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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Finanças ) - MG - Brasil - 10-02-2018 - 11:44 -   Notícia original Link para notícia
Itaú Unibanco reduz projeções para a inflação

São Paulo - O Itaú Unibanco reduziu a expectativa para a taxa de inflação deste ano e manteve a de 2019, conforme relatório divulgado na sexta-feira. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2018 passou de 3,8% para 3,5%, enquanto a do ano que vem foi mantida em 4%. Conforme o banco, a diminuição na projeção para a inflação de 2018 deveu-se à revisão na estimativa para a taxa de câmbio, que saiu de R$ 3,50 para R$ 3,25 no fim de 2018. Para 2019, a expectativa saiu de R$ 3,60 para R$ 3,30.

"Reduzimos a projeção para inflação deste ano para 3,5%, devido à revisão nas previsões para taxa de câmbio e à expectativa de mudança na bandeira tarifária na conta de luz de dezembro de vermelha patamar 1 para amarela, com impactos no IPCA de -0,2 ponto e de 0,1 ponto percentual, respectivamente", explica.

Enquanto em 2017, a bandeira tarifária era a vermelha 1, que tem custo mais elevado, o banco estima que no fim deste ano a cor da bandeira a ser adotada será a amarela, com cobrança inferior.

O Itaú Unibanco aguarda 1% no IPCA fechado do primeiro trimestre, após 0,96% em igual período de 2017. Para o segundo trimestre, a projeção para a inflação é de 1,1%; de 0,5% para o terceiro; e de 0,8% para o quarto trimestre.

Para 2019, manteve a projeção para inflação medida pelo IPCA ao redor de 4,0%."Apesar da menor inércia a ser gerada pela revisão na projeção para a inflação deste ano, contamos com uma devolução em 2019 do efeito de baixa da bandeira tarifária incorporado neste ano na conta de luz", explica a nota.

Conforme o banco, os principais fatores de risco para o cenário de inflação seguem atrelados às questões políticas domésticas e à evolução do cenário internacional.

De acordo com a instituição, a retomada da atividade prossegue, o que deve permitir um crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018 e de 3,7% em 2019. "Mas o balanço de riscos é voltado para baixo. As projeções supõem a continuidade da agenda de reformas. Caso haja uma percepção de interrupção ou mesmo de reversão desse processo, a manutenção da recuperação da atividade poderá ser colocada em risco, em particular caso a retirada de estímulos monetários globais se intensifique", avalia.

O banco reduziu as projeções para a taxa média de desemprego deste ano de 12,1% para 12% e de 11,2% para 11% na de 2019, incorporando, segundo o banco, uma taxa de participação mais baixa.


Fiscal - O Itaú Unibanco ainda diminuiu a expectativa para o resultado primário deste ano e do seguinte. A estimativa é que o déficit de 2018 fique em 2%, e não mais de saldo deficitário de 2,1% em proporção do Produto Interno Bruto (PIB). Para 2019, a expectativa passou de uma projeção deficitária de 1,0% para -0,9% do PIB. "A sustentabilidade da melhora nos resultados fiscais depende de reformas", afirma.

A expectativa do banco é que em 2018 o cumprimento da meta de déficit primário de R$ 161 bilhões (2,2% do PIB) e do teto para os gastos públicos seja menos desafiador.
Para a taxa Selic, o Itaú Unibanco avalia que no encontro desta semana o Comitê de Política Monetária (Copom), que reduziu a taxa Selic de 7% para 6,75%, indicou "claramente que na ausência de surpresas, deve interromper o ciclo de queda de juros na reunião de março."



IFI estima alta de 1,1% para o PIB de 2018



Brasília - A Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado revisou na sexta-feira suas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2017 e 2018, para 1,1% e 2,7%, respectivamente. De acordo com o órgão, a ampliação da massa de salários, e a queda da taxa de juros e do comprometimento de renda sustentam essa perspectiva de aceleração do crescimento econômico neste ano.

"De todo modo, é importante ressaltar que existem riscos para a continuidade da recuperação cíclica da economia brasileira, oriundos sobretudo do cenário político-eleitoral em 2018 e do desafio de se reduzir o déficit primário e garantir a sustentabilidade da dívida pública", ponderou o IFI, no Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de fevereiro.

Ao destacar que o governo conseguiu entregar um resultado primário com saldo negativo de R$ 124,4 bilhões, melhor que a meta de déficit de R$ 159 bilhões no ano passado, o documento também avalia ser factível o cumprimento das metas de gasto e de resultado primário em 2018. Para este ano, a estimativa da IFI é de um déficit primário de R$ 148,2 bilhões, ante uma meta também de rombo de R$ 159 bilhões.

"A revisão das projeções de crescimento econômico, salário mínimo e inflação contribuem para o saldo fiscal positivo no curto prazo. No entanto, o desafio de conter a trajetória das despesas sem comprometer o funcionamento da máquina pública requer significativa reavaliação do gasto obrigatório", acrescentou o IFI.

Com as novas projeções macroeconômicas e fiscais, as estimativas do órgão agora apontam que o pico da Dívida Bruta do governo geral diminui de 93,5% do PIB em 2025, para 86,6% do PIB em 2023.

"Contudo, a análise do quadro fiscal ainda revela situação de profundo desequilíbrio nas contas públicas. Melhorar o resultado primário e retomar o crescimento econômico serão essenciais para restaurar as condições de sustentabilidade da dívida pública", completa o documento.

Criada em dezembro de 2016 por resolução do Senado Federal, a Instituição Fiscal Independente produz relatórios, notas técnicas, banco de dados e projeções econômicas que são levadas em conta pelos parlamentares na análise de projetos de lei e de medidas do governo. O órgão pode agir tanto por iniciativa própria como quanto por demandas específicas de senadores.


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