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Isto é Dinheiro online ( Dinheiro da Redação ) - SP - Brasil - 30-06-2018 - 09:24 -   Notícia original Link para notícia
O Brasil ganha na guerra comercial


Depois que os EUA decidiram abrir guerra pesada contra a China no campo comercial, o mundo prendeu a respiração, as bolsas balançaram e temeu-se o pior. O tom das ameaças dos americanos - que falavam em sobretaxas e elevação de tarifas da ordem de 10% sobre vários produtos do rival, afetando negócios que giram na casa dos US$ 200 bilhões ao ano - não deixava dúvidas sobre prejuízos em escala até para os demais países. No campo das commodities, alvo preferencial da fúria desmedida comandada por Trump, as quedas de preços foram previamente sentidas. A soja desabou na praça. Mesmo os produtores americanos acusaram o golpe e, claro, reclamaram da estratégia, demonstrando um descontentamento com o governo que não é habitual no setor.


Os EUA, mirando a China, acertaram além de flancos internos - onde o kamikaze Trump conta com aliados fortes - vários vizinhos/parceiros. Canadenses e mexicanos principalmente. Sem contar os efeitos colaterais que causaram nas negociações com compradores tradicionais de suas mercadorias agrícolas na Europa. Em suma, a impulsiva ação gerou prejuízos de toda natureza, tornando menos competitivos os produtos "made in USA". Correndo por fora, o Brasil está automaticamente se projetando como maior beneficiário dessa contenda. A China já avisou que deve reorientar sua prioridade para cá. Passou a mirar os produtos nacionais como alternativa e o Brasil como parceiro estratégico.


Vários investimentos chineses estão sendo acertados para o mercado interno. A lógica é simples: no mapa dos países com dimensões continentais e potencial de crescimento, o Brasil sai na frente. Não enfrenta, como ocorre na Rússia, Índia e agora EUA, dificuldades de natureza política ou mesmo de fronteira. Tem fácil sistema de escoamento, geração de energia em abundância e grandes chances de ampliar sua capacidade tecnológica - fatores que despertam ainda mais o interesse do capital oriental. Não é de hoje que Brasil e China vêm estreitando laços, especialmente no plano comercial. Montadoras de automóveis e de diversas outras áreas começaram há algum tempo a despertar para as oportunidades na região.


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