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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 24-01-2018 - 09:17 -   Notícia original Link para notícia
Número de inadimplentes recua em Minas

 número de consumidores mineiros inadimplentes recuou 4,77% em dezembro, frente ao mesmo mês de 2016. O dado é do Indicador de Inadimplência, divulgado ontem pelo Conselho Estadual do Serviço de Proteção ao Crédito de Minas Gerais (CESPC-MG). A conjuntura econômica mais favorável, assim como a renda extra proveniente do pagamento do 13º salário no período, foram alguns dos fatores que propiciaram a retração do índice. 

"O cenário está melhor e, automaticamente, as pessoas estão liquidando mais as dívidas. Mas tem ainda a questão do índice de compra, que, apesar de ter crescido, está baixo. Quanto menos o consumidor compra, menor também a possibilidade de ele se tornar inadimplente", pondera o presidente do CESPC-MG, .

A queda da inadimplência no Estado, no último mês de 2017, foi maior entre os homens (-5,86%), mas as mulheres também deram a sua contribuição. Na comparação com dezembro de 2016, a retração entre o sexo feminino foi de 4,23%. Na análise por faixa etária, todas apresentaram redução. O destaque, porém, ficou com o grupo dos consumidores de 18 a 24 anos, que viu a parcela dos inadimplentes cair 23,98%. Os mineiros de 85 a 94 anos apareceram logo atrás (- 8,94%).


Na passagem de novembro para dezembro, a variação também foi negativa, com a inadimplência 1,54% menor em Minas Gerais. O recuo desses índices é resultado do maior esforço dos consumidores para colocar as contas em dia. Em dezembro, as dívidas em atraso das pessoas físicas no Estado diminuíram 8,49% em relação ao mesmo mês de 2016, naquela que foi a redução mais expressiva registrada pelo indicador.

Na análise por gênero, o masculino verificou queda de 9,26% no número de despesas pendentes, contra um recuo de 8,32% entre as mulheres. Falci explica que essa diferença - apesar de as dívidas entre os homens, na maioria das vezes, serem mais elevadas - pode estar relacionada com o perfil do desemprego no País. "As mulheres pagam menos porque têm sido mais demitidas do que os homens, então isso também pode ser reflexo do maior desemprego entre aquele gênero", destaca. No confronto com novembro, as dívidas em atraso dos mineiros caíram 2,77% em dezembro.


Empresas - Como em uma espécie de efeito cascata, a regularização da situação financeira por parte dos consumidores contribuiu para a desaceleração do crescimento da inadimplência entre as empresas do Estado. Em dezembro, as pessoas jurídicas inadimplentes em Minas aumentaram 4,06% frente a igual período de 2016. Um ano antes, entretanto, o percentual de alta havia sido bem maior, de 9,16%, para a mesma base.

Já de novembro para dezembro, foi registrado um pequeno recuo de 0,18% no número de empresas inadimplentes, o primeiro desde 2013 neste tipo de comparação. Para , o comportamento do indicador dá ao setor esperanças de que em 2018 a redução da inadimplência possa ser mantida.

"Acredito nisso porque o pior período para uma empresa é o fim do ano, quando vem um alto custo com o pagamento do 13º salário, e mesmo assim tivemos queda (da inadimplência). Há o faturamento melhor pelo Natal, mas tem essa despesa. A empresa, normalmente, é a última a recuperar, porque o empregado, quando contratado, melhora a renda de imediato, a empresa ainda leva um tempo", avalia o presidente do CESPC-MG, sobre o tempo de resposta de um negócio frente a um cenário de recuperação da economia.

O setor de serviços foi o que teve o maior aumento da inadimplência em dezembro, em relação ao mesmo mês de 2016: 6,19%. Em seguida, vieram comércio (3,90%) e indústria (1,84%). Em contrapartida, a agricultura viu o número de inadimplentes reduzir 3,84%.

As dívidas em atraso das empresas subiram 3,07% no último mês de 2017, na comparação com dezembro do ano anterior. Frente a novembro, o indicador retraiu 0,71%. O número médio de contas pendentes das pessoas jurídicas no Estado, em dezembro, foi de 2,06 por entidade.


A regularização por parte dos consumidores contribuiu para a desaceleração da inadimplência pelas pessoas jurídicas/Marcelo Camargo/ABr



Comerciantes do País estão mais otimistas


Rio de Janeiro - Os comerciantes brasileiros iniciaram 2018 mais otimistas, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) subiu 1,1% na passagem de dezembro para janeiro, para 110,1 pontos. Na comparação com janeiro do ano passado, houve aumento de 15%. "A melhora gradativa das condições econômicas, o recuo nas taxas de juros, a inflexão do mercado de trabalho e a trajetória favorável da inflação proporcionaram uma elevação da confiança do empresário no curto prazo", explicou Bruno Fernandes, economista da CNC, em nota.

O subíndice que mede a avaliação das condições correntes cresceu 1,7% em janeiro ante dezembro. Em relação a janeiro de 2017, o salto foi de 41,9%. Apesar da melhora, o componente continua na zona negativa (abaixo dos 100 pontos), aos 83 pontos.
Em janeiro, 43,6% dos comerciantes consideram o desempenho do comércio melhor do que há um ano e 37,4% dos entrevistados avaliam que a situação da economia está mais positiva.

O Índice de Expectativas do Empresário do Comércio aumentou 1,7% em relação a dezembro. Na comparação com janeiro de 2017, houve elevação de 5,9%. Aos 151,3 pontos, o componente permanece como o único subíndice da pesquisa acima da zona de indiferença. Na avaliação de 82,7% dos entrevistados, a economia vai melhorar nos próximos seis meses.

O subíndice que mede as intenções de investimento do comércio aumentou 2,0% em janeiro ante dezembro. Na comparação com janeiro de 2017, a elevação foi de 11,8%, com destaque para o aumento da intenção de investir na empresa ( 21%).

Considerando a perspectiva de melhor desempenho das vendas e contratações, houve maior intenção de contratar funcionários ( 12,2%) do que em janeiro de 2017, assim como maior intenção de renovar os estoques ( 3,8%).

Para 27,5% dos comerciantes consultados em janeiro, porém, o nível dos estoques está acima do que esperavam, embora essa proporção seja menor do que a apontada em dezembro (27,9%).

A CNC estima que o volume de vendas do comércio varejista ampliado - que inclui automóveis e material de construção - tenha crescido 3,9% em 2017 e registre expansão de 5,1% em 2018.




Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci
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