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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 15-05-2018 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Número de empresas com dívidas em atraso avança 4,69% na Capital

No quesito inadimplência, /BH aponta aumento de 6,80%
Entre as pessoas jurídicas de Belo Horizonte, o indicador de dívidas em atraso junto ao Serviço de Proteção Crédito (SPC) da de Belo Horizonte (/BH) apresentou, na comparação dos meses de abril de 2017 e 2018, uma alta de 4,69%. Na base comparativa com março dos mesmos anos, também houve aumento, de 1,15%.

O número de pessoas jurídicas inadimplentes em abril de 2018 cresceu 6,80% em relação ao mesmo mês do ano anterior e, na comparação mensal, foi registrado aumento de 1,86%. O setor de serviços permanece no topo do ranking de quantidade de empresas devedoras, com alta de 8,64% na comparação anual.

O resultado mostrou que as empresas continuam endividadas e inadimplentes, mas, segundo a economista da /BH Ana Paula Bastos, o ritmo de crescimento é outro. "Está acontecendo uma desaceleração desse indicador, que já chegou a 14%. A melhora do ambiente econômico como um todo permite que as pessoas voltem a consumir, melhorando a receita das empresas. Os juros também contribuíram para que a negociação das dívidas das empresas ficasse mais barata", afirmou Bastos.

Para os próximos meses, Ana Paula Bastos destacou que, enquanto o consumo não estiver tão aquecido, a tendência é que a inadimplência ainda cresça um pouco, uma vez que ainda falta planejamento financeiro por parte dos consumidores. "A população ainda não tem educação financeira e compra muito por impulso. O indicador vai oscilar, mas a tendência é fechar o ano bem abaixo do observado nos anos anteriores", avaliou a economista.

Consumidores - A inflação e a taxa de juros em patamares menores do que os registrados em 2017 diminuíram o custo de vida, aumentaram a renda disponível e baratearam a negociação das dívidas, levando os consumidores da Capital a um endividamento menor em abril deste ano. O indicador de dívidas em atraso da /BH, divulgado ontem, apontou que o número de dívidas caiu 4,80% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

"O ambiente econômico hoje é melhor que o do ano passado e uma conjunção de fatores possibilitou a melhora desse indicador. A inflação em patamares bem menores dá fôlego no orçamento e sobra mais renda para quitação de dívidas. A taxa de juros em patamares menores faz com que a negociação da dívida fique mais barata, além da taxa de desemprego, que também está menor em relação ao último ano", explicou a economista da /BH Ana Paula Bastos.

Já na base comparativa com março de 2018, o indicador registrou crescimento de 1,49%, o que, na avaliação de Bastos, é um aumento sazonal que pode ser justificado pelo leve aumento de 0,13 ponto percentual da inflação do período, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "De abril para março, observamos um leve aumento da inflação, que estava em um patamar muito baixo. Portanto, foi uma variação bem pontual", disse.

O levantamento da /BH mostrou ainda que a maior parte das dívidas registradas por faixa etária foi por consumidores de 65 a 94 anos (5,71%). Na análise por gênero, a queda no número de dívidas foi maior entre os homens (-5,55%), comparada com uma redução de -5,42% dos débitos entre as mulheres.

A inadimplência apresentou a mesma tendência que o número de dívidas durante abril de 2018, influenciada pelos mesmos fatores. Na comparação com o mês imediatamente anterior, a pesquisa mostrou um aumento de 2,69% no número de pessoas endividadas, enquanto, na variação anual, houve queda de -0,11%.

A maioria dos consumidores que ainda estão inadimplentes tem idade entre 40 e 84 anos (8,71%) e os dados apontam que, mesmo apresentando uma redução, a inadimplência entre as mulheres (-0,37%) teve menor intensidade de queda do que a dos homens (-1,40%).


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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