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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Negócios ) - MG - Brasil - 16-06-2018 - 10:45 -   Notícia original Link para notícia
Restaurantes voltam a investir na Capital

Aportes em novos estabelecimentos e reformulação estão em alta em Belo Horizonte após período de estagnação


Depois de três anos e meio de estagnação, o setor de alimentação fora do lar começa a reagir em Belo Horizonte. A cidade, conhecida como a capital brasileira dos bares e pela culinária rica e diversificada que oferece, tem visto, ainda que aos poucos, a abertura de novos restaurantes e a expansão e remodelagem de casas consagradas.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel-MG), Ricardo Rodrigues, a crise fez com que restaurantes que não tinham uma boa gestão sofressem imediatamente, levando muitos à extinção. A perspectiva da Abrasel-MG é que o mercado de restaurantes na Capital cresça 10% em 2018, na comparação com o ano passado.

"Depois dessa primeira leva, tivemos um longo período de aperto que também vitimou muitas operações. Chegamos a ter entre 25% e 30% de casas fechadas. No final do ano passado o cenário começou a melhorar. Nesse ano alcançamos uma estabilidade e os investimentos começaram a voltar. Casas que ficaram três anos sem investir nada voltaram a fazer melhorias e novos restaurantes estão sendo abertos. Temos a percepção que o segmento está reagindo com as suas próprias forças", explica Rodrigues.

No grupo dos que estão crescendo está o Green Up, restaurante especializado em comida saudável, com três unidades na região Centro-Sul (Savassi, Belvedere e Lourdes) e uma no Mercado da Boca, no Jardim Canadá, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), abertas em um ano.

A partir de maio, a unidade-conceito da Savassi passou a receber clientes também à noite. A ideia era juntar alimentação saudável e o clima boêmio típico de Belo Horizonte, oferecendo um cardápio à la carte que inclui entradas, petiscos e pratos principais sem abrir mão de opções tradicionais do universo boêmio como as cervejas artesanais, além de uma boa e justa carta de vinhos e de um bar de gin exclusivo. Além disso, existe uma programação semanal que inclui DJ's convidados, pockets shows de artistas de jazz, presença de mixologistas convidados e diversas outras atrações que são divulgadas semanalmente.


Expansão - Segundo um dos sócios do Green Up, Luiz Calfa, o plano de expansão da marca, além de Belo Horizonte, inclui as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. A primeira unidade paulistana já foi aberta. "Começamos em BH onde desenhamos e testamos todo o negócio. O nosso modelo é de uma loja central, que produz o que todas servem, e outras menores e de diferentes perfis, como as lojas dentro das academias, lojas pocket e com a do Mercado da Boca, que se dedica ao público da noite. A Loja conceito além de produzir, junta todos esses perfis de público se tornando um lugar de encontro. Gostamos de dizer que somos um restaurante que apresenta a comida saudável de diferentes formas e que recebe todo mundo. A nossa gastronomia é inclusiva. Se alguém só convive com uma determinada turma, o seu lugar não é no Green Up", afirma Calfa.


Oportunidade de impulsionar os negócios


De outro lado, até quem não nasceu como bar, viu no mercado da Capital uma oportunidade de incrementar os negócios. A Casa Olec, agora rebatizada como Casarão Olec, instalado no bairro São Pedro (região Centro-Sul), é um varejo especializado em insumos, equipamentos e suprimentos para a produção cervejeira artesanal e todos os serviços relacionados à cultura cervejeira. São mais de 700 produtos para o cervejeiro caseiro, entre 100 variedades de lúpulos, mais de 70 tipos de fermentos, maltes nacionais e importados dos melhores fornecedores, kits completos para fabricação de cerveja em casa, livros, camisetas, espaço exclusivo para o curso de produção e todo o tipo de serviço ligado à cultura cervejeira.

Ao lado da loja, em 2014, foi inaugurado o Tasting Room, bar que se tornou ponto de encontro de cervejeiros e apreciadores. O sócio do Casarão Olec, Mateus Caetano, lembra que muita gente frequentava um lugar e não sabia do outro, mesmo sendo ao lado, porque os horários de funcionamento não eram coincidentes.

A recente reforma, que consumiu investimentos de R$ 100 mil, integrou e ampliou os espaços. Clientes do Tasting Room ganharam mais tempo para apreciar cervejas e petiscos e a loja duplicou de tamanho dando mais conforto aos clientes. A expectativa que tanto uns quanto outros passem a conhecer toda a estrutura e aproveitar o que loja e bar têm a oferecer.

"Quando mudamos para esse imóvel transformamos a garagem no bar, então os acessos eram independentes. A loja fechava e o bar abria, então as pessoas não faziam a ligação entre um e outro. Com essa obra também fizemos uma adequação de visual que já havia sido feita nas outras unidades", afirma Caetano.

A marca está presente também em Petrópolis (RJ), Brasília (DF), Vitória (ES), Salvador (BA), além de Poços de Caldas, no Sul de Minas, pelo sistema de franquias. O investimento médio para a abertura de unidade é de R$ 150 mil. A expectativa é que nos próximos quatro anos sejam inauguradas 30 unidades. A preferência é por cidades acima de 150 mil habitantes. Até o fim do ano Contagem, na RMBH, deve receber a sua primeira unidade.

"Os candidatos a franquia chegam aqui buscando pela loja, mas costumam se encantar pelo bar. Estudamos cada caso para entender qual o modelo ideal e as possibilidades de parcerias", completa o sócio do Casarão Olec.


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