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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 29-06-2018 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Moradores de BH têm dificuldade de manter padrão de vida

Situação ocorre em função da falta de renda
A falta de controle e planejamento financeiro faz com que as pessoas não consigam manter o mesmo padrão de vida por mais de três meses na Capital. Homens, jovens e pertencentes às classes mais baixas estão entre os mais impactados por oscilações na renda provocadas pelo desemprego, aumento do custo de vida ou consumo excessivo, foi o que revelou pesquisa realizada pela de Belo Horizonte (-BH).

De acordo com o levantamento, 42,8% dos belo-horizontinos não conseguiriam manter o padrão de vida por mais de três meses em momentos de falta de renda. No recorte da pesquisa, o percentual dos que afirmaram não ter recursos para se manter por mais de um trimestre é maior entre os homens (45,4%), os jovens com idade de 18 a 24 anos (59,8%) e na classe E (54,7%).

"Esses impactos são causados justamente pela falta de equilíbrio financeiro na vida das pessoas. Em momentos de crise econômica, uma reserva para emergências é fundamental, pois ajuda no sustento por um período até a retomada da fonte de renda", explicou a economista da -BH, Ana Paula Bastos.

Segundo ela, as compras em excesso e por impulso são outros problemas que impactam na saúde financeira das famílias. "Não ter controle dos compromissos financeiros e confiar apenas na memória é um risco inerente ao descontrole e até à inadimplência", afirmou.

Desemprego - Nesse sentido, quando questionados sobre quais fatores os consumidores acreditam que poderiam levá-los a ter dificuldades financeiras, 52,1% dos entrevistados afirmaram que o desemprego é a principal causa. E essa preocupação é maior entre os consumidores da classe E (61,9%), do sexo masculino (53,1%) e na faixa etária de 25 a 34 anos (59,5%). Inflação alta e aumento do custo de vida (15,8%), consumo excessivo (7,2%), doença na família (6,2%) foram outros motivos citados.

E quando perguntados sobre qual fonte recorreriam para obter recursos financeiros durante uma situação adversa, a maioria (45,7%) respondeu que pegaria empréstimos, sendo que 32,1% buscariam os amigos e parentes e 13,6% iriam a bancos e financeiras. Já 26,5% disseram que iriam utilizar a poupança e 13,6% resgatariam de aplicações financeiras.

"Quando não se tem renda para arcar com as despesas, as pessoas acabam tendo que utilizar outros recursos, como os empréstimos para o pagamento das contas, o que contribui diretamente para a inadimplência", completou Ana Paula. Os idosos (66,7%), os homens (46,4%) e a classe E (69,1%) são os que mais pegariam empréstimos caso ficassem com problemas financeiros.

Além disso, o hábito de realizar o acompanhamento de todas as receitas e despesas ainda não é realidade para 38,6% dos belo-horizontinos. Em contrapartida, a maioria dos moradores da Capital afirmou fazer um controle efetivo do próprio orçamento, sendo que 61,5% dos consumidores realizam o monitoramento mensal de quanto ganham e gastam.

Logo, as mulheres (62,2%), os adultos (75%) e os idosos (44,4%) representam a maior parcela dos que fazem esse acompanhamento. Já entre as classes, a A/B é a que mais tem controle do que recebe e gasta por mês (70,4%), enquanto a classe E representa a que menos acompanha o orçamento mensal (48%).

Por fim, a maioria dos consumidores que realizam o controle do orçamento afirmou que fazem o acompanhamento das despesas de cabeça (23,7%). O caderno de anotações foi a segunda opção citada, com 22,2% das respostas. O extrato bancário (21,8%), a planilha eletrônica (15,2%), a fatura do cartão de crédito (8%), aplicativos no celular (0,7%) e filhos (0,2%) foram as demais práticas adotadas. Já os que responderam que não controlam somam 7,3%.

FCDL - A Pesquisa de Intenção de Consumo da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Minas Gerais (FCDL-MG) referente a julho indicou que 34,2% dos mineiros pretendem comprar e 65,8% manterão uma postura cautelosa em relação às suas finanças no mês, preferindo investir. Em relação ao ano passado, observou-se um aumento de 13,3 pontos percentuais nas intenções de compra, o que evidencia um cenário econômico melhor.

Dos que pretendem comprar, 13,1% planejam gastar em hipermercados e supermercados, 9,3% em roupas, 8,4% em farmácia e medicamentos, 7,5% em viagens, 6,5% em calçados, entre outros. E o pagamento será à vista para 46,9%, parcelado no cartão de crédito para 31,3%, à vista no débito para 16,6% e a prazo para 6,3%.

Já em relação aos que vão investir, 58% vai aportar na poupança, 18% em previdência privada, 12% em fundos de investimentos, 6% no tesouro direto, 4% em títulos de capitalização e 2% em ações.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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