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O Globo Online (RJ) ( Economia ) - RJ - Brasil - 20-02-2018 - 08:32 -   Notícia original Link para notícia
Cresce total de usuários de planos de saúde

Base de clientes chega a 47,4 milhões em janeiro no país. No Rio, houve queda


O número de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares no Brasil chegou a 47,4 milhões em janeiro, avanço de 2,53% na comparação com igual mês do ano passado, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). São 64 mil brasileiros a mais atendidos por operadoras de saúde privada, com expansão da carteira de clientes em 15 estados, além do Distrito Federal. No Rio de Janeiro, porém, o movimento é de retração, com queda de 12,6%, para 5,45 milhões de usuários.


O avanço em beneficiários em todo o país e o recuo no mercado fluminense correm em paralelo ao movimento do mercado de trabalho formal. Os dados da ANS mostram crescimento em beneficiários de planos empresariais, subindo de 31,3 milhões para 31,6 milhões em 12 meses, enquanto nos contratos coletivos por adesão houve recuo de 69.750; e nos individuais, de 174.643.


- O aumento da adesão de beneficiários a planos de saúde empresariais funciona como um termômetro comparativo ao da situação da economia. Na medida em que há recuperação do emprego formal, com as empresas ampliando contratações, cresce o acesso a esse tipo de serviço - explica Fabio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC). - O Rio de Janeiro foi o estado que mais perdeu postos de trabalho no país. A queda de beneficiários no estado reflete isso.


O país encerrou 2017 com perda de 20.832 postos de trabalho, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. O ritmo de fechamento de vagas, porém, foi menor. Nos dois anos anteriores, 2,8 milhões de postos foram fechados. AVANÇO COM EMPREGO FORMAL Já o Estado do Rio perdeu 92.192 mil vagas de emprego com carteira assinada no ano passado, o pior resultado no país.


- A perda do emprego afeta o mercado de saúde privada de uma forma ou de outra. Há o trabalhador que perde o plano de saúde da empresa e aquele que deixa de ter recursos para pagar o coletivo por adesão ou individual - pondera Bentes, lembrando que o reajuste dos planos de saúde está entre os itens que contribuíram para a alta da inflação em 2017.


José Cechin, diretor executivo da FenaSaúde, que reúne operadoras de saúde privada, aponta a variação no mercado de trabalho como impulsionador do setor no país e, ao mesmo tempo, freio ao mercado fluminense. Para ele, o crescimento registrado em janeiro é dado positivo para um segmento que contabiliza três anos consecutivos de encolhimento, acumulando perda de 3,1 milhões de usuários. Somente no ano passado, 281,6 mil pessoas deixaram de ter plano de saúde.


- É uma mudança importante. É cedo para dizer que os números de janeiro abrem uma tendência de crescimento. Mas esperamos que persista. No longo prazo, com o ganho de escala, as operadoras têm melhores condições de prever despesas e reduzir o gasto por usuário - diz Cechin.


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