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O Globo Online (RJ) ( Boa Chance ) - RJ - Brasil - 03-06-2018 - 09:57 -   Notícia original Link para notícia
É hora de acelerar

Passada a pior fase da crise, setores de comércio, indústria, tecnologia, marketing e vendas estão começando a contratar e se preparam para aumentar a clientela



Durante a crise econômica no país, houve uma grande demanda por profissionais de áreas que ajudassem as empresas a reestruturar suas equipes e a reduzir custos. Agora, passado o pior cenário econômico (apesar do caos que está o país), e com as companhias começando a sair da estagnação rumo ao crescimento, as oportunidades de emprego têm outro perfil.



PEDRO TEIXEIRA/AGÊNCIA O GLOBODemanda: Na Mongeral Aegon há vagas para assistente administrativo, analista de treinamento e analista de controladoria. Segundo a gerente de gestão e performance, Elane Vieira, o foco hoje é nas áreas comercial e de RH



A principal demanda atual é por profissionais que ajudam as empresas a recuperar o fôlego e a angariar mais clientes. As áreas financeira, de marketing, de vendas e comercial, especialmente aquelas com perfil mais analítico, são as que mais têm vagas hoje em dia, segundo levantamento da Michael Page e do Catho.



- É o primeiro setor a ser afetado na crise, mas também o que se recupera mais rápido - pondera o gerente de Business Intelligence da Catho, Fabricio Kuriki, explicando que a área comercial começou a melhorar desde o ano passado e agora está em alta.



Em um panorama geral, segundo ele, a área de TI vem crescendo desde 2015 e não chegou a ser afetada pela crise.



- Por ser muito ampla, os profissionais de administração acabaram acumulando funções - completa Kuriki, lembrando que o setor de administração se manteve estável.



Já o diretor da Michael Page, André Nolasco, lembra que as pesquisas anteriores mostravam muitas vagas na área de controladoria e custo. Mas agora, segundo pesquisas, estão mais voltadas para a captação de novos negócios.



- É um indicativo de novo cenário. O Rio perdeu o posto de segunda grande força, depois de São Paulo, mas ainda tem uma boa relevância nacional - afirma Nolasco.



Segundo ele, o maior número de contratações ainda acontece nas capitais. Mas ele ressalta que em Resende, no Sul fluminense, o bloco automotivo está tendo demanda e que Macaé, a capital brasileira do petróleo, ganhou novo fôlego após os leilões do pré-sal.



- No próximo semestre, ainda que discretamente, deve haver uma movimentação por causa do setor de petróleo, até mesmo na área operacional, visto que as equipes de nível gerencial foram mantidas. Ainda tem as eleições e tudo pode mudar, mas a tendência é de melhora - prevê Nolasco.



NOVOS ARES PARA AS CONTRATAÇÕES



Entre os cargos mais altos que tiveram grande demanda nos primeiros meses deste ano, Nolasco destaca os de diretor comercial, de marketing e financeiro, e também supervisor de vendas e gerente de operações.



Já os setores operacionais que se destacam tanto na pesquisa do Catho quanto no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho, são os de serviços, especialmente administração, e de saúde, de comércio e da indústria da transformação.



Segundo dados do Caged, serviços, comércio e construção civil foram as áreas que mais contrataram em abril. No acumulado do ano, porém, apenas o setor de serviços teve um saldo positivo relevante - estes outros foram bem negativos. Os dados reforçam o que o carioca sentiu no dia a dia: 2017 foi um ano muito difícil para o mercado de trabalho por aqui. Agora, devagar, começa a melhorar.



Segundo o coordenador-geral de Cadastros, Identificação Profissional e Estudos do Ministério do Trabalho, Salvador Abrantes Neto, o Rio ainda está na lanterna na comparação com outros estados que tiveram resultados melhores de empregabilidade e estão saindo da crise mais rapidamente. Para se ter ideia, apenas no mês passado o saldo foi o melhor na série histórica, desde novembro de 2014.



- O Rio tem uma situação específica com a crise na segurança e da Petrobras, por isso está demorando mais para se recuperar. Mas esse primeiro trimestre foi menos pior que os anteriores - explica Neto.



O levantamento do Catho corrobora os dados da Caged e mostra vagas em administração, em funções como atendente de call center, assistente e recepcionista. Na área comercial, há oportunidades para vendedor, operador de caixa e assistente. Na saúde, fisioterapia e técnico e auxiliar em enfermagem são as principais. E, na financeira, analistas contábil e fiscal se destacam.



EMPRESAS SE ADEQUAM



A Cultura Inglesa é uma empresa com mudanças no perfil das contratações. Segundo a coordenadora de gente, Mariana Cruz, durante a crise a instituição focou em profissionais que pudessem melhorar a eficiência nos processos e custos. Hoje, é diferente.



- Devido ao momento da empresa e dos nossos projetos, as vagas se dividem, em sua maioria, entre áreas estruturantes como inteligência, onde criamos e analisamos indicadores, e áreas voltadas para prospecção, vendas e marketing.



Na rede de supermercados SuperPrix o barco também mudou o rumo. Durante a crise e com a abertura de duas lojas, as vagas de operação foram as que mais demandavam em 2017. Agora, são as áreas comercial, de precificação e de trade marketing.



Mariana Ribeiro, líder de RH da Estante Virtual, diz que após a empresa unir-se à Livraria Cultura e à Fnac Brasil, eles têm como meta do primeiro semestre ampliar em 70% os times de TI e Produto. Ao todo, são 17 vagas abertas nas áreas de TI, Produto, e-commerce, Marketing e Comercial, para Rio e São Paulo.



- As vagas ligadas à tecnologia e UX (experiência do usuário) não sofreram diminuição, seguindo seu ritmo normal de contratações. São áreas em constante ebulição pelo crescimento contínuo das soluções online. E hoje, além do aumento na área de atendimento ao cliente, também tivemos vagas nas áreas financeira e de marketing - afirma Mariana.



Já na seguradora Mongeral Aegon foi um pouco diferente. Segundo a gerente de Gestão & Performance, Elane Vieira, não houve mudança na quantidade de vagas, mas uma reestruturação.



- Nós continuamos a contratar mesmo em meio à crise. Mas, agora, como está tudo mais estável, as áreas chaves para nós são a comercial e o RH, que dá o suporte e treinamento para as contratações.


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