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O Globo Online (RJ) ( Economia ) - RJ - Brasil - 18-04-2018 - 07:09 -   Notícia original Link para notícia
FMI revê para cima projeções para expansão do PIB brasileiro

País deve crescer 2,3% este ano, frente a alta de 3,9% na economia global



-WASHINGTON- Em seu relatório Panorama Econômico Global, divulgado ontem, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu para cima as estimativas de crescimento de alguns países ricos e emergentes, entre os quais o Brasil, ao mesmo tempo em que projeta expansão de 3,9% para a economia mundial, neste ano e no próximo. Mas alertou para uma desaceleração mais à frente, que poderia ser agravada por uma guerra comercial.



As projeções para o Brasil são de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,3% neste ano e de 2,5% em 2019, acima das estimativas anteriores, de 1,9% e 2,1%, respectivamente. A melhora esperada é a maior entre todos os países e regiões que são avaliados pelo Fundo.



"Após uma profunda recessão em 2015 e 2016, o Brasil voltou a crescer em 2017 (...), impulsionado por investimento e consumo privados mais fortes. A médio prazo, o crescimento deve recuar a 2,2%, devido ao peso do envelhecimento da população e de uma produtividade estagnada", afirma o documento. DEFESA DE REFORMAS As projeções feitas pelo FMI para o Brasil estão um pouco abaixo do esperado pelos economistas consultados semanalmente pelo Banco Central. No último boletim Focus, as estimativas eram de 2,76% este ano e 3% em 2019.



Na avaliação do economistachefe do FMI, Maurice Obstfeld, os fundamentos da economia brasileira tiveram uma melhora acima do esperado:



- O ritmo de crescimento foi melhor do que o esperado. Isso teve a ajuda de uma inflação baixa no ano passado, o que permitiu a redução dos juros para dar suporte à economia - disse Obstfeld, acrescentando que as condições financeiras globais também contribuíram.



O relatório, no entanto, aponta alguns riscos para o Brasil, incluindo a incerteza em relação às eleições deste ano. O FMI defende que algumas reformas são essenciais para um crescimento sustentável, citando a da Previdência como "prioridade". O organismo também sugere reduzir as barreiras comerciais.



Com relação à economia global, Obstfeld disse que a perspectiva de restrições comerciais ameaça minar a confiança e descarrilar prematuramente o crescimento mundial.





- O risco de uma disputa comercial desvia os passos construtivos que algumas economias precisariam fazer agora para melhorar e garantir as perspectivas de crescimento - afirmou, ressaltando, porém, que ainda é possível evitar uma escalada da guerra comercial. - Ainda há espaço para que os países se engajem de forma multilateral nas discussões para aproveitar os mecanismos de resolução de disputas que existem e, assim, evitar uma intensificação dessa disputa.


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