Em seu quarto dia, a greve dos caminhoneiros continua em todo o país nesta quinta-feira (24). Apesar dos impactos causados, entre eles o desabastecimento de postos de combustíveis, o movimento tem conseguido cada vez mais apoio, seja da sociedade civil ou de sindicatos relacionados.

Em conversa com o Bhaz, Bruno Salci, empresário e presidente da Câmara de Dirigentes LojistasCâmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDLCDL-BH), afirmou que apoia o ato realizado desde o começo desta semana pela categoria. "Apesar dos malefícios temporários precisamos apoiar a greve, pois está havendo um abuso na carga tributária e consequentemente nos preços dos combustíveis. Sabemos dos impactos que está sendo causado. Tenho uma loja de material de construção e não estou conseguindo enviar os produtos para meus clientes, assim como os fornecedores não conseguem mandar nossos materiais", disse.

Salci também destacou que ainda não há um levantamento que mostre quantos estabelecimentos estão com faltas de produtos. "Vários empresários estão relatando a falta de produtos. O que podemos afirmar é que se a greve continuar teremos o desabastecimento ainda maior, pois os caminhões estão parados nas rodovias. As cargas estão travadas nas estradas e as transportadoras não estão recebendo encomendas, pois os pátios já estão lotados", afirmou.

Postos de combustível estão ficando lotados (Reprodução/Twitter)

O medo da falta de combustíveis tem feito com que muitos consumidores compareçam aos postos para abastecer. De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro), em BH ainda não há falta de gasolina. "A situação está muito complicada na capital e ela é pior se olharmos as cidades do interior onde já está sendo registrada a falta", destacou a assessoria.

Outro setor afetado pela greve é o das indústrias. Com a falta de materiais, a Fiat adiantou o feriado de Corpus Christi para esta sexta-feira (25) e liberou seus funcionários que trabalham na montadora de Betim, na região metropolitana. Eles retornarão aos serviços na segunda-feira (28).

Por meio de nota, a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) manifestou preocupação com os constantes aumentos nos preços dos combustíveis. "Para a indústria mineira, é importante salientar que antes de onerar mais uma vez empresários e a sociedade em geral, é dever do Estado e de seus respectivos Governos buscar uma gestão mais eficiente e que valorizem ações que estimulem a retomada econômica", afirmou a federação.

O governo de Minas Gerais também é cobrado pela Fiemg devido a incidência do Imposto sobre circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nos combustíveis.

Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe no Google Compartilhe no Pinterest Compartilhe no Linkedin

Comentários