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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 28-02-2018 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Recuperação de crédito avança 4,92% na Capital

A recuperação de crédito entre os consumidores de Belo Horizonte em janeiro de 2018 registrou aumento de 4,92% em relação ao mesmo período do ano anterior. Divulgado ontem, o Indicador de Recuperação de Crédito do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da de Belo Horizonte (/BH) mostrou ainda que, na comparação de janeiro deste ano com dezembro de 2017, o volume de pessoas que recuperaram o crédito cresceu 2,89%.

O contexto de recuperação econômica no País proporcionou condições para o aumento do número de consumidores que quitaram seus débitos, na avaliação da economista da /BH, Ana Paula Bastos, que explica que o aumento é resultado da desaceleração da inflação oficial do País medida pelo IPCA do IBGE que, em janeiro 2017, foi de 0,38% e fechou o mesmo mês deste ano em 0,29%. A queda da taxa de juros que era de 13% no primeiro mês do ano passado e, em janeiro de 2018 estava na casa dos 7% e a liberação de recursos extras na economia via FGTS, PIS, Pasep também são motivos apontados por Ana Paula para a recuperação de crédito.

"No ano passado tivemos uma inflação alta, taxa de juros em patamares elevados, que faziam com que a negociação da dívida ficasse mais cara. A melhora desses indicadores macroeconômicos durante o ano barateou a negociação, além da diminuição do desemprego que, no último trimestre de 2017 estava menor em relação ao terceiro trimestre e ao ano passado, também contribuiu", explicou a economista.

A comparação do indicador em janeiro deste ano com dezembro de 2017 também apresentou aumento. Apesar de menor do que o crescimento do acumulado anual, Bastos acredita que o início do ano é uma época propícia para que os consumidores coloquem as contas em dia. "A negociação da dívida contou com o 13º salário, especialmente dos servidores públicos, que foi pago de forma parcelada. A inflação também estava menor em janeiro na comparação com dezembro, o que aumentou a renda disponível, com um impacto menor na renda real", afirmou.

Perfil - O levantamento mostra que as mulheres da Capital quitam mais as dívidas do que os homens. Durante o mês de janeiro, elas foram responsáveis por 55,78% dos cancelamentos de registros junto ao SPC da /BH, enquanto entre os consumidores do sexo masculino, o percentual ficou em 44,22%.

Embora o índice de desemprego seja maior entre o público feminino, na marca de 12,3% de acordo com dados do terceiro trimestre de 2017 divulgados pelo IBGE, frente a 10,3% do público masculino, as consumidoras conseguem pagar os débitos porque possuem um valor médio de dívida menor que o dos homens. "As mulheres compram mais e fazem pequenas compras e, apesar de serem mais inadimplentes, recuperam o crédito primeiro porque a dívida delas é menor que a dos homens, que fazem compras de maior valor agregado", analisa Ana Paula.

Na variação por faixa etária, o maior índice de cancelamentos de registros no SPC ocorreu no intervalo de 50 a 64 anos, com 25,29%. O menor resultado está entre os jovens de 18 a 24 anos (4,94%). "Ninguém quer ficar inadimplente, então as pessoas recorrem a qualquer renda extra que entra na economia para quitar seus débitos e voltar ao mercado de consumo, principalmente no caso de bens de maior valor agregado que demandam crédito. A faixa de idade de 50 a 64 anos, é de pessoas que têm maior maturidade para lidar com dinheiro e, se ficaram inadimplentes, geralmente foi por algum contratempo", justificou.



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