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Estado de Minas Online ( Economia ) - MG - Brasil - 20-04-2018 - 04:00 -   Notícia original Link para notícia
Expectativa de R$ 2,16 bi anima lojistas de BH

O apelo do presente para as mães será novo teste a desafiar a reação do comércio, que, em Belo Horizonte, trabalha num nível jamais visto de confiança, medido pela da capital (-BH). As empresas esperam faturar R$ 2,16 bilhões com as vendas motivadas pelo Dia das Mães deste ano, data comemorada no segundo domingo de maio. A bolada, já descontada a inflação, representa a maior cifra observada desde 2011, e, uma vez confirmada, será 2,76% superior à receita apurada em 2017, de R$ 2,10 bilhões.

Parece pouco, mas não é quando se avalia a taxa do ponto de vista da série histórica de desempenho das vendas associadas ao Dia das Mães, como observa o vice-presidente da -BH, Marco Antônio Gaspar. O varejo cravou fartos avanços nos negócios em 2007, de 6,20%; e 2008, de 7,80%, para depois cumprir uma curva mais modesta, até emplacar 5,03% de crescimento em 2012. As vendas desceram ladeira em 2013 e enfrentaram dois anos de retração, com taxas negativas de 0,95% em 2015 e de 1,97% em 2016, para então, só reverter a má performance em 2017, com também modesto 1,25% de expansão.

"O empresário agora está mais otimista devido à melhoria da situação macroeconômica. O desemprego diminui devagar, a inflação está baixa e os juros no menor nível da história. Vislumbramos uma reação gradual da economia, mas constante", afirma Marco Gaspar. Aliados a esses fatores, estão as boas expectativas dos comerciantes da capital quanto à queda da inadimplência, o que cria ambiente favorável à volta do consumidor às lojas.

Em fevereiro, o Termômetro de Vendas da -BH registrou aumento de 3,68% na comparação com idêntico mês de 2017. Como consequência da melhor performance dos índices do varejo, o Indicador de Confiança do Empresário (ICE), medido pela instituição, alcançou 60,9 pontos no primeiro trimestre do ano na cidade. Segundo a -BH, foi a terceira elevação do ICE, ao passo que sua pontuação teve recorde na série histórica, iniciada em outubro de 2015.

Marco Gaspar admite que o cliente ainda está cauteloso. "O consumidor ainda teme a crise e o desemprego. O arrefecimento da taxa de desemprego tem sido lento", afirma. Ainda assim, os indicadores em recuperação, pondera o empresário, não deixam dúvida de que o otimismo dos lojistas faz sentido. "A recuperação, mesmo que em ritmo moderado, do emprego e da renda tende a elevar as vendas do varejo nas datas comemorativas neste ano e isso já será sentido no Dia das Mães", afirma o vice-presidente da -BH.

O amor as mães faz do período reservado pelo comércio ao esforço de vendas de presentes para elas o segundo melhor no ano, depois do Natal. Os segmentos do varejo que mais costumam se aproveitar da data são os de vestuário e calçados; cosméticos e perfumes, e de produtos óticos.

Contramão

Na direção oposta a do comércio de BH, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) caiu neste mês, de acordo com dados divulgados ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador recuou 2,3 pontos em relação a março e ficou em 56,7 pontos, numa escala na qual valores acima dos 50 pontos significam otimismo com os rumos da economia e dos negócios. A entidade destacou que, apesar da queda, o ICEI ainda é superior à média histórica de 54,2 pontos.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) de Minas Gerai, também divulgado onem, pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) recuou 3,5 pontos entre março e abril (53 pontos), apontando queda da confiança do empresariado. Ainda assim, foi o maior para abril nos últimos seis anos. O resultado de abril acende o sinal amarelo e indica revisão das expectativas dos empresários em relação ao ritmo de recuperação da economia, que está mais lento do que o previsto, na avaliação do economista da CNI Marcelo Azevedo. (Com agências)


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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