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DCI - Online ( Negócios ) - SP - Brasil - 22-01-2018 - 10:51 -   Notícia original Link para notícia
Alimentos saudáveis ganham espaço no Brasil

Com a melhora da economia e o aumento do poder aquisitivo, o consumidor tende a investir mais na compra de produtos com apelo de saudabilidade, projetam empresas e consultorias



Vapza entrou recentemente no segmento de alimentos orgânicos


FOTO: DIVULGAÇÃOMARCELA CAETANO




22.01.18 12:00 AM


A perspectiva de melhora do poder aquisitivo da população deve impulsionar o consumo de alimentos com apelo saudável neste ano, com destaque para orgânicos.


O diretor geral da fabricante Vapza, Enrico Milani, aposta em um avanço significativo do mercado de alimentos saudáveis, que pode chegar a casa de dois dígitos neste ano. "O segmento vai continuar crescendo, principalmente em orgânicos."


Segundo projeção da Euromonitor, o mercado de alimentos saudáveis deverá movimentar R$ 63,5 bilhões em 2018 no Brasil, alta de 0,8% em relação ao ano passado. O estudo da consultoria contempla todos os produtos que tenham "ingredientes não saudáveis suprimidos ou reduzidos, suplementos, livres de glúten ou lactose, com características saudáveis adicionadas e orgânicos."


Ainda de acordo com a Euromonitor, só o segmento de alimentos orgânicos deve movimentar R$ 153 milhões em neste ano, incremento de 2% na comparação com 2017.


Para Milani, o incremento da demanda por produtos saudáveis se deve à melhora esperada no poder aquisitivo do brasileiro e também à crescente preocupação da população em consumir alimentos mais saudáveis, com menos sódio e outros aditivos.


"O estilo de vida das pessoas está mudando, elas estão mais preocupadas com alimentação", avalia o executivo. A Vapza atua no segmento de produtos cozidos a vapor e embalados a vácuo, naturais e sem conservantes.


O relatório "Alimentação Saudável - Tendências" da agência de inteligência de mercado Mintel aponta na mesma direção. Segundo a empresa, com a queda da inflação e aumento dos postos de trabalho informal, é esperada uma queda do custo de produção de diversas categorias, influenciando positivamente a capacidade de compra. Além disso, a alta do emprego deve proporcionar um cenário mais otimista para o segmento.


"Com isso, é esperado um aumento do consumo de produtos mais saudáveis que, em geral, são mais caros e vinham sofrendo com a alta dos preços", diz o relatório.


Fernando Fagnoni, da T4 Consultoria, destaca o interesse mais acentuado nesses produtos principalmente na região Sudeste e chama atenção para o investimento de pequenas empresas na área, com destaque para suplementos ou marmitas saudáveis. "Apesar dessas empresas terem estrutura pequena, este não é um mercado simples, uma vez que os custos não são poucos. É preciso ser eficiente para não ter prejuízo", salienta.


Crescimento


Em linha com as projeções de Milani para o setor, a Vapza prevê um incremento de 12% das vendas neste ano, amparado pela expectativa positiva para a demanda de produtos saudáveis. Em 2017, a empresa faturou R$ 73 milhões. "Os produtos saudáveis são um nicho, mas tendem a se consolidar entre os consumidores."


Para crescer, a empresa de Curitiba (PR) aposta na expansão dos pontos de venda nos estados em que já atua e em novas regiões. "Estamos muito focados nas capitais do Sul e Sudeste, por isso pretendemos chegar ao Nordeste no segundo semestre deste ano", conta Milani. A intenção é ampliar a distribuição tanto no que diz respeito às redes em que o produto é vendido quanto no número de lojas.


A meta também é ampliar a oferta de produtos na linha de orgânicos, lançada em 2017. Os produtos são elaborados a partir de uma parceria com produtores paranaenses e gaúchos. "Estamos acompanhando as tendências de mercado, especialmente do exterior, e a demanda por orgânicos vem crescendo tanto no Brasil quanto lá fora", avalia.


Depois de um 2017 mais focado no mercado interno, a Vapza pretende ampliar a presença no exterior. As exportações responderam por 5% das vendas em 2017 e, neste ano, devem chegar a 8%. "Estamos em conversas avançadas para abrir novos mercados", relata.


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