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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 28-04-2018 - 12:57 -   Notícia original Link para notícia
Bancos voltam a oferecer taxas de um dígito

Competição entre instituições financeiras se acirrou ainda mais após Caixa anunciar redução em taxa



São Paulo - Os grandes bancos brasileiros estão reforçando o foco no crédito imobiliário, enquanto tentam acelerar empréstimos para pessoas físicas e compensar a contínua fraqueza na demanda corporativa por novos recursos para investimentos.

O Banco do Brasil começou, nos últimos dias, a operar com taxa mínima de 8,99% ao ano no financiamento para compra de imóveis residenciais pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). A taxa vale para imóveis avaliados em até R$ 950 mil nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Distrito Federal, e até R$ 800 mil nos demais estados.

O Santander Brasil anunciou, nesta semana, que também terá taxa anual a partir de 8,99% na linha de crédito imobiliário com recursos da poupança. A taxa promocional vale até julho.

Mas, segundo profissionais do mercado imobiliário, que pediram para não serem citados, esse preço depende de o tomador aceitar um maior relacionamento com o banco. Em caso de descumprimento, a taxa sobe para 11% ao ano.
Segundo as fontes do mercado, em vez de divulgar uma taxa mínima, o Bradesco tem oferecido cobrir os preços da concorrência.

O Itaú Unibanco também está operando com taxa mínima de 9% ao ano, financiando até 82% do valor do imóvel. Essa oferta vale para financiamento mínimo de R$ 80 mil e está condicionada ao relacionamento com o banco.

O movimento acontece uma semana após a maior financiadora imobiliária do País, Caixa Econômica Federal, ter reduzido a taxa mínima também para 9% ao ano no Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que usa recursos do SBPE.

Na véspera, a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) informou que os financiamentos de imóveis com recursos da poupança em março recuaram 5,2% na comparação anual, somando R$ 3,8 bilhões.

Ambiente favorável - O aumento da competição entre os bancos vem na esteira da redução do custo para obter os recursos. Com a queda da Selic para baixo de 8,5% ao ano, a remuneração da caderneta de poupança sofre um redutor, passando a render 70% da taxa padrão de 6% ao ano. Hoje, a Selic está em 6,5% ao ano.

Além disso, o Banco Central anunciou, no fim de março, uma redução da alíquota do compulsório sobre depósitos a prazo que os bancos são obrigados a recolher aos cofres da autoridade monetária, sem remuneração, de 24,5% para 20%. Na prática, isso incentiva os bancos a concederem mais recursos para financiamento.


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