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O Globo Online (RJ) ( Economia ) - RJ - Brasil - 25-04-2018 - 08:39 -   Notícia original Link para notícia
Retomada lenta faz arrecadação desacelerar

Resultado foi positivo pelo 5º mês seguido, mas receitas cresceram menos em março



-BRASÍLIA- Após dois meses crescendo a um ritmo de 10%, a arrecadação de impostos e contribuições federais desacelerou em março e teve uma alta real (já descontada a inflação) de 3,95%. Foram R$ 105,6 bilhões em receitas, o quinto resultado positivo seguido. No trimestre, a arrecadação soma R$ 366,4 bilhões, uma alta real de 8,42%.



O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros, Claudemir Malaquias, explicou que a desaceleração das receitas em março reflete "uma mudança no patamar de ritmo de crescimento" da economia. Ele ressalta, contudo, que o desempenho dos últimos meses é uma evidência de que há uma retomada da atividade. No ano passado, a atividade avançou 1%, após dois anos de queda. Em 2018, a projeção oficial para o Produto Interno Bruto (PIB) é de crescimento de 3%. Quando o faturamento das empresas, o emprego e a renda voltam a crescer, o Fisco recolhe mais.



Uma série de fatores externos também impulsionou a arrecadação de março. Entre eles está o Refis (programa de renegociação de débitos tributários e inscritos na Dívida Ativa), responsável por um ingresso de R$ 1,07 bilhão nos cofres públicos no mês passado. Além disso, o aumento da alíquota de PIS/Cofins sobre combustíveis fez com que a Receita conseguisse arrecadar R$ 2,3 bilhões em março, um aumento de quase 90% em relação ao que foi recolhido em 2017. O Fisco informou, contudo, que, mesmo sem esses fatores "não recorrentes", a arrecadação teria crescido em março.



"Sem considerar o efeito dos fatores não recorrentes listados, verifica-se crescimento real de 2,16%, resultado da recuperação da atividade econômica e das medidas adicionais implementadas pela Receita Federal na recuperação do crédito tributário", diz o Fisco em nota.



IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO: ALTA DE 20,8% No ano, cresceram principalmente a arrecadação com os tributos ligados à importação, resultado de uma elevação na taxa de câmbio, de um aumento na alíquota do IPI vinculado e do crescimento efetivo das importações de produtos estrangeiros. Com isso, as receitas com o Imposto de Importação cresceram 20,8% e com o IPI vinculado, 21,9%. A alta no volume de vendas de automóveis também fez saltar 8,7% o IPI cobrado sobre veículos entre janeiro e março.



O Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), que incide sobre o salário dos trabalhadores, teve uma alta de 4,39%. A contribuição previdenciária também avançou 2,56%. Segundo a Receita, isso foi um reflexo do crescimento da massa salarial e da retomada do mercado de trabalho.



Por outro lado, a arrecadação do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) caiu 17,22% nos primeiros três meses do ano. Segundo a Receita, a queda ocorreu porque o Fisco teve uma arrecadação atípica, acima do esperado, em janeiro do ano passado, referente a alienação de bens.


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