Leitura de notícia
Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 23-06-2018 - 10:45 -   Notícia original Link para notícia
Torcida não aquece as vendas no hipercentro

Os lojistas do hipercentro de Belo Horizonte não estão animados com a Copa do Mundo 2018. O movimento nas lojas e o fluxo de vendas têm afetado negativamente os resultados do mês de junho e podem ter reflexos também em julho, de acordo com o presidente da Associação de Lojistas do Hipercentro, Flávio Froes Assunção.

Na comparação com a Copa de 2014, realizada no Brasil, o movimento nas lojas da região caiu aproximadamente pela metade, relatou Assunção, que afirmou ainda que as vendas de itens relacionados ao evento não estão atendendo às expectativas e não têm sido suficientes para equilibrar os períodos de fechamento dos estabelecimentos nos dias de jogos da seleção brasileira.

"A Copa trazia outro tipo de negócios que compensava o período de fechamento das lojas. Nesse ano as pessoas não estão muito animadas, comprando menos itens relacionados, e isso traz impactos negativos. Os horários de jogos também estão pouco favoráveis, mas temos a expectativa de que, se a seleção ganhar alguns jogos, as pessoas fiquem mais animadas", explicou.

Com resultados pouco expressivos nos primeiros meses de 2018, mas com leve retomada na comparação com 2017 devido à lenta melhora do cenário econômico no início deste ano, a situação do comércio da região mudou muito desde a paralisação nacional dos caminhoneiros e ainda não está perto de se recuperar, na avaliação de Flávio Froes Assunção.

De acordo com o presidente da Associação de Lojistas do Hipercentro, durante a semana da greve, a redução nas vendas foi de cerca de 50%, com reflexos de diminuição de aproximadamente 20% nas vendas nas semanas seguintes. Para os próximos meses, Assunção afirmou que há pouca previsibilidade, devido ao ambiente conturbado também pela proximidade das eleições.

"Observamos uma recuperação tímida no início do ano, mas a greve teve um impacto muito grande e fez voltar as incertezas. O cenário é de preocupação, com atrasos nos salários dos servidores públicos estaduais e não conseguimos enxergar uma recuperação relevante", disse Assunção.



Camelôs - Lançado pela prefeitura de Belo Horizonte em março do ano passado, o plano de Reabilitação do Hipercentro da Capital estabeleceu diretrizes para quatro questões principais: camelôs, moradores de rua, segurança e revitalização. Para Flávio Froes Assunção, as ações para a retirada dos camelôs da região surtiram efeito positivo tanto no ambiente de negócios quanto na segurança do hipercentro.

O presidente da Associação de Lojistas do Hipercentro ressaltou que ainda falta regulamentação e que, apesar de ainda não ser a solução final, contribuiu para melhoras significativas. "Tivemos uma grande redução de ocorrências no Centro. O que foi feito já proporcionou uma melhora grande, porque o cenário estava caótico. Mas ainda falta
organização e regulamentação, porque alguns camelôs estão sendo usados como massa de manobra e ocupando áreas específicas que ficam desorganizadas", comentou Assunção





Cervejas artesanais de Minas devem crescer 8% em produção e vendas





A Copa do Mundo de futebol está alavancando os negócios das cervejarias artesanais de Minas Gerais. A expectativa do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (SindBebidas/MG) é de que as vendas e a produção no segmento cresçam 8%, cada, durante junho, período de realização do mundial, em comparação com o mesmo mês de 2017.

"A cerveja é um produto suscetível a sazonalidades e as vendas no segmento crescem principalmente no verão e durante alguns eventos, como a Copa do Mundo. Nossa projeção é de um aumento de 8% nas vendas do mês em relação ao mesmo intervalo do ano passado. A produção também deve crescer na mesma proporção", afirmou o superintendente executivo do SindBebidas, Cristiano Lamego.

O superintendente do SindBebidas revelou, ainda, que a entidade estima um crescimento de 14% tanto nas vendas quanto na produção do setor para o fechamento deste ano em comparação com 2017. Segundo ele, um dos fatores que deve colaborar para o aumento é exatamente a Copa do Mundo.

Lamego lembrou que, em janeiro deste ano, a maior parte das cervejarias artesanais mineiras pôde "entrar" no Simples Nacional, o que pode acarretar em aumento de mercado para o segmento. "Se as cervejarias conseguirem repassar esse ganho tributário para o preço final das cervejas, elas vão conseguir mais mercado", avaliou.

O superintendente do SindBebidas também destacou outra medida que pode ajudar no desempenho do segmento, como a do governo mineiro, que em julho de 2017 reconheceu o Arranjo Produtivo Local (APL) cervejeiro da Grande BH. Para ele, esse reconhecimento irá contribuir para a construção de políticas públicas adequadas para o setor.

As microcervejarias da Grande BH têm investido na construção de espaços destinados ao recebimento de turistas, com infraestrutura completa para visitação da produção e degustação dos produtos. Também são feitas diversas promoções e eventos de cervejas artesanais na região e em todo o Estado que também vem incrementando o setor.

Nas contas do SindBebidas, Minas Gerais tem hoje 81 microcervejarias registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Há uma grande concentração das cervejarias artesanais na Grande BH, na Zona da Mata e no Sul de Minas, apesar de as empresas estarem espalhadas em todo o território mineiro.

Apesar de não informar números, Lamego defendeu que a relação existente entre quantidade de postos de trabalhos gerados e volume de produção é maior no segmento do que quando comparado às grandes fabricantes. "Empregamos mais, proporcionalmente, do que as grandes", pontuou. 


Nenhuma palavra chave encontrada.
O conteúdo acima foi reproduzido conforme o original, com informações e opiniões de responsabilidade da fonte (veículo especificado acima).
© Copyright. Interclip - Monitoramento de Notícias. Todos os direitos reservados, 2013.