Pré-candidato a presidente defende mudanças no sistema tributário e incentivo ao agronegócio Em palestra a empresários mineiros, o deputado federal e pré-candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL-RJ) fez duras críticas ao atual governo e defendeu uma série de medidas para fomentar a economia nacional. Para o presidenciável, o desempenho sustentável do País passa por readequações nos campos da educação e da segurança pública, no sistema tributário, nas privatizações, no incentivo ao agronegócio, entre outros pontos.
De acordo com Bolsonaro, atuando nestas diferentes frentes, o novo presidente do Brasil poderá resgatar o fôlego da economia, priorizando a geração de emprego e renda, sem deixar de lado os interesses do empresariado. Neste sentido, ele defendeu que o País precisa de um governante que não atrapalhe sua geração de riqueza.
"Estamos no fundo do poço, mas o Brasil ainda tem jeito. E o desafio não é só economizar, mas fazer entrar mais dinheiro no caixa público sem aumentar os impostos", resumiu o deputado, argumentando que poderá até ter "o pior plano de governo entre todos os candidatos", mas que terá "o mais verdadeiro".
Assim, conforme ele, será necessário desburocratizar os processos para aumentar a competitividade nacional, culminando com uma menor importação de determinados produtos. Além disso, o ex-militar ressaltou a importância do agronegócio para o atual desempenho da economia brasileira, alegando que esta tem sido uma das poucas coisas que têm dado certo no País.
"Não podemos deixar nossas terras e nossas riquezas nas mãos de terceiros. E para que isso não aconteça, precisamos de um Estado que não atrapalhe os verdadeiros geradores de emprego, que são os empresários", completou.
Ele avaliou que a falta de conhecimento em determinados assuntos, como a própria economia, não o prejudicará na corrida ao Palácio da Alvorada. Para isso, tem se aliado a alguns especialistas reconhecidos nacionalmente, como Paulo Guedes e Marco Cintra, para elaborar o plano econômico de campanha, que na sua definição será limpa e verdadeira.
"O presidente é um técnico que escala o time e que precisa ter isenção. É preciso colocar as pessoas certas no lugar correto. Não conhecemos nem nunca ouvimos falar de alguns ministros do atual governo. Isso é muito mais grave, pois faz parte de um jogo de interesses. Já me disseram que deste jeito não vou conseguir aprovar nada no Congresso. Mas é melhor não aprovar nada do que aprovar besteira", disse.
Desestatização - As privatizações já foram polêmica na pré-candidatura de Bolsonaro, quando Paulo Guedes defendeu uma grande venda de patrimônio pelo governo para reduzir o tamanho da dívida pública. "A ideia é privatizar imediatamente ou extinguir um terço das estatais; manter com o governo, mas cortar os exageros e fazer funcionar o segundo terço; e deixar exatamente como está uma terceira fatia, que funcione bem como patrimônio público", explicou Bolsonaro.
Neste e em outros momentos, o presidenciável chegou a ser ovacionado por quem acompanhava sua palestra na de Belo Horizonte (-BH). Na plateia, além de empresários mineiros, líderes de entidades da indústria e do comércio da Capital, militantes e outros agentes da sociedade civil.
O presidente da -BH, , ressaltou que o evento era aberto ao público, assim como serão os demais a serem realizados pelo Fórum das Entidades Empresariais de Minas Gerais.
"Nossa intenção é conhecer e levar este conhecimento para a população, de maneira que todos tenham uma maior consciência na hora do voto. Por isso, oportunamente, todos os candidatos terão a oportunidade de participar de encontros como este", garantiu.
Imposto único - Presente no evento, Marco Cintra revelou que um dos objetivos econômicos do pré-candidato será a redução da carga tributária brasileira dos atuais 33% do Produto Interno Bruto (PIB) para 25%. Ele disse ainda que a proposta de um imposto federal único, antigo projeto de sua autoria, também poderá integrar o plano econômico, caso o capitão do Exército seja eleito.
"Estou levando algumas propostas ao Paulo Guedes e juntos estamos discutindo a aplicação das mesmas, entre as quais está o imposto único feral. Se o presidente da Câmara quiser colocar em votação amanhã, está pronto para ser aplicado", afirmou o economista, em meio a fortes aplausos.
Cintra avaliou que estas e outras propostas poderão efetivamente mudar o Brasil. "Estas medidas encontram eco no discurso de Bolsonaro e é por isso que ele tem meu apoio. É preciso mudar. Ficar do jeito que está, melhorando somente nas bordas, não vai resolver o problema do nosso País. Bolsonaro é o nosso sopro de esperança", concluiu.
Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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