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Maxpressnet - SP ( Notícias ) - SP - Brasil - 28-06-2018 - 12:49 -   Notícia original Link para notícia
Mais de 40% dos consumidores da capital não conseguiriam manter o padrão de vida por mais de três meses em caso de perda da renda financeira

A falta de controle e planejamento do orçamento impacta, negativamente, na vida dos consumidores, principalmente em momentos de falta de renda. Uma pesquisa realizada pela de Belo Horizonte (/BH) revelou que 42,8% dos belo-horizontinos não conseguiriam manter o padrão de vida por mais de três meses caso ocorra uma situação de dificuldade, como perda de emprego ou problemas de saúde. "A vida financeira equilibrada é muito importante, pois, em momentos de crise econômica uma reserva para emergências é fundamental, pois ajuda no sustento por um período até retomada da fonte de renda", explica a economista da /BH, Ana Paula Bastos. No recorte da pesquisa, o percentual dos que afirmaram não ter recursos para se manter por mais de um trimestre é maior entre os homens (45,4%), os jovens com idade de 18 a 24 anos (59,8%) e na classe E (54,7%).

E quando perguntados sobre qual fonte recorreriam para obter recursos financeiros durante uma situação de adversidade, a maioria (45,7%) respondeu que pegaria empréstimos, sendo que 32,1% buscariam os amigos e parentes e 13,6% iriam a bancos e financeiras. Já 26,5% disseram que iriam utilizar a poupança. O resgate de aplicações financeiras foi a opção citada por 13,6%. "Quando não se tem renda para arcar com suas despesas, as pessoas acabam tendo que utilizar outros recursos, como os empréstimos para o pagamento das contas, o que contribui diretamente para a inadimplência", comenta Ana Paula.

Os idosos (66,7%), os homens (46,4%) e a classe E (69,1%) são os que mais pegariam empréstimos caso ficassem com problemas financeiros. "A oferta deste produto bancário para os idosos, que normalmente são aposentados, é muito grande. São oferecidas condições diferenciadas para essa parcela da população, o que acaba atraindo-os", diz a economista da /BH.

Outro ponto abordado no levantamento foi quais fatores os consumidores acreditam que poderiam leva-los a ter dificuldades financeiras, e 52,1% dos entrevistados afirmaram que o desemprego é a principal causa. E essa preocupação é maior entre os consumidores da classe E (61,9%), do sexo masculino (53,1%) e na faixa etária de 25 a 34 anos (59,5%). Inflação alta/aumento do custo de vida (15,8%), consumo excessivo (7,2%), doença na família (6,2%) também foram alguns motivos citados.

Quase 40% dos consumidores da capital não fazem controledo orçamento mensal

O hábito de realizar o acompanhamento de todas as receitas e despesas ainda não é realidade para 38,6% dos belo-horizontinos. "Planejar as despesas, organizar o orçamento do mês de acordo com a renda disponível é fundamental para uma vida financeira saudável e para evitar o endividamento. Porém uma parte ainda considerável da população não possui esse costume, o que é muito preocupante", esclarece Ana Paula.

Em contrapartida, a maioria dos moradores da capital afirmou fazer um controle efetivo do próprio orçamento, sendo que 61,5% dos consumidores sempre ou quase sempre realizam o monitoramento mensal de quanto ganham e gastam.

As mulheres (62,2%), os adultos (75%) e os idosos (44,4%) representam a maior parcela dos que sempre ou quase sempre fazem acompanhamento mensal de suas rendas e despesas. "Essas pessoas são as responsáveis financeiramente pelas famílias, por isso possuem uma preocupação maior com a administração do orçamento doméstico", justifica a economista da /BH. Já entre as classes, a A/B é a que mais tem controle do que recebe e gasta por mês (70,4%), enquanto a classe E representa a que menos acompanha o orçamento mensal (48%). "Isto demonstra uma falta de planejamento financeiro entre as pessoas da classe E, e esse resultado está diretamente ligado aos números de inadimplência, que é alta nessa classe", acrescenta.

Maior parte dos belo-horizontinos (23,7%) confia na memória para gerir os recursos financeiros

A maioria dos consumidores que realizam o controle do orçamento afirmou que fazem o

acompanhamento das despesas de cabeça (23,7%). O caderno de anotações foi a segunda opção citada, com 22,2% das repostas. O extrato bancário (21,8%), a planilha eletrônica (15,2%), a fatura do cartão de crédito (8%), aplicativos no celular (0,7%) e filhos (0,2%) foram as demais práticas adotadas. Já os que responderam que não controlam somam 7,3%. "Não importa a ferramenta utilizada para gerir os gastos, o necessário que o método seja organizado. Pois, se a gestão das finanças não for feita de forma rigorosa as possibilidades de um descontrole financeiro são maiores e as decisões a respeito dos gastos sejam menos assertivas", comenta Ana Paula.

Mais de 33% dos moradores da capital não sabem como andam suas finanças

Saber como anda a situação financeira é muito importante para se conseguir realizar um

planejamento financeiro efetivo, porém, de acordo com o levantamento 33,9% dos consumidores da capital não sabem quanto dinheiro tem guardado e o número de dívidas que possui. Os homens (34,8%), os jovens (50,7%) e a classe E (53,9%) são os que menos conhecem suas finanças. Já 63,7% dos consumidores avaliam saber muito bem ou bem como está sua vida financeira.

A pesquisa ainda mostrou que em cada dez consumidores da capital, sete (67,7%) têm

conhecimento de quantas contas extras irá pagar no final do mês, já 21,8% sabem às vezes e 6,1% raramente ou nunca.

70% dos consumidores verificam como estão as contas antes de consumir

Perguntados sobre o momento das compras, 70% dos entrevistados responderam que sempre ou quase sempre avaliam sua situação financeira antes de consumirem. Os que consideram essa verificação às vezes são 23,8% e 6,3% disseram que raramente ou nunca consideram seus recursos antes de comprar.

Em relação ao sexo, as mulheres (74,4%) avaliam com maior frequência suas finanças do que os homens (64,9%). "As mulheres, muitas vezes, administram as contas da casa e isto faz com que a averiguação do orçamento seja maior, pois elas precisam adequar sua renda disponível às necessidades de compras do lar", justifica a economista. Os adultos (83,8%) e a classe A/B (79,7%) são os que se preocupam mais com a situação financeira antes de realizar uma compra.

A pesquisa apontou também que mais da metade dos consumidores (50,9%) não buscam

informações sobre a taxa dos juros de cartões de crédito, dos empréstimos, e de outros produtos bancários. Os homens (54%) procuraram se manter mais informados a respeito das taxas de juros do que às mulheres, assim como os adultos (60,5%) e a classe A/B (85,5%). "Quanto mais alto o poder de compra do consumidor, maior a procura por se manter informado a respeito das taxas de juros", diz a economista da /BH.

Quase 50% dos consumidores não fazem uma reserva financeira

Entre os belo-horizontinos, 47,5% não possuem o hábito de guardar uma parte de seus

rendimentos. As mulheres (50,3%), a classe E (56,6%) e os idosos (66,7%) são os que menos fazem uma reserva financeira. "Os idosos ao se aposentar têm uma redução de seus rendimentos, e os seus gastos são elevados com itens como saúde, por isso não sobra recursos para poupar", esclarece Ana Paula.

Entre os 52,5% dos que fazem uma reserva financeira, 30% guardam até 10%, 16,4% de 10% a 20%, 5,4% de 20% a 40% e 0,7% mais de 40%. A Classe A/B é que mais guarda parte de seus ganhos. "Essa parcela da população possui maior planejamento financeiro e renda mais alta. Além disso, ela não foi tão impactada pelo desemprego nos últimos anos, quando comparada as outras classes", justifica a economista da /BH.

Poupança é a opção preferida por 53,3% das pessoas para investimentos

Quando é possível guardar uma parte dos seus recursos, os consumidores da capital preferem a poupança (53,3%) como destino de suas economias. As demais alternativas foram: CBD (15,3%); conta corrente (15%); em casa (12,8%); títulos de capitalização (1,6%); ações (1,4%) e fundos de investimentos (0,5%).

Quando perguntados sobre os motivos pelos quais guardam parte dos seus rendimentos, a maioria (48,9%) afirmou que a reserva financeira é para ser usada em uma situação de emergência. Outros motivos como viagens/lazer (17,4%), aplicação em poupança ou outros investimentos (13,5%), compra de bens de consumo duráveis (casa, automóvel) (10,2%), pagamento de dívidas (3,9%) também foram citados.

Baixe os gráficos e comparativos em: http://goo.gl/XroFMM

Metodologia - Foram entrevistados 371 consumidores de Belo Horizonte, no período de 4 a 5 de

junho de 2018.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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