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Estado de Minas Online ( Economia ) - MG - Brasil - 04-05-2018 - 09:07 -   Notícia original Link para notícia
Páscoa salva as vendas nos supermercados

Produtos típicos deram o principal impulso para a reação do varejo mineiro de alimentos, que cresceu 10,94% em março, depois de dois meses em queda. Abril trouxe alta de preços



Supermercados preveem crescer 2,8% em 2018, mas admitem rever projeção, devido a possíveis efeitos das eleições


Os supermercadistas de Minas começaram 2018 com razões para voltar a esboçar sorriso no rosto. Os números das vendas mostram que o setor vem reagindo à crise no consumo. No primeiro trimestre, os negócios cresceram 2,96% em relação a idêntico período de 2017. Março foi ainda melhor, ao exibir expansão de 10,94% ante fevereiro, segundo dados do termômetro de vendas divulgado ontem pela Associação Mineira de Supermercados (Amis). O número representa a média entre todas as regiões do estado. Algumas delas chegaram a apresentar desempenho ainda mais alto.

A boa performance de vendas na Páscoa foi uma das principais impulsionadoras no período. Ainda de acordo com a Amis, março, quando comparado com o mesmo mês do ano passado, apresentou crescimento no volume de vendas de 7,58%. O resultado foi recebido com surpresa pelos próprios donos dos estabelecimentos que esperavam alta, mas em percentual menor.

Para o superintendente da Amis, Antônio Claret, a performance de março revela situações particulares e favoráveis às vendas, mas, a comparação com anos anteriores deixa claro que os números devem ser celebrados. "Nós comemoramos porque já havia um bom tempo em que não tínhamos crescimento de dois dígitos na comparação mensal e isso é muito bom", ressalta.

No acumulado do primeiro trimestre, os supermercados de Minas apresentaram números de vendas melhores que a média nacional, de 2,28%, ante a taxa de 2,96% no estado. Contudo, na variação mensal de março o crescimento perdeu para o do Brasil, de 12,12%.

Ainda de acordo com Claret, o aumento de 6% das vendas de produtos típicos da Páscoa, neste ano, foi bem superior àquele observado em 2017, de 2%. A data impulsionou os resultados apurados no mês. A avaliação da associação é que nos anos anteriores o consumidor esteve "mais contido" nas compras, mas voltou a gastar um pouco mais neste ano. Ainda pesa a favor da expansão de 2018 a quantidade maior de dias úteis em março na comparação com fevereiro. Outro fator foi o carnaval, que encurtou o tempo de faturamento das redes.

Na análise comparativa com 2017, segundo dados da associação, o crescimento vinha ocorrendo de maneira tímida não alcançando nem 1%. Em janeiro, a elevação foi de 0,47%; Já em fevereiro alcançou 0,68%. O primeiro bimestre do ano acumulou alta de 0,58% nas vendas.

Bons olhos 

A Região Central de Minas foi a que teve melhor desempenho em março, com taxa de expansão de  11,09% das vendas, seguida da Zona da Mata, com 11,09%; Triângulo e Alto Paranaíba (10,87%); Rio Doce, Mucuri e Jequitinhonha (10,76). Já as Regiões Norte e Noroeste (9,51%) e Sul (9,81%) e Centro-Oeste (10,49%) ficaram um pouco abaixo da média do estado.

Apesar de enxergar com bons olhos o resultado verificado, o superintendente da Amis ainda prefere seguir cauteloso quanto à alteração da expectativa de crescimento anual para o setor em Minas. De acordo com o executivo, a tendência é de superação dos 2,8%, a projeção feita pela entidade para 2018.

No entanto, o segundo semestre, em razão das eleições, exige o "pé no chão". Claret avalia que dependendo do resultado do pleito e, até mesmo do tempo destinado às campanhas, a economia pode sofrer reflexos, impactando no prognóstico do setor.

"A gente vai ter uma eleição muito atípica e demorada. Se tivermos um resultado muito inesperado é bem provável que isso interfira no resultado do ano na economia", analisa. A associação espera que ao longo deste ano sejam abertas 60 lojas em todo o estado. Em relação à força de trabalho, os novos pontos e o crescimento das vendas devem contribuir para a criação de 6,8 mil postos de trabalho. O segmento teve faturamento de R$ 34,7 bilhões em 2017 e fechou o ano com 190,4 mil empregados diretos.

Preços avançam 


O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) cresceu em seis das sete capitais brasileiras pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV), entre março e abril último. A maior elevação foi observada em Porto Alegre, onde a taxa cresceu 0,41 ponto percentual, ao passar de 0,14% em março para 0,55% em abril. Em Belo Horizonte, o custo de vida subiu menos, com variação de 0,17%, ante 0,45% em março.

Os dados foram divulgados ontem. Outras três capitais tiveram alta na inflação: Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.

Duas capitais que tinham registrado queda de preços em março passaram a registrar avanço de preços em abril. Salvador, que havia convivido com deflação de 0,17% verificou inflação de 0,09% no mês passado; e Recife constatou novo cenário de alta de 0,27%, enquanto houve queda de preços de 0,02% em março.



Cafezinho a R$ 3,20



O tradicional cafezinho (foto) custa, em média, R$ 3,20 nos estabelecimentos comerciais do país, segundo a Pesquisa do Preço Médio da Refeição 2018, divulgada ontem pela Sodexo Benefícios e Incentivos. O levantamento mostra que 86% dos estabelecimentos servem café, e destes metade oferece o produto como cortesia, sem cobranças. Segundo a pesquisa, a região Nordeste apresenta o preço mais elevado, de R$ 3,34, na média, enquanto o Sul apresenta o mais barato, de R$ 3,16. 



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