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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Negócios ) - MG - Brasil - 21-03-2018 - 10:50 -   Notícia original Link para notícia
Setor de vendas diretas registrou acomodação de resultados em 2017

Compreendida por boa parte das pessoas como uma atividade extra ou uma alternativa enquanto um emprego formal não aparece, a venda direta - "de porta em porta" - se transformou em uma opção de profissionalização e desenvolvimento de carreira para uma parcela importante da população.

O balanço divulgado pela Associação Brasileira das Empresas de Vendas Diretas (ABEVD) revelou que o setor se manteve estável em 2017. A leve retração, de acordo com a diretora executiva da ABEVD, Roberta Kuruzu, reflete com clareza os percalços econômicos atravessados pelo País. No ano passado, o setor teve uma queda no volume de negócios de 1,1%, passando de R$ 45,8 bilhões para R$ 45,2 bilhões. O número de empreendedores ativos durante o ano caiu de 4,3 milhões para 4,1 milhões, o equivalente a 3,6%, bem como o volume de itens comercializados teve diminuição de 3,6%, com 1,987 milhão.

"Pelo contexto geral de perda do poder de compra do consumidor esse era um resultado esperado. O setor de vendas diretas está, ainda, muito atrelado à venda de cosméticos e tivemos um ano difícil no setor de saúde e bem-estar. Mesmo assim, entendemos que em todo esse período de crise conseguimos manter o volume de vendas e de empreendedorismo. As empresas estão se empenhando na qualificação dos vendedores, apostando no posicionamento de empreendedores que eles realmente são", explica Roberta Curuzu.

As modalidades mais praticadas de venda direta são: "porta a porta", quando o revendedor vai até a residência ou local de trabalho do consumidor para demonstrar e vender os produtos; catálogo, na qual o revendedor deixa o catálogo ou folheto na residência do consumidor e depois passa para retirar o pedido; e, por fim, a Party Plan. Nela, o revendedor promove um chá na casa de uma consumidora para ela e suas amigas, em que demonstra e revende os produtos.

"A venda direta funciona com a marca passando o produto para o revendedor com um determinado desconto. Esse revendedor determina as estratégias de venda, os horários, enfim, sua rotina. Isso caracteriza uma relação comercial, e não uma relação trabalhista. O que acontece agora é que as empresas - especialmente as ligadas à ABEVD - estão comprometidas a tornar essa relação totalmente transparente. Para isso foi criado um código de ética e há um investimento grande na educação empresarial desses parceiros", afirma a diretora executiva da ABEVD.

O advento do e-commerce que, em um primeiro momento, parecia concorrer com a venda direta, acabou se tornando um aliado. As novas tecnologias e as redes sociais se tornaram ferramentas para os revendedores aumentarem o volume de relacionamentos. E para as marcas, as duas modalidades integram a tendência de multicanalidade que marca o varejo. As indústrias de alimentos, moda e as empresas de serviço têm aderido à venda direta.

Local - A grande fragmentação do território mineiro - com 853 municípios - favorece o desenvolvimento do setor de vendas diretas. "A venda direta não conhece limites geográficos. O revendedor pode trabalhar em qualquer cidade e essa é uma vantagem incrível para as marcas chegarem ao interior sem um alto custo. Nesse sentido Minas Gerais oferece um número de oportunidades fantástico", analisa a executiva.Esse era um resultado esperado, explica Roberta Curuzu/Divulgação



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