado instável ajuda indicador a subir R$ 87,5 bi em um mês



A dívida brasileira bateu novo recorde. De acordo com o Banco Central, o endividamento bruto do país em maio chegou a R$ 5,1 trilhões, o que corresponde a 77% do Produto Interno Bruto (PIB). A alta foi grande: R$ 87,5 bilhões em apenas um mês. Em abril, esse percentual era de 76% do PIB. A escalada ocorreu por causa da turbulência no mercado financeiro. O Tesouro Nacional emitiu mais títulos de dívida para serem negociados. E o BC fez operações no mercado de câmbio para controlar a alta do dólar. Os dois movimentos aumentaram o endividamento.





- O país tem um déficit primário (tem mais despesas do que consegue arrecadar) e uma conta de juros. São dois elementos que levam a dívida a crescer. Voltar a ter superávit primário é fundamental para fazer a dívida pública cair - afirmou o chefe do departamento econômico do BC, Fernando Rocha.



A trajetória do endividamento é o principal problema do governo. É para esse indicador que as agências de classificação de risco olham na hora de avaliar um país. Segundo especialistas, reformas estruturais, como a da Previdência, são essenciais para equilibrar as contas públicas, que têm déficits há quase cinco anos seguidos.



No mês passado, o governo não conseguiu fechar as contas. Houve um novo rombo, de R$ 8,2 bilhões em maio. Mesmo assim, é o melhor resultado para o período em três anos.



- Houve uma melhora do resultado primário, que decorre da receita, que vem crescendo, mas também pelo controle das despesas - disse Rocha.



Como ficou no azul em alguns meses deste ano, o resultado acumulado em 2018 é negativo, mas em uma proporção muito menor: R$ 933 milhões. A meta da equipe econômica é manter o rombo das contas públicas em R$ 159 bilhões este ano. Nos últimos 12 meses, o déficit é de R$ 95,9 bilhões: 19% a menos do que o resultado negativo acumulado até abril.



JUROS EM 12 MESES: 5,77% DO PIB



Apesar de ser um resultado melhor do que nos últimos anos, o que o governo poupou foi insuficiente para pagar os juros que a dívida gerou nesse período. De janeiro a maio, o Brasil teve uma conta de R$ 158,5 bilhões de juros para pagar.



Houve impacto na conta de juros da atuação do BC no mercado de câmbio. Como o Banco Central pôs contratos de swap (que equivalem a operação de venda de moeda no mercado futuro) na praça, e o dólar subiu 7,35% em maio, foi necessário arcar com uma conta de R$ 6,9 bilhões no mês passado. Nos últimos 12 meses, os juros da dívida somaram R$ 384,3 bilhões. Isso representa 5,77% do PIB.


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