O segmento de tecidos, vestuário e calçados liderou a recuperação das vendas do comércio de Minas Gerais, com aumento de 31% no período acumulado dos últimos 12 meses até janeiro, quando a média do desempenho no estado foi de 5,3% e a do Brasil, de 2,5%. Os hipermercados e supermercados deram outra contribuição decisiva, ao registrar aumento nos negócios de 14,5% em 12 meses. Na contramão dos números positivos, as vendas de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, enfrentaram baque de 24,9% negativos no acumulado dos últimos 12 meses, seguidas de retração de 24% no consumo de combustíveis e lubrificantes e de 17% no desempenho de veículos, motocicletas, partes e peças.

Em Minas Gerais, o comércio avançou 0,4% em janeiro, frente a dezembro de 2017, na série do IBGE com ajuste sazonal, portanto ficou abaixo da média nacional de 0,9%.Embora modesto, o resultado veio positivo depois de recuo de 2,8% na passagem de novembro para dezembro. Na base de comparação mensal, o estado ficou na 18a. posição no ranking nacional em janeiro.

Quando a análise é feita em relação a janeiro do ano passado, as posições se invertem, com crescimento do varejo de 4,4% em Minas e 3,2% na média nacional.A melhor performance do comércio mineiro foi observada no período acumulado de 12 meses, com expansão de 5,3% mediante a evolução de 2,5% do Brasil. Foi o nono resultado favorável de Minas depois de 23 meses de fechamento no vermelho.

Considerando-se o varejo ampliado, conceito no qual são incluídas as vendas de material de construção e veículos, o IBGE observou crescimento de 6,9% em Minas e de 6,5% no Brasil. O instituto apurou no estado resultados no vermelho por longo períodos dos segmentos de móveis e veículos, motocicletas, partes e peças.

Na capital

O varejo de Belo Horizonte iniciou 2018 também com bom resultado. As vendas de janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior tiveram crescimento de 1,64%, de acordo com a Câmara de Dirigentes LojistasCâmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDLCDL-BH). A alta é reflexo da recuperação da atividade econômica e da desaceleração de alguns indicadores, como a inflação, a taxa de juros e o desemprego . A inadimplência, da mesma forma, proporcionaou aumento do consumo.

Na avaliação do presidente da CDLCDL, Bruno FalciBruno Falci, a boa performance do setor na capital se deve à melhora do poder de compra das famílias. "Com mais renda disponível, as pessoas consomem mais e, consequentemente, as vendas crescem". Na comparação de janeiro com o mesmo mês do ano passado, houve aumento de vendas em todos os segmentos analisados, com destaque para veículos e peças (3,7%), material elétrico e construção (2,68%) e artigos diversos (2,48%).