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Estado de Minas Online ( Opinião ) - MG - Brasil - 11-05-2018 - 04:00 -   Notícia original Link para notícia
Artigo - Leonardo Navarro: A confiança voltou no Dia das Mães

Leonardo Navarro
Diretor do Instituto de Desenvolvimento Empresarial (Idebrasil-BH)


Publicação: 11/05/2018 04:00


O Brasil, em termos econômicos, está longe do ideal desejado pelo mais otimista dos mortais. Com o desemprego atingindo mais de 13 milhões de pessoas e com o crescimento que, para terminar o ano bom, vai ficar no zero a zero, muita água ainda vai ter que rolar. Mas, além dos problemas corriqueiros mais do que falados - falta de infraestrutura, alta carga tributária, burocracia máxima, crise política e corrupção -, o que se pode perceber é que, para quem estava moribundo, o Brasil voltou a respirar. Definitivamente, não sou portador da Síndrome de Pollyana, e se faço essa afirmação com tanta convicção é baseado no sentimento de um importante setor da economia: o do micro e pequeno empresário.



Pesquisa divulgada pela de Belo Horizonte (-BH) apontou que 67,5% dos empresários acreditam que as vendas para o período do Dia das Mães, neste ano, será melhor do que em 2017. Mesmo apoiado em números macroeconômicos, como inflação controlada e a taxa de juros em queda, esse sentimento do comerciante pode ter um significado bem expressivo do que se espera para o Brasil.
Quem não dá importância ao que está pensando os proprietários das micro e pequenas empresas (MPE) precisa entender que elas representam 99% dos 6,4 milhões de estabelecimentos no Brasil. Além do mais, são responsáveis por 52% dos empregos com carteira assinada no setor privado, de acordo com números do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) nacional. Ora, se possui tal representatividade e quem está à frente desse tipo de empreendimento está acreditando que vai melhorar, é porque vai melhorar.



Outra característica que precisa ser observada é que, diferentemente de grandes conglomerados industriais, nos quais muitas das vezes os proprietários são acionistas, ou ficam apenas de reunião em reunião em escritórios da empresa - haja café -, pequenos e microempresários encontram-se na linha de frente dos negócios. É o dono do bar que está no caixa atendendo ou a proprietária da loja de sapatos fechando mais uma venda. Com isso, ele vai ganhando uma expertise de quase especialista em prever o futuro, sabendo exatamente - como um termômetro - se a temporada será boa ou ruim.
De volta à pesquisa da , apenas 14,9 % dos lojistas acham que o movimento será menor do que no ano passado. No entanto, até dentro dessa turma mais "pessimista", esses números melhoraram. Comparado com 2017, tal indicador apontava que 33% dos pesquisados acreditavam que aquele ano seria pior do que 2016. Ou seja, a tendência ou a onda de melhora tem sido percebida até mesmo pelos mais céticos.



A projeção foi também verificada pela própria , ao observar que o Dia das Mães terá, em 2018, um aumento nas vendas de 2,76%, se comparado ao ano passado. Mesmo parecendo um número pequeno, estamos falando da segunda data mais importante para o comércio, no qual 0,1% de queda ou crescimento possui certa representatividade. Estima-se para este ano, nesta data comemorativa, sejam injetados, no comércio, aproximadamente R$ 2,16 bilhões. Mais dinheiro, mais empregos, melhorando a roda econômica que faz girar o Brasil, que mesmo a passos lentos vai entrando nos eixos. Os comerciantes falaram, pode acreditar. Boas vendas e um feliz Dia das Mães!


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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