A confiança dos empresários de Belo Horizonte alcançou a maior pontuação da série histórica iniciada em outubro de 2015. O Indicador de Confiança do Empresário (ICE) divulgado ontem pela Câmara de Dirigentes LojistasCâmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDLCDL/BH) registrou a terceira alta consecutiva durante o primeiro trimestre deste ano, alcançando a marca dos 60,9 pontos. Na comparação com o quarto trimestre de 2017, quando o índice registrava 55,5 pontos, o aumento foi de 5,4 pontos.

O levantamento apontou que as pequenas empresas, aquelas que têm entre 10 e 49 empregados, são as mais otimistas em relação ao futuro da economia do País, com 59,3 pontos no primeiro trimestre de 2018. Na sequência, a análise por porte das empresas trouxe as de médio porte (de 50 a 99 empregados) com 56,5 pontos e as micro (até nove empregados) que registraram 53,2 pontos.

Os resultados mostram ainda que a confiança está relacionada tanto ao cenário do Brasil quanto com os próprios negócios dos entrevistados. A expectativa geral dos empresários sobre o cenário econômico e sobre as finanças da empresa para os próximos seis meses registrou 77,3 pontos no primeiro trimestre de 2018, quatro pontos acima do índice de 73,3 pontos registrado no quarto trimestre do ano anterior.

Já a expectativa quanto às finanças de seu próprio negócio para os próximos seis meses também apresentou melhora, passando de 74,7 pontos no quarto trimestre de 2017 para 76,3 pontos no primeiro trimestre deste ano e o indicador da perspectiva dos empresários em relação ao cenário econômico brasileiro também para o próximo semestre subiu de 72 pontos para 78,3 na mesma base comparativa.

Círculo virtuoso - Para o vice-presidente da CDLCDL/BH, Marco Antônio Gaspar, os empresários da Capital estão mais confiantes para investir e voltar a crescer. "A confiança leva o empresário a investir mais e isso gera um círculo virtuoso que desejamos. O empresário confia, aumenta os investimentos, gera novos empregos, aumenta a renda média do trabalhador, que vai consumir mais, o que resulta em um crescimento e as coisas vão rodando positivamente", afirmou Gaspar.

A contínua melhora dos principais indicadores macroeconômicos do País são considerados por Gaspar como fatores que impulsionaram o crescimento da confiança dos empresários de Belo Horizonte. Na avaliação do vice-presidente da CDLCDL/BH, o crescimento do otimismo é resultado da recuperação da atividade econômica somada a outros pontos.

"Os números estão mudando devagar, no entanto a queda da inflação, o aumento da renda da população e uma certa estabilidade em relação aos assuntos políticos fizeram com que os empresários tenham mais confiança", ponderou.

Retomada - Outro fator que contribuiu para o resultado positivo foi um pequeno aumento das vendas. Segundo o vice-presidente da CDLCDL/BH, a retomada do comércio, baseada no consumo das famílias, tem sido determinante.

"É uma recuperação muito gradual, mas já é suficiente para o empresário se animar. Mesmo com um déficit do governo, houve redução da Selic, controle da inflação, e isso faz com que o empresário confie também neste cenário econômico", avaliou Marco Antônio Gaspar

A percepção dos empresários quanto à economia brasileira nos últimos seis meses também avançou, de acordo com o levantamento. O indicador cresceu 7,2 pontos, passando de 31,8 pontos no quarto trimestre de 2017 para 39 pontos no primeiro trimestre deste ano.

Essa melhora pode ser atribuída à possibilidade de continuidade da recuperação em 2018, com destaque para elevação da produção industrial, consumo e redução do desemprego. Em relação às finanças de seu negócio nos últimos seis meses, o indicador chegou aos 47,4 pontos.

(Fonte: Diário do Comércio)