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Portal Hoje em Dia (MG) ( Primeiro Plano ) - MG - Brasil - 23-05-2018 - 06:00 -   Notícia original Link para notícia
Reação ao aumento da luz: varejo e Faemg garantem que haverá efeito cascata

Os mineiros pagarão em média 23,19% a mais na conta de luz cujas faturas chegarão no início de julho. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou ontem os percentuais a serem aplicados pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

Para os consumidores residenciais, o aumento será de 18,53% e para as indústrias, o preço irá subir 35,56%

As novas tarifas serão aplicadas a partir de 28 de maio, quando serão feitas as leituras com os novos índices.

O aumento não repercutiu bem nos setores produtivos. A () informou que o ônus recairá sobre o consumidor, que pagará, em média 2% a mais nos produtos comercializados pelo varejo. Em protesto, empresários manifestarão na porta da Assembleia Legislativa hoje.

"A população não tem como arcar com tantos reajustes", disse , presidente da .

A Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) também repudiou o reajuste e informou que poderá haver alta no preço de alimentos. " As consequências serão a queda na produção e o aumento no preço dos alimentos", afirmou em nota o presidente da Faemg, Roberto Simões.

Conforme ele, cerca de 10% dos consumidores da Cemig são rurais.

"O aumento da tarifa de energia afeta diretamente o setor produtivo, que é cada vez mais eletrodependente, especialmente nos últimos anos, quando houve investimentos elevados em tecnologia, automatização, industrialização no meio rural. A isto se somam as necessidades de irrigação, aquicultura, criação de aves e suínos e produção de leite, que utilizam energia intensivamente. A FAEMG lamenta profundamente que o agronegócio, que tanto tem contribuído para o desenvolvimento do país, seja punido com este aumento abusivo", completou.

A Cemig esclareceu que o reajuste foi calculado pela Aneel e levou em conta principalmente o aumento do custo para se comprar energia. Isso aconteceu em virtude da crise hídrica de 2017, que provocou o acionamento das termelétricas. Como a bandeira tarifária não supriu o custo, a empresa arcou com o gasto extra de R$ 470 milhões.

De acordo com a Aneel, "a revisão tarifária periódica reposiciona as tarifas cobradas dos consumidores após analisar os custos eficientes e os investimentos prudentes para a prestação dos serviços de distribuição de energia elétrica".

A Cemig atende 8,3 milhões de unidades consumidoras localizadas em 774 municípios de Minas Gerais.


Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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