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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Negócios ) - MG - Brasil - 24-05-2018 - 10:53 -   Notícia original Link para notícia
Cervejarias mineiras investem em souvenirs

Fabricantes passam a oferecer desde camisas até shampoos com suas marcas para os consumidores


De chaveiro e boné até shampoo e panela de ferro. Cada vez mais criativos e feitos para todos os gostos, os itens e souvenirs associados às marcas de cervejarias ganham destaque em Minas Gerais. Com preços que variam de pouco mais de R$ 5 até mais de R$ 200, os produtos que integram o mix das cervejarias no Estado não são relevantes na composição direta de receita das empresas. Por outro lado, eles têm um papel importante: ajudam na formação de nichos de consumidores envolvidos e apaixonados.

Entre as cervejarias que mais apostam nessa estratégia está a Backer, que possui mais de 50 opções diferentes de itens que chegam a ser inusitados. Entre os produtos oferecidos pela marca estão alguns relacionados à cozinha e à gastronomia, como panela de ferro, tábua de cortes e molhos para comida. Mas, a Backer foi além na aventura de mesclar produtos e cervejas e criou uma linha de produtos de beleza. Ela inclui shampoo, óleo para a barba, creme de bigode e sabonete.

"A Backer sempre teve esse cuidado de pensar no que o consumidor que aprecia cerveja gostaria de levar para casa. Pensando em como esses clientes gostam do aroma da bebida criamos essa linha, que leva a cerveja na composição", explica a diretora de marketing da Backer, Paula Lebbos. A executiva acredita que a adesão dos clientes aos produtos se dá pela paixão pelo mundo cervejeiro, pela proximidade da marca e também porque as pessoas associam o produto a uma boa experiência.

Ela reforça que todos os itens são fabricados por produtores locais, de maneira artesanal. Eles são vendidos na sede da cervejaria e também no e-commerce da marca. Apesar dos produtos inusitados que compõem o mix, os mais vendidos são os produtos mais comuns no setor: os growlers e os kits de cervejas acompanhadas por taças. Segundo a diretora, as datas comemorativas, em especial o Natal e o Dia dos Pais, são os melhores períodos de vendas desses produtos.

Paula Lebbos também adianta que a marca já está se preparando para ampliar o portfólio de souvenirs. A Backer lançará o whisky 3 lobos e, como ele, novas opções de camisas, bonés, taças e também um cantil.

Com sede no Jardim Canadá, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a Verace também tem opções de produtos para os apaixonados por sua marca, como camisas, bonés, taças, copos e growlers. Segundo o sócio da marca, Alessandro Fontenelle, essa cultura em que o consumidor utiliza itens da marca de cerveja que mais gosta é muito comum na Europa e está chegando aos poucos no Brasil.

"Na Europa, as cervejas artesanais de cada cidade são tratadas como nós tratamos times de futebol aqui: as pessoas abraçam e usam sua marca como fãs", destaca. De acordo com ele, as camisas e as taças são os itens mais vendidos da marca e os eventos relacionados à cerveja são as melhores ocasiões para a venda. Fontenelle afirma que, apesar de incluir uma pequena taxa de lucro sobre os produtos, a receita proveniente deles não é tão importante para o negócio. O principal valor é mesmo a capacidade de criar uma relação afetiva com os consumidores.

Marketing e proximidade com o consumidor também levaram a cervejaria Loba, localizada em Santana dos Montes, na região Central do Estado, a investir nos itens. O gerente, Felipe Amâncio, explica que os bonés, camisas, taças e copos têm um custo muito baixo e não poderiam acrescentar tanto à receita da marca, por outro lado, eles levam a marca da cervejaria e dos rótulos das cervejas por onde os consumidores andam.

Os itens da Loba são vendidos na sede da cervejaria, mas também nos 150 pontos de venda da marca no Estado. Amâncio explica que os itens são direcionados a estabelecimentos diferentes, de acordo com o contexto deles. "Para os empórios enviamos itens como bonés e camisas. Já os bares recebem as taças e os growlers", detalha.


Cultura - A cultura da cerveja artesanal em Minas Gerais já é referência no País. De acordo com dados do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (SindBebidas), o Estado tem 65 cervejarias artesanais e um volume de produção de 1.550.000 litros por mês, o que o torna o maior estado em volume de produção da bebida no País.


Mestre-Cervejeiro está em expansão


Após encerrar 2017 com 63 unidades em 18 estados brasileiros e faturamento na ordem de R$ 24 milhões, e crescimento de 37%, a rede Mestre-Cervejeiro.com planeja expandir as operações neste ano. A empresa deverá encerrar 2018 com 80 unidades.

Os números refletem o bom momento que o mercado de cervejaria artesanal vive no Brasil e a credibilidade de Daniel Wolff, fundador da marca, sommelier de cervejas e juiz internacional de cervejas. "Somos referência, tanto no Brasil como no exterior, por conta do formato de boutique de cervejas dos nossos pontos de venda, pela expertise que a rede tem sobre cerveja e também pelo nosso modelo de negócio.", certifica Wolff.

"Queremos crescer ainda mais, sempre com qualidade, para divulgar a cultura da cerveja por todo o País", comenta Wolff. Apostando num modelo de negócio que o explore como destino e não como uma simples loja de conveniência, a Mestre-Cervejeiro.com traçou um plano de expansão moderado onde a meta é concluir 2018 com mais de 80 unidades, firmando três novos contratos por mês, em todas as regiões do Brasil, para os próximos anos, projetando ultrapassar R$ 30 milhões de faturamento.

A rede oferece três opções de negócios, com investimentos iniciais que variam entre R$ 80 e R$ 150 mil, podendo chegar até R$ 250 mil. Além dos modelos consagrados de loja de rua e quiosque, a rede também lançou um novo modelo que está chamando atenção dos brasileiros: os containers.

A margem de lucro gira em torno de 15% a 20% do faturamento. Com retorno previsto de 18 a 24 meses, a rede é, aos olhos do franqueado, uma verdadeira imersão na cultura da cerveja.

As regiões que tiveram maior expansão nos últimos anos foram Sudeste e Sul, contudo, o potencial de expansão está em todas as regiões, principalmente nas capitais. O mercado brasileiro de cervejas é o terceiro maior do mundo, e o setor de cervejas artesanais vem acompanhando uma tendência mundial de crescimento. "Além da paixão pelas cervejas artesanais, é essencial a paixão pelo varejo", explica Wolff. "Nós fazemos a transferência de know how, tanto sobre cervejas como sobre o negócio. Nossos franqueados recebem treinamentos em todas as áreas, além de terem acompanhamento diário do desempenho das lojas, desenvolvimento de campanhas em rede e de produtos próprios da marca", completa.

A marca surgiu em 2004 como site de conteúdo e consultoria especializada em cervejas e em 2009 inaugurou sua primeira loja física em Curitiba (PR). Além do catálogo com mais de 3.500 rótulos de cervejas artesanais nacionais e importadas, a rede também disponibiliza snacks selecionados e produtos como bonés, camisetas, copos e taças.



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