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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Negócios ) - MG - Brasil - 05-01-2018 - 00:00 -   Notícia original Link para notícia
Varejo de BH estima perdas de R$ 868 mi neste ano

O comércio belo-horizontino estima perder R$ 868 milhões com os feriados nacionais e municipais previstos para 2018. A projeção é da de Belo Horizonte (-BH) e conforme o vice-presidente da entidade, Marcelo de Souza, poderá prejudicar a recuperação da economia da capital mineira.

Segundo ele, embora o prejuízo projetado para este exercício seja menor do que o registrado no ano passado (R$ 976,75 milhões), toda perda é preocupante. "No comércio tudo o que não se concretiza em venda significa prejuízo. Ou seja, mesmo com uma perda menor, o montante implicará em impactos negativos e custos sem retorno para os comerciantes", explicou.

Preocupa ainda, conforme Souza, o fato de a economia estar em recuperação. Conforme o dirigente, cada dia parado representará menos oportunidades de vendas, movimentos, geração de empregos e de renda para a cidade.

Em 2017, a maioria dos feriados caiu nas quintas-feiras. Em 2018, ao todo, serão 13 datas, sendo que onze delas serão em dias úteis.  Neste ano, a maioria dos feriados (quatro) cairá na sexta-feira. Além disso, cinco feriados poderão ser prolongados, três na terça-feira e dois na quinta-feira.

A segunda e quarta-feira terão apenas um feriado em cada. Já no fim de semana serão dois feriados, incidindo no sábado, que é considerado como o melhor dia para o comércio. Desta forma, a estimativa é de que em apenas um dia de comércio fechado, o setor deixe de faturar cerca de R$ 66,77 milhões.

"O prejuízo que o feriado causa para cada comerciante, de forma individual, varia muito. Mas, com a possibilidade de esticar o fim ou o início da semana, muitas pessoas optam por viajar e o fluxo de gente circulando na cidade diminui, o que afeta diretamente o volume de vendas", comentou.

O dirigente lembra também que em Belo Horizonte, o comércio só pode funcionar em feriados, caso esteja previsto na Convenção Coletiva do Comércio. E nas datas que forem permitidas, o lojista tem que arcar com as despesas adicionais.


Promoções - Assim, a orientação da -BH aos lojistas é de que adotem estratégias para amenizar as perdas já previstas. Entre as sugestões, segundo o vice-presidente da entidade, está a realização de promoções e campanhas junto aos clientes antigos para manter o movimento.

"A realização de promoções pode atrair aquelas pessoas que optarem por permanecer em Belo Horizonte. Além disso, campanhas junto aos chamados clientes fiéis podem ajudar a incrementar as vendas, já que o movimento flutuante será impactado", disse.




Lojistas fecharam 2017 mais confiantes e otimistas



Os comerciantes de Belo Horizonte começaram o ano de 2018 otimistas. É o que apontam pesquisas divulgadas ontem pela de Belo Horizonte (-BH) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG). O estudo da -BH mostra que o Indicador de Confiança do Empresário (ICE) do último trimestre de 2017 ficou em 55,5 pontos, indicando otimismo. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), medido pela Fecomércio MG em dezembro passado, atingiu 104 pontos, também mostrando confiança.

Em ambos os casos, os resultados avançaram em relação aos últimos levantamentos e foram puxados pelas expectativas, enquanto a avaliação das condições atuais ainda é pessimista. O otimismo é reflexo dos resultados do Natal, melhor data para o varejo, e dos indícios de retomada econômica.

De acordo com o vice-presidente da -BH, Marco Antônio Gaspar, o comerciante está confiando muito em 2018, pois acredita que a base para o crescimento econômico está pronta, com inflação controlada e taxa de juros Selic baixa, em torno de 7%. Além disso, a inadimplência está em queda. Esse conjunto auxilia a recuperação da renda real das famílias e estimula o consumo.

Economista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida aponta que o otimismo demonstrado em dezembro sofre a interferência do Natal, a melhor data do ano para o varejo. Ele ressalta que a taxa de juros Selic em 7%, a mínima histórica, alavanca o crédito tanto das empresas quanto das famílias, também estimulando a retomada do consumo. Aliado a isso, ainda há a expectativa de mais geração de trabalho em 2018.

A pesquisa da -BH usa escala de 0 a 100, com indicadores acima de 50 mostrando percepção de melhora. O ICE de 55,5 do último e quarto trimestre foi o melhor de 2017. No período anterior, foi de 51,2, ou seja, avanço de 4,3 pontos. No segundo trimestre do ano passado foi registrado o pior resultado: 43,5. De acordo com Gaspar, esse indicador foi influenciado pela instabilidade política causada pelas denúncias do empresário Joesley Batista, da JBS. No início de 2017, o ICE foi de 50,7.

De acordo com a pesquisa, a expectativa para os próximos seis meses atingiu 73,3 pontos no quarto trimestre, com alta de 6,8 em relação ao terceiro trimestre (66,5). A expectativa quanto à economia do Brasil atingiu 72 pontos. Em relação à própria empresa, o índice ficou em 74,7 pontos.

Quanto às condições atuais, houve percepção de piora, com índice de 31,8 no quarto trimestre. Houve melhora em relação ao terceiro trimestre, que teve índice de 30,9. Quanto ao cenário econômico, o indicador ficou em 24,5 pontos, enquanto a avaliação da empresa foi de 39,1 pontos. "O empresário tem a percepção positiva do que está ocorrendo, mas ainda está patinando nos seus negócios, com crescimento tímido", analisa Gaspar.

Fecomércio MG - O levantamento da Fecomércio MG tem indicadores que variam de 0 a 200 pontos, com índices acima de 100 pontos mostrando otimismo. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) de dezembro, de 104 pontos, foi o terceiro consecutivo a mostrar otimismo.

Um dos componentes do Icec, o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (Ieec) chegou a 139,5 em dezembro. O estudo mostra que cerca de 80% dos comerciantes acreditam que a economia do País vai melhorar nos próximos meses. Além disso, 81,9% acreditam que o setor do comércio vai ter melhoras. Já quanto ao próprio negócio, 83,8% acreditam que haverá avanços.

Já os outros dois componentes do Icec - o Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (Icaec) e o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (Iiec) - ficaram abaixo dos 100 pontos.

A avaliação de condições atuais ficou em 78,4, indicando pessimismo. "Essa avaliação mostra que ainda há entraves para recuperação mais acelerada, havendo cautela por parte dos comerciantes", diz o economista Guilherme Almeida. De acordo com a pesquisa, 64,6% dos entrevistados consideraram que a condição atual da economia do País piorou em relação a igual período do ano passado. Já 59,9% acham que a situação atual do setor piorou. Quanto à própria empresa, 50% consideraram que houve melhora.

Em relação aos investimentos, o índice ficou em 94 pontos. Apesar de não mostrar otimismo, avançou em relação a novembro, que foi de 91,5. O estudo apontou que 61,6% dos comerciantes pretendem ampliar o quadro de funcionários. Entre as empresas de maior porte (mais de 50 trabalhadores), 100% têm a intenção de aumentar o número de funcionários.


Palavras Chave Encontradas: Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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