Leitura de notícia
O Globo Online (RJ) ( Economia ) - RJ - Brasil - 12-01-2018 - 06:50 -   Notícia original Link para notícia
BNDES muda regras e prevê desembolso de R$ 100 bilhões

Banco financiará até 100% de máquinas a micro e pequenas empresas



O BNDES anunciou mudanças em suas políticas operacionais e espera desembolsar R$ 100 bi este ano. Vai financiar 100% do valor de máquinas para micro e pequenas empresas. O BNDES espera desembolsar este ano um montante próximo de R$ 100 bilhões. Caso a projeção se confirme, representará um aumento significativo em relação ao volume emprestado no ano passado, de R$ 70,7 bilhões. O banco anunciou ontem uma série de mudanças em suas políticas operacionais. Uma das principais medidas prevê a prorrogação da linha de capital de giro até o fim de 2018. Depois de emprestar R$ 7 bilhões no ano passado, a linha terá dotação orçamentária de R$ 32 bilhões este ano. Este crédito é particularmente relevante porque é destinado principalmente a micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). Do total previsto para 2018, R$ 27 bilhões são referentes a operações indiretas, que contam com a intermediação de outras instituições, e R$ 5 bilhões, a operações diretas. FIM DA RESTRIÇÃO A DIVIDENDOS De acordo com o diretor de Planejamento do banco, Carlos Dias Costa, a inclusão da Taxa de Longo Prazo (TLP), atualmente em 6,76% ao ano, como referencial para os financiamentos, no lugar da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), obrigou o banco a mudar suas políticas operacionais. O diretor destacou também que algumas das prioridades do banco serão infraestrutura, transportes e exportações.



LUCAS TAVARESNova direção. Banco avalia que foi obrigado a rever políticas com entrada em vigor da TLP



- Com a mudança de cenário, a gente tem que ser mais simples, mais ágil e flexibilizar algumas restrições que perdem o sentido neste novo contexto. Por isso, criamos essa Política Operacional de Transição - explicou o diretor.



A partir de agora, o BNDES pode financiar, por meio da linha BNDES Finame, até 100% do valor de máquinas e equipamentos adquiridos por micro, pequenas e médias empresas. Para os demais produtos, a participação do banco no financiamento a MPMEs pode chegar a até 80%.



Entre as mudanças, está a decisão de acabar com o limite de 25% de distribuição de dividendos a acionistas, como critério para concessão de financiamentos.



De acordo com a regra anterior, para conseguir um empréstimo no banco, a empresa ficava impedida de distribuir mais do que 25% de seus lucros em dividendos e o valor do empréstimo não podia representar mais do que 5% do ativo total da companhia. Isso era necessário para evitar que uma empresa de grande porte tomasse empréstimos junto ao banco a juros bem abaixo do mercado e fizesse distribuição de lucros com dividendos.



A partir de agora, praticamente não há mais essas restrições, a não ser para linhas de capital de giro direto, cuja restrição continua em até 5% em relação ao ativo total da companhia.



Carlos Dias Costa confirmou também que o banco pretende devolver R$ 130 bilhões este ano ao Tesouro Nacional:



- Nós somos parte do governo, e estamos trabalhando para melhorar o nosso país. E, para isso, precisamos de um equilíbrio sustentável das contas públicas. Quero reiterar a posição da diretoria e do Conselho de Administração. Nós estamos trabalhando para chegar à devolução dos R$ 130 bilhões.



Segundo o diretor, o banco ainda vai fixar um cronograma para essa devolução, que não será feita de uma só vez.


Nenhuma palavra chave encontrada.
O conteúdo acima foi reproduzido conforme o original, com informações e opiniões de responsabilidade da fonte (veículo especificado acima).
© Copyright. Interclip - Monitoramento de Notícias. Todos os direitos reservados, 2013.