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Estado de Minas Online ( Gerais ) - MG - Brasil - 04-05-2018 - 08:25 -   Notícia original Link para notícia
Ação do BC segura o dólar

Divisa dos EUA recua 0,79% e fecha cotada a R$ 3,52 após leilão de US$ 3 bi realizado pelo Banco Central, que deixou vencer outros US$ 2 bi em contrato





Apesar do recuo, moeda norte-americana vai manter pressão de alta, segundo especialistas



São Paulo - Em dia marcado pelo leilão de dólares realizado pelo Banco Central, que voltou a intervir no câmbio, o dólar comercial fechou o dia cotado a R$ 3,52, com queda de 0,79% em relação ao valor da abertura dos negócios (R$ 3,55). Com isso, a moeda norte-americana interrompeu o ritmo de valorização desde segunda-feira, registrando alta de 1,7% até a quarta-feira, quando fechou no valor mais alto em dois anos.

Segundo analistas, o principal motivo para o recuou foi mesmo o leilão de venda de dólares promovido pelo BC, de cerca de US$ 3 bilhões acima do montante dos contratos a vencer neste mês e que devem ser rolados. Mas a sinalização é pequena, com pouco poder para conter a escalada do dólar. Além disso, o BC deixou vencer ontem um contrato de linha no valor de US$ 2 bilhões, enxugando, na prática, esse valor do sistema.

Em junho, vencem 113 mil contratos que totalizam US$ 5,65 bilhões em swaps cambiais tradicionais, parte do estoque total de US$ 23,8 bilhões, informou o BC. "O BC mostrou desconforto com o nível da moeda, mas trata-se de um alívio pontual", segundo um operador;

O mercado monitora o rumo dos juros nos Estados Unidos porque, se as taxas subirem por lá, o país se torna mais atrativo para investidores, o que motivaria uma tendência de alta do dólar em relação a moedas como o real. Na véspera, o Federal Reserve, banco Central norte-americano, não mudou sua taxa de juros e expressou confiança de que o recente aumento da inflação para nível próximo à meta de 2% será sustentado.

A cena política local também pesa sobre o mercado, diante das incertezas que rondam as eleições presidenciais de outubro. Os investidores temem que um candidato que considerem menos comprometido com o ajuste fiscal possa ser eleito.

Bolsa 

No mercado de ações, pelo terceiro dia seguido, o Ibovespa recuou, influenciado desta vez não apenas pelo mau humor externo, mas também por questões domésticas. O resultado da produção industrial de março, divulgado ontem pelo IBGE abaixo das expectativas e balanços decepcionantes de companhias como Ultrapar e Cielo levaram investidores a avaliar que o Produto Interno Bruto (PIB) poderá crescer menos que o previsto em 2018, conduzindo o setor para uma nova perspectiva quanto ao preço das ações. Assim, o índice Ibovespa, com as principais ações, terminou o dia em queda de 1,49%, aos 83.288,14 pontos.

Juros 

No mercado de juros futuros, os vencimentos de curto prazo subiram, com alguns participantes do setor considerando a possibilidade de a escalada do dólar reduzir as chances de o Comitê de Política Monetária (Copom) cortar a Selic no próximo encontro dos dias 15 e 16 de maio, ainda que a comunicação da autoridade monetária tenha sido bastante clara nas últimas semanas em relação a uma nova flexibilização da taxa. Em Wall Street, o índice Dow Jones fechou perto da estabilidade, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq recuaram. Os juros dos Treasuries também caíram.




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