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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Negócios ) - MG - Brasil - 28-03-2018 - 10:55 -   Notícia original Link para notícia
Setor prevê a criação de 2 milhões de empregos

Brasília - O Ministério do Turismo lançou ontem (27) o Plano Nacional do Turismo 2018-2022, instrumento que estabelece diretrizes e estratégias para a implementação da Política Nacional de Turismo até 2022, durante a 51ª reunião do Conselho Nacional de Turismo (CNT). O documento traz como metas a criação de 2 milhões de empregos, o aumento do número de turistas nacionais e internacionais, além da ampliação da receita gerada pelo setor.

"O Plano Nacional do Turismo 2018-2022 foi construído de forma coletiva. Temos em mãos um instrumento que direciona políticas efetivas, orienta os gestores sobre as prioridades do setor e traz metas factíveis para o Brasil se tornar uma potência mundial no mercado de viagens", afirmou o ministro do Turismo, Marx Beltrão.

A base do PNT 2018-2022 foi construída dentro de Câmara Temática constituída para este fim, no âmbito do Conselho. Estruturadas as diretrizes, as áreas técnicas responsáveis por cada tema dentro do MTur trabalharam no desenvolvimento das linhas mestras, iniciativas e estratégias para conquista das metas apresentadas.

Para o coordenador da Câmara Técnica do PNT e presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação, Alexandre Sampaio, o Plano Nacional de Turismo 2018-2022 norteia as ações do setor, dando caminhos e orientações para o Brasil avançar no mercado de viagens. "O documento foi construído como uma proposta nacional para o setor de turismo, propondo caminhos modernos para alcançarmos, de forma célere, nossos objetivos. É um plano amplo e propositivo, que pode ser ajustado ao longo dos anos para se adequar à realidade de nosso setor", disse Sampaio.

O documento traz um panorama do mercado de turismo hoje no Brasil e no mundo, identifica os gargalos e elenca as iniciativas e estratégias prioritárias. Como novidade, o PNT 2018-2022 aborda temas como o incentivo a soluções de segurança pública que envolvam o setor turístico e integrem os planejamentos estaduais e municipais, como uma das estratégias fundamentais para a qualidade da experiência no País; a instituição de uma rede nacional de observatórios de turismo; o fortalecimento do trabalho compartilhado em redes de conhecimento; o estímulo ao desenvolvimento de destinos turísticos inteligentes, com foco na inovação e tecnologias interativas e criativas; e a elaboração de um Plano Integrado de posicionamento da imagem do Brasil.


Estrutura do PNT 2018-2022 - Com base no diagnóstico do setor, o PNT adota diretrizes voltadas para o fortalecimento da regionalização, melhoria da qualidade e competitividade do setor, passando pelo incentivo à inovação e promoção da sustentabilidade. A partir dessas diretrizes, foram traçadas cinco linhas de atuação que vão nortear a atuação sinérgica entre os entes públicos nas esferas federal, estadual e municipal para o alcance das metas propostas no documento. São elas o Ordenamento, gestão e monitoramento; Estruturação do turismo brasileiro; Formalização e qualificação no turismo; Incentivo ao Turismo Responsável; e Marketing e apoio à comercialização. Foram propostas, também, 17 iniciativas e 44 estratégias que poderão ser adotadas para consecução do PNT.

Metas - O novo Plano Nacional de Turismo prevê ampliar, até 2022, o número de empregos gerados pelo setor, passando de 7 milhões para 9 milhões de postos de trabalho. Também foram traçadas metas para o turismo doméstico - com a inserção de 39,7 milhões de brasileiros no mercado consumidor de viagens; aumento no número de turistas internacionais no País, passando de 6,6 milhões para 12 milhões; e da receita advinda desses turistas, saindo dos atuais US$ 6,6 bilhões para US$ 19 bilhões em 2022.



Atividade ganha Política Nacional de Qualificação



Brasília - O ministro do Turismo, Marx Beltrão, lançou ontem (27) a Política Nacional de Qualificação no Turismo, documento que traz diretrizes para o Brasil alcançar a excelência no atendimento ao turista em seus destinos. A Política foi construída com a participação de representantes da cadeia produtiva do turismo, do terceiro setor e de gestores públicos, e traduz os anseios e demandas do turismo por serviços e mão de obra qualificados.

"O turismo gera 1 de cada 10 empregos no mundo, o que demonstra a dimensão desta atividade no contexto da economia global. No Brasil, o setor emprega 7 milhões de pessoas, direta e indiretamente, e a meta é chegar a 9 milhões de empregos até 2022. A qualificação se coloca como condição importante para ampliarmos a empregabilidade por meio do turismo e contribuir efetivamente com os esforços do governo federal para enfrentar os desafios da educação profissional no País", afirmou o ministro durante reunião do Conselho Nacional de Turismo (CNT), em Brasília.

Para a secretária de Promoção e Qualificação do MTur, Teté Bezerra, a Política Nacional de Qualificação chega em um momento crucial para o País, auxiliando no combate ao desemprego e criando novas oportunidades para acesso dos jovens brasileiros ao mercado de trabalho. "Como política de Estado, ela contribui também para que o Turismo se destaque como uma atividade capaz de impulsionar o desenvolvimento econômico, gerar emprego, renda e reduzir as desigualdades regionais", disse.

Com a implementação da Política Nacional de Qualificação no Turismo será possível o planejamento de curto, médio e longo prazos das ações que têm como objetivo melhorar a qualidade dos serviços turísticos e contribuir para consolidar o turismo como uma atividade geradora de emprego, renda e inclusão social no País. Para Vera de Morais, representante da Confederação dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade na Câmara Temática de Qualificação do CNT, a nova política também vai permitir requalificar os trabalhadores e melhorar a qualidade dos serviços de quem já está no mercado.

O setor empresarial, representado por Osório Naves, da Confederação Nacional de Turismo (CNTur), reconhece a necessidade da nova política de qualificação priorizar a base dos serviços turísticos sem esquecer da gestão. "Os municípios que já investem em educação para o turismo, desde o ensino fundamental, como Gramado e Canela, na Serra Gaúcha, têm o setor como principal atividade econômica", ressaltou o prefeito de Santo Ângelo (RS), Márcio Nascimento, da Confederação Nacional dos Municípios.

As diretrizes descritas no documento estão alinhadas às metas globais anunciadas do Plano Nacional de Turismo (PNT), também divulgadas ontem (27), durante reunião do Conselho Nacional de Turismo. De acordo com o novo PNT, o Brasil deverá aumentar o fluxo de turistas nacionais e internacionais, além de ampliar a receita gerada por turistas internacionais. "Sem qualificação não temos como avançar. Quanto mais qualificados forem os serviços e produtos turísticos, mais competitivo será o destino Brasil", destacou o diretor de planejamento e gestão estratégica do Ministério do Turismo, Neusvaldo Lima.

Em 15 anos, o Ministério do Turismo já investiu R$ 14 bilhões em infraestrutura dos destinos. A política de qualificação será o eixo norteador dos planos e programas que serão traçados. "Precisamos trabalhar em larga escala e pôr essa política em prática, respeitando as especificidades locais, o perfil do público e modalidades dos cursos de formação", disse a coordenadora técnica da Câmara de Qualificação do Conselho Nacional de Turismo, Neuza Portugal.


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