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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 10-03-2018 - 11:34 -   Notícia original Link para notícia
RMBH fecha fevereiro com inflação de 0,33%

Elevação do índice de preços no último mês foi influenciada, principalmente, pelo setor de educação



A inflação na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) foi de 0,33% em fevereiro. O aumento foi influenciado, principalmente, pelo setor de educação, que registrou alta de 3,20% no período. A elevação do índice só não foi mais acentuada devido ao grupo dos alimentos e bebidas, que teve retração de 0,38%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o reajuste das mensalidades dos cursos regulares é o principal fator de inflação nos meses de fevereiro. Apesar disso, segundo o gerente do IPCA, Fernando Gonçalves, as quedas no grupo dos alimentos e bebidas tiveram impacto suficiente para conter a taxa de inflação.

Entre os nove grupos investigados, sete apresentaram alta na RMBH. Desses, quatro tiveram aumento acima da média, sendo eles: educação (3,20%), transportes (0,68%), saúde e cuidados pessoais (0,50%), e despesas pessoais (0,45%). Também registraram aumento artigos de residência (0,29%), comunicação (0,10%) e habitação (0,09%).

Houve deflação nos grupos alimentação e bebidas (-0,38%) e vestuário (-0,37%).
No grupo educação, os itens com maiores variações positivas foram ensino médio (6,40%), educação infantil (5,97%), ensino fundamental (5,68%) e ensino superior (4,36%).

Entre os alimentos, o produto com maior variação positiva foi a cebola, com aumento de 17,47%. Também tiveram alta nos preços a abóbora (8,21%) e abacaxi (7,85%). Por outro lado, foram registradas quedas no açúcar cristal (-9,74%), quiabo (-8,18%), cenoura (-7,36%) e banana prata (-6%). 

Outro item que mostrou redução expressiva de preço foi a passagem aérea (-9,80%). A retração coincide com o fim do período de férias, que tem maior ocorrência de viagens.

Variações - O índice para a RMBH representa o quarto maior resultado mensal entre as 13 áreas pesquisadas, ficando atrás do Rio de Janeiro (0,72%), Belém (0,57%) e Salvador (0,55%). A variação acumulada em doze meses foi de 1,72% na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O IPCA se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,14% na RMBH. Esse indicador se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 5 salários mínimos.

Na última semana, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead) divulgou que Belo Horizonte registrou deflação de 0,44% em fevereiro. As principais influências no resultado foram as quedas nos preços dos alimentos in natura (-3,56%), das excursões (-15,79%) e energia elétrica (-1,81%). Por outro lado, entre os destaques de alta estão transporte escolar (8,85%), a gasolina (1,88%) e artigos de residência (1,51%).



No Brasil, indicador também avança



Rio de Janeiro - A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,32% em fevereiro, acima da taxa de 0,29% de janeiro deste ano, mas abaixo do 0,33% de fevereiro de 2017. Esse é o IPCA mais baixo para os meses de fevereiro desde o ano 2000 (que registrou taxa de 0,13%).

O dado foi divulgado, na sexta-feira (09), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o IBGE, o IPCA acumula inflação de 0,61% no ano, menor taxa desde a implantação do Plano Real, em 1994. Em 12 meses, a taxa acumulada é de 2,84%, a mais baixa para o período desde 1999 (que havia registrado taxa de 2,24%).

Influências - Em fevereiro, a inflação foi puxada, principalmente, pelo grupo educação, que, com alta de 3,89%, respondeu por mais da metade do IPCA no mês. Essa taxa reflete os reajustes habitualmente ocorridos no início do ano letivo, em especial os aumentos nas mensalidades dos cursos regulares, cujos valores subiram 5,23%.

Outro impacto importante na inflação de fevereiro veio dos transportes, cujos custos aumentaram 0,74% no mês, principalmente devido a reajustes nos ônibus urbanos (1,90%) e gasolina (0,85%).

Por outro lado, os alimentos e bebidas tiveram queda de preços (deflação) de 0,33% no período, contribuindo para que a inflação de fevereiro deste ano fosse a menor para o mês desde 2000.

Segundo o IBGE, vários produtos importantes na mesa do brasileiro ficaram mais baratos, como as carnes (-1,09%) e as frutas (-1,13%).

Os demais grupos de despesas tiveram as seguintes taxas em fevereiro: saúde e cuidados pessoais (0,38%), habitação (0,22%), despesas pessoais (0,17%), comunicação (0,05%), artigos de residência (0,03%) e vestuário (-0,38%).


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