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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 21-03-2018 - 10:41 -   Notícia original Link para notícia
Logística: ocupação em condomínios em Minas Gerais atinge 80,3%

Desempenho está acima da média nos principais mercados do País


O mercado de condomínios logísticos de Minas Gerais está se despontando como um dos mais equilibrados do País, com oferta e demanda aquecidas. Prova disso é que a taxa de ocupação deste tipo de empreendimento no Estado fechou 2017 em 80,3%, acima de importantes praças do segmento, como São Paulo, onde a ocupação ficou em torno de 70%. Além disso, dos lançamentos previstos para este ano, cerca de 25% já estão pré-alugados.

As informações são de estudo do Sistema de Informação Imobiliária Latino Americano (SiiLA), empresa de inteligência imobiliária. "Em 2017 não houve entrega de estoques novos em Minas e, com isso, toda movimentação no setor foi de devolução e absorção do que já existia. O Estado conseguiu manter durante o ano passado e fechou o período com taxa de ocupação de 80%", explicou o chief executive officer (CEO) da SiiLA, Giancarlo Nicastro.

"Por não ter ocorrido entregas de novos empreendimentos em 2017, para 2018, devem chegar ao mercado 105 mil metros quadrados de área em novos condomínios logísticos. A taxa de vacância deve aumentar um pouco, mas não muito, porque 25% desse novo estoque já está pré-locado. Isso é um sinal positivo de que existe demanda e que ela está só aguardando o novo estoque chegar. É um mercado que está se despontando positivamente em relação ao restante do País", completou o CEO da Siila.

De acordo com ele, a entrada dos novos condomínios traz uma tendência de aumento da taxa de vacância do Estado, hoje em 19,7%, para algo entre 21% e 21,3%, ainda muito melhor do que os cerca de 30% de vacância do segmento em São Paulo, que tem praticamente 10 vezes mais área em estoque no setor.

Nicastro explicou que, além da localização excelente do ponto de vista geográfico, os preços de aluguel desses condomínios em Minas são compatíveis com os de outras praças, o que torna o Estado atrativo para empresas que usam ou investem no setor. "Em Minas o mercado está mais equilibrado. Em São Paulo, por exemplo, a oferta é maior e taxa de vacância também, criando um mercado mais volátil", disse.


Varejo - A pesquisa mostrou, ainda, que as empresas de varejo são as principais ocupantes do mercado de condomínios logísticos de Minas Gerais.  Essas empresas do varejo ocupam 170,8 mil metros quadrados de área, o que corresponde a 34,3% do estoque total do Estado, estimado em 865,7 mil metros quadrados.

Depois do varejo, aparece o setor de transporte e logística, ocupando 22,7% da área de condomínios logísticos no Estado. Na sequência, as empresas do segmento de alimentos, bebidas e fumo, com participação de 8,6% da ocupação deste tipo de empreendimento em Minas.


Cerca de 25% dos lançamentos previstos já estão pré-alugados/Divulgação



Governo abre consulta pública para o PNL


O governo federal abre nesta quarta-feira consulta pública para receber contribuições para o Plano Nacional de Logística (PNL). O trabalho elaborado pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL) apresenta um diagnóstico da logística brasileira e prevê os empreendimentos necessários para otimizar a infraestrutura até o ano de 2025.

Uma sessão pública no auditório do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil em Brasília marcará o início do período de consulta. O documento poderá receber contribuições até o próximo dia 20 de abril.

Vinculada à Secretaria do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), criada pelo governo federal para reforçar a coordenação das políticas de investimentos em infraestrutura por meio de parcerias com o setor privado, a EPL desenvolveu o PNL com o apoio do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), além da participação de diversos entes públicos e privados.

De acordo com a EPL, o trabalho faz a simulação da movimentação de cargas na infraestrutura atual somada aos empreendimentos previstos no Programa Avançar Parcerias para prever o cenário de 2025. Identifica os pontos de estrangulamento e propõe soluções para melhoria da infraestrutura. Nas próximas edições, projetará horizontes de longo prazo com maior confiabilidade.

A EPL submete à apreciação geral um trabalho que se destina a dar transparência em termos de diagnóstico e proposições, possibilitando a contribuição ao seu aprimoramento por todos aqueles que buscam tornar mais eficiente o sistema de circulação de cargas no País.

Para o diretor-presidente da empresa, José Carlos Medaglia Filho, as contribuições obtidas na consulta pública permitirão o aprimoramento das propostas. "O PNL desde já traz elementos para tomada de decisão sobre investimentos, mas também é um legado para as próximas administrações federais que deverão definir futuras concessões, parcerias público-privadas e prioridades na aplicação do orçamento."

O resultado desse processo possibilitará a avaliação por parte de todos os operadores do setor, e mesmo da sociedade em geral, dos benefícios socioeconômicos decorrentes dos investimentos em infraestrutura de transporte, bem como a forma e o momento mais adequado para sua realização, informa a empresa.



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