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O Globo Online (RJ) ( Economia ) - RJ - Brasil - 31-12-2017 - 08:57 -   Notícia original Link para notícia
Órgão suíço entra com ação contra Volks

Entidade de defesa do consumidor quer compensação por escândalo do diesel


A organização suíça de proteção ao consumidor SKS entrou, na sexta-feira, com uma ação a favor de 6 mil proprietários de carros que buscam compensações por danos da Volkswagen e da concessionária suíça Amag relacionadas ao escândalo de emissões conhecido como Dieselgate. A ação foi registrada na Corte Comercial de Zurique.


A SKS disse presumir danos em torno de 15% do preço de venda dos veículos afetados e que, junto com empresas de seguro que apoiam a ação legal, quer dar aos proprietários suíços a possibilidade de buscarem seus direitos sem correr riscos financeiros desproporcionais.


"Os carros vendidos como ambientalmente corretos já eram comercializados com sobrepreço. Devido à manipulação do sistema de escape dos veículos, estes perderam ainda mais valor no mercado de revenda", afirmou a SKS em comunicado.


A Volkswagen disse que examinaria os detalhes da ação quando tivesse acesso ao documento, mas salientou que especialistas da indústria não foram capazes de estabelecer qualquer perda significativa de valor nos carros a diesel da companhia no mercado suíço.


"A confiança e a satisfação dos nossos consumidores são extremamente importantes para nós. No entanto, nossa opinião é que não há base legal para ações conectadas a problemas com o diesel", afirmou a montadora em nota.


A Volks disse que 98% dos 173 mil veículos afetados na Suíça já foram adaptados sem qualquer custo para os proprietários.


IMPORTADORA NÃO VÊ MOTIVO


A Amag, que importa os veículos para a Suíça, afirmou em seu site que não compreendia o motivo de a SKS entrar com a ação, porque os preços de revenda dos veículos a diesel da Volkswagen estão no mesmo patamar, ou às vezes são até mais caros, que os de outras montadoras. A importadora disse ainda que não agiu com a intenção de enganar os consumidores.


A Volkswagen admitiu, em setembro de 2015, ter instalado um software em centenas de milhares de carros a diesel nos Estados Unidos para driblar os testes de emissão de gases poluentes e fazê-los passar por mais "limpos". Logo depois, a montadora revelou que cerca de 11 milhões de veículos em todo o mundo poderiam ter o mesmo software.


No início de dezembro, a Corte Suprema da Alemanha rejeitou um pedido da Volkswagen para suspender os trabalhos de um auditor especialmente designado para investigar as ações da direção da montadora no Dieselgate.


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