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AMIS - Associação Mineira de Supermercados ( Notícias ) - MG - Brasil - 28-03-2018 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Inadimplência recua na Capital em fevereiro

A recuperação econômica do País, com desaceleração de alguns dos principais indicadores macroeconômicos, fez com que a inadimplência dos belo-horizontinos diminuísse em fevereiro deste ano. É o que aponta o Indicador de Inadimplência do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) divulgado ontem pela de Belo Horizonte (-BH). O levantamento mostra redução de 2,56% no índice, na comparação entre o mesmo período de 2017 e 2018. Também houve diminuição na quantidade de consumidores com o nome inscrito nos cadastros de devedores na variação mensal, sendo que, de janeiro para fevereiro deste ano, a queda foi de 0,20%.

A inflação medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que em janeiro de 2017 estava na marca de 0,38% e no mesmo mês deste ano registrou 0,29%, teve impacto positivo na redução do custo de vida dos belo-horizontinos. Além disso, taxas de juros menores fizeram com que a negociação das dívidas ficasse mais barata e o aumento do rendimento real possibilitou aos consumidores quitarem seus débitos.

Na avaliação da economista da -BH, Ana Paula Bastos, o fôlego da economia, com melhora no desemprego, na renda e na taxa de juros, proporcionou condições positivas para a queda dos indicadores.

"Desde 2016 viemos de um cenário de inadimplência crescente por causa de taxa de desemprego e de juros elevadas, inflação alta, que impactaram no bolso das pessoas. Já no ano passado, houve uma injeção grande de capital na economia via FGTS, PIS e PASEP, então, as pessoas que estavam endividadas aproveitaram para quitar os débitos", explicou Ana Paula Bastos.

Dívidas

O número de dívidas dos consumidores na Capital também caiu. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a queda foi de 7,19%. A variação mensal também mostra redução, neste caso, de 0,20% em fevereiro. O crescimento do rendimento real também pode ser associado à possibilidade de regularização das contas atrasadas, como analisou a economista.

"A redução no número de devedores não é tão intensa quanto a redução do número de dívidas, porque o consumidor ainda não consegue quitar o total dos débitos. Mesmo que as pessoas não paguem todas as dívidas, à medida que o capital entra, elas vão quitando os débitos aos poucos", disse.

A faixa etária menos endividada no mercado foi dos jovens entre 18 e 24 anos, que apresentou queda de 27,37%. O resultado pode ser justificado pela entrada tardia desses consumidores no mercado de trabalho e, consequentemente, o menor consumo por parte deles. Por outro lado, a quantidade de devedores entre 50 e 84 anos apresentou alta de 4,81%, sendo os mais endividados. A análise segmentada por gênero mostra que a inadimplência entre as mulheres (-2,11%), mesmo apresentando decréscimo, está em menor intensidade de queda do que em relação aos homens (- 3,60%).

Empresas

As empresas da Capital permanecem com dívidas. No entanto, o ritmo de crescimento dos indicadores tem desacelerado. A pesquisa da CLD-BH mostrou que, em fevereiro deste ano, foi registrado crescimento de 6,79% do número de pessoas jurídicas inadimplentes, na comparação com o mesmo mês de 2017. Apesar da alta, o indicador avançou em ritmo menor em relação a 2017, quando alcançou a marca de 9,32%.

Na base de comparação mensal, houve aumento de 0,98% no número de pessoas jurídicas inadimplentes, e o setor de serviços permanece com a maior quantidade de empresas devedoras.

Para Ana Paula Bastos, o índice ainda é alto, porém, por ser menor que os números dos anos anteriores, mostra o impacto positivo dos indicadores macroeconômicos também na receita das empresas.

"A desaceleração do crescimento desse indicador mostra que o ambiente econômico está melhor. O mercado e a demanda melhoraram, o que causou melhora na receita das empresas. Outro fator também é a queda da taxa de juros, que faz com que a negociação das dívidas das empresas seja mais barata", afirmou a economista.

(Fonte: Diário do Comércio)


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