A Câmara de Dirigentes Logistas de BH enviou ofício ao presidente Michel Temer (MDB), ao governador Fernando Pimentel (PT) e ao prefeito Alexandre Kalil (PHS) pedindo a prorrogação do prazo de vencimento de todos os tributos que paga. A entidade alega que os efeitos da greve dos caminhoneiros dificultaram a atividade econômica, com quebra brusca nas vendas. "Para manter os empregos e a saúde financeira das empresas, precisamos de fôlego para colocar os compromissos em dia", disse o presidente da CDLCDL/BH, Bruno FalciBruno Falci. Os lojistas também querem a suspensão por 60 dias do cadastramento de débitos dos contribuintes na dívida ativa e dos protestos em cartório.

E o salário...

Na quinta-feira, o governo do estado informou que atrasaria o pagamento da terceira parcela dos salários dos servidores públicos que ganham acima de R$ 6 mil por causa da greve dos caminhoneiros. E que não havia data definida para o pagamento. Mas 24 horas depois divulgou nota avisando que a parcela já estava depositada ontem na conta dos servidores. "A Secretaria de Fazenda informa que, apesar da queda de arrecadação tributária sofrida nos últimos dias, os valores referentes à terceira parcela dos salários dos 8% dos servidores do Executivo que recebem acima de R$ 6 mil foram integralmente depositados na tarde desta sexta-feira", informou a pasta.

Amigo caminhoneiro

Depois de usar as Forças Armadas e a Força Nacional de Segurança Púbica para combater a greve e acabar fechando um acordo oneroso para o país, o que não tem faltado é simpatia do governo federal com os grevistas. No Twitter, um dos perfis do Palácio do Planalto já se referiu aos caminhoneiros nos últimos dias como amigos e irmãos. "Alô, amigo caminhoneiro, tá tudo certo pra redução do preço do diesel na bomba", diz uma das mensagens. O discurso também mudou e as críticas passaram aos "infiltrados" no movimento que durou 10 dias.