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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 06-01-2018 - 09:56 -   Notícia original Link para notícia
Produção de veículos cresce 25,2%

Resultado positivo no País foi registrado em 2017 após dois anos seguidos de retração


São Paulo - A produção de veículos no Brasil voltou a crescer em 2017, depois de três anos seguidos de retração. Foram 2,7 milhões de unidades fabricadas no ano passado, expansão de 25,2% em relação ao volume alcançado em 2016, mostra balanço divulgado na sexta-feira pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

O avanço, além de ter contado com o crescimento das vendas ao consumidor brasileiro, foi impulsionado pelo expressivo aumento das exportações, que, em unidades, atingiram nível recorde. Foram 762 mil veículos ao exterior em 2017, alta de 46,5% em relação ao ano anterior.

Com isso, as exportações passaram a representar 28% da produção das montadoras em 2017, relevância que não se via desde 2005, quando a participação ficou em 30%. Nesse intervalo, as vendas ao exterior perderam importância porque o mercado interno não parava de crescer. Até que veio a crise econômica em 2015 e as montadoras instaladas no Brasil voltaram a dar mais atenção a seus clientes de outros países. O principal destino continua sendo a Argentina, que concentra 70% das exportações.

Apesar de a produção ter voltado a subir em 2017, os níveis ainda estão longe do auge do setor, alcançado em 2013, quando 3,7 milhões de unidades saíram das fábricas, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.

Em dezembro a produção também cresceu. As montadoras produziram um total de 213,7 mil unidades no último mês do ano, avanço de 6,9% em relação a igual mês de 2016, mas queda de 14,2% na comparação com novembro. Na soma dos últimos três meses de 2017, a produção foi de 712,7 mil unidades, alta de 20,5% em relação a igual trimestre de 2016, mas contração de 1,5% na comparação com o terceiro trimestre de 2017.

A fabricação dos chamados veículos leves, que somam os segmentos de automóveis e comerciais leves e representam mais de 90% do setor, atingiu 2,6 milhões de unidades em 2017. O volume representa crescimento de 25% em relação a 2016. Só em dezembro, a produção alcançou 204,9 unidades, avanço de 5,2%, ante igual mês do ano anterior, mas baixa de 14,3% na comparação com novembro.

Entre os pesados, a produção de caminhões somou 82,8 mil unidades no ano passado, aumento de 37% sobre o desempenho de 2016. No último mês, foram 7,4 mil unidades produzidas, avanço de 81,3%, contra igual mês do ano anterior, mas recuo de 8,9% em relação a novembro. No caso dos ônibus, as fabricantes produziram 20,6 mil unidades em 2017, crescimento de 10,5% ante 2016. Em dezembro, foram 1,3 mil unidades produzidas, expansão de 35,9% sobre o desempenho de igual mês do ano anterior, mas retração de 20,6% na comparação com novembro.


Emprego - Com o aumento da produção em todos os segmentos, as montadoras voltaram a contratar mão de obra, depois de três anos seguidos em que o saldo foi de demissões. Em 2017, as fabricantes criaram 5.518 vagas de emprego.

Só em dezembro, foram 141 novos funcionários contratados. Entre 2014 e 2016, haviam sido fechados mais de 35 mil postos de trabalho. Hoje, o setor conta com 126,6 mil trabalhadores no Brasil, 4,6% a mais que no fim de 2016.



Anfavea estima aumento de 13,2% em 2018



São Paulo - A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) estima crescimento de 13,2% na produção de veículos em 2018, para 3,05 milhões de unidades, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Se o resultado se confirmar, o setor voltaria à casa dos 3 milhões, algo que não ocorre desde 2014.

Nas vendas para o mercado interno, a associação aposta em expansão de 11,7%, para 2,5 milhões de unidades. A expectativa é muito próxima da projeção da entidade que representa as concessionárias, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), que fala em avanço de 11,8%.

Para as exportações, a Anfavea acredita em novo recorde. As vendas ao exterior, que atingiram máxima histórica em 2017, devem crescer 5% em 2018 na previsão da associação, para 800 mil unidades.

As vendas internas de máquinas agrícolas, por sua vez, devem subir 3,7%, para 46 mil unidades. As projeções para exportação são de avanço de 9,9%, para 15,5 mil unidades. A estimativa para produção é de 61,5 mil unidades em 2018, crescimento de 11,8% em relação a 2017.

Rota 2030 - O presidente da Anfavea, Antonio Megale, afirmou, na sexta-feira, que espera que a nova política setorial para a indústria automobilística, batizada de Rota 2030, seja finalizada em fevereiro, conforme prometido pelo governo. "O presidente Michel Temer nos disse isso pessoalmente", disse o executivo, em coletiva de imprensa que apresentou o balanço do setor em 2017.

O Rota 2030 deveria ter ficado pronto já no ano passado, para entrar em vigor no início de 2018, em substituição ao Inovar Auto, política que expirou em 31 de dezembro de 2017 e era conhecida por dar incentivos fiscais às montadoras que investissem no Brasil. O Rota 2030 ainda não foi finalizado porque o Ministério da Fazenda tem colocado obstáculos a propostas das montadoras, principalmente no que se refere a incentivos para investimento em pesquisa e desenvolvimento.

Enquanto o Rota 2030 não entra em vigor, o setor ficará os primeiros meses de 2018 sem um regime. Com isso, as alíquotas de impostos voltam ao normal. Isso deve estimular as importações de veículos, porque, no período do Inovar Auto, as alíquotas para importados eram 30 pontos percentuais maiores do que para os nacionais, sobretaxa que só era aplicada caso as empresas importadoras ultrapassarem uma cota.

"Esperamos que a participação dos importados no mercado total brasileiro cresça de 10% para 15% em 2018", prevê Megale.

O executivo negou que a saída de Marcos Pereira no comando do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), pasta que lidera as discussões do Rota 2030, atrapalhe o programa, embora tenha reconhecido que Pereira é um "grande defensor" da nova política setorial. "Ele saiu, mas a equipe foi mantida", explicou.



Venda de novos supera a de usados



São Paulo - A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou na sexta-feira que as vendas de veículos novos cresceram 9,2% em 2017, para 2,239 milhões de unidades, depois de quatro anos seguidos de retração. A associação destacou que, pela primeira vez desde 2012, a variação da venda de novos foi superior à do mercado de usados, que cresceu um pouco mais de 6%.

Só em dezembro, as vendas de novos subiram 4,1% em relação a igual mês do ano anterior, para 212,6 mil unidades. O volume, se comparado a novembro, apresentou variação igual, com expansão de 4,1%.

Por segmento, as vendas dos chamados veículos leves, que somam os automóveis e comerciais leves e representam mais de 90% do mercado total, tiveram alta de 9,4% em 2017, ante 2016, para 2,175 milhões de unidades. Em dezembro, os emplacamentos registraram 205,3 mil unidades, alta de 3,1% em relação a igual mês do ano anterior e de 3,9% na comparação com novembro.

Entre os pesados, a venda de caminhões terminou 2017 com leve crescimento de 2,7%, para 51,9 mil unidades. Em dezembro, foram 6 mil unidades vendidas, avanço de 36,5% ante igual mês de 2016 e de 11% em relação a novembro.

No caso dos ônibus, os emplacamentos somaram 11,7 mil unidades em 2017, expansão de 5,3% em relação a 2016. Em dezembro, foram 1,2 mil unidades vendidas, alta de 83,3% em relação a igual mês do ano anterior e avanço de 12,4% em relação a novembro.

Exportações - As exportações em valores de veículos e máquinas agrícolas somaram US$ 15,851 bilhões em 2017, alta de 48,6% em relação a 2016, mostram dados divulgados pela Anfavea. Em dezembro, as exportações atingiram US$ 1,308 bilhão, avanço de 40,3% na comparação com dezembro de 2016, mas queda de 8,1% ante novembro.

No último mês do ano, foram exportadas 61,1 mil unidades de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, queda de 2,6% na comparação com dezembro do ano anterior e de 16,3%, ante novembro. Em 2017, houve avanço de 46,5% sobre 2016, para 762 mil unidades, recorde histórico do setor.



Fiat Chrysler tem recorde de exportações em 2017



A Fiat Chrysler Automobiles (FCA) anunciou ontem que registrou seu recorde de exportação em 2017, avançando no mercado latino-americano. Além disso, a montadora com planta em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), encerrou o ano liderando alguns segmentos do mercado brasileiro, como de SUVs, picapes, comerciais leves e subcompactos.

A empresa embarcou desde o Brasil para o exterior mais de 145 mil veículos ao longo do ano, com uma expansão de 55% em relação ao exercício anterior. Os principais mercados de destino foram Argentina, México, Chile e outros países latino-americanos.

Este é o melhor desempenho em exportações de veículos desde a instalação da Fiat no Brasil, em 1976. O maior volume exportado anteriormente foi registrado em 1989, ano em que a Fiat embarcou 106.870 veículos completos principalmente para a Europa.

Em 2017, o foco estratégico da empresa esteve concentrado na expansão para a América Latina. Entre os modelos mais vendidos neste mercado destacam-se o Fiat Mobi (29 mil unidades exportadas), Fiat Strada (22,6 mil), Jeep Renegade (19 mil), Fiat Toro (17 mil) e Fiorino (15,7 mil unidades embarcadas).

"O esforço exportador, baseado em uma gama renovada de produtos de classe mundial e no fortalecimento da presença comercial em diversos países, vai ser intensificado em 2018" informa a companhia em nota. A FCA afirma que o tradicional intercâmbio comercial com a Argentina vai ser reforçado, ao mesmo tempo em que a ofensiva aponta para conquistar novas fatias de participação em mercados importantes como México, Chile, Peru, Colômbia e outros latino-americanos.

Interno - No mercado interno, a FCA encerrou o ano com mais de 380 mil veículos comercializados no Brasil, com uma participação de mercado de 17,5%. A empresa liderou importantes segmentos do mercado brasileiro. Foi a líder de vendas em subcompactos, com a aceleração de vendas do Fiat Mobi para cerca de 54,3 mil unidades no ano. Liderou o segmento de picapes com Toro e Strada, ambas da Fiat, cujas vendas superaram as 105,6 mil unidades no ano. Também liderou o segmento de comerciais leves, com destaque para o Fiat Fiorino.

A Jeep, por sua vez, foi a marca líder no segmento de SUVs, com destaque para os dois modelos produzidos no Brasil: Compass (mais de 49 mil unidades) e Renegade (acima de 38 mil veículos vendidos). Ao atingir esta marca, o Jeep Compass consolidou-se em 2017 como o SUV mais vendido no Brasil.


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