Leitura de notícia
O Globo Online (RJ) ( Especial ) - RJ - Brasil - 18-12-2017 - 08:27 -   Notícia original Link para notícia
Franquias desembarcam nos aeroportos do país

Investimentos em infraestrutura e aumento do fluxo de passageiros aumentam o interesse das redes por lojas em terminais aéreos


Cada vez mais brasileiros optam pelas viagens aéreas para se movimentar pelo país, atesta uma pesquisa do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Em junho deste ano, houve um aumento de 2,12% na movimentação de passageiros nos aeroportos, o que representa 15,7 milhões de viajantes a mais no período, em comparação com o mesmo mês do ano passado.


Não por acaso, esses terminais têm atraído cada vez mais redes de franchising, pela visibilidade que possibilitam às marcas: quase 1% das franquias do país, segundo a Associação Brasileira de Franchising, estão em terminais de transportes. Os destaques ficam com os segmentos de alimentação, joias e bijuterias, artesanato tipicamente brasileiro e livrarias, além de grifes femininas e masculinas.


Segundo a presidente da ABF Rio, Eliane Bernardino, após as privatizações, a burocracia para abrir uma loja em aeroportos ficou bem menor, o que torna o processo de negociação e contratação mais ágil. Por outro lado, acrescenta, o custo de ocupação é bem mais alto do que em um shopping center tradicional. "É preciso ter cuidado no planejamento financeiro, porque nem sempre o consumidor final está disposto a absorver esse custo extra no preço do produto," aconselha.


As facilidades pós-privatização de alguns aeroportos vêm chamando a atenção de empreendedores. A rede de franquia de comida da fazenda Divino Fogão inaugurou em 2016 a primeira unida dedam arcano Aeroporto Internacional Tom Jobim-Galeão, no R iode Janeiro. Aloja recebe cerca de 70 mil pessoas por dia eé comandada pelo franqueado Paulo Sobral, que conheceu a marca durante uma feira de franquias.


"A despeito do alto custo que representa uma loja em aeroporto, a unidade do Galeão é uma das mais rentáveis", afirma o fundador Reinaldo Varela, que estuda a expansão da marca a outros aeroportos do país. Um dos diferenciais da unidade do G ale ãoéo serviço deca féd amanhã.


A Divino Fogão nasceu em 1984, em São Paulo, com investimento de 100 mil dólares (cerca de R$ 340 mil), capital que retornou aos cofres da empresa em sete meses. Dez anos depois, adotou o modelo de franquias, que hoje somam 180 unidades, além de quatro casas próprias. Ao longo deste ano foram abertas oito unidades da marca (crescimento de 15%). Para 2018, a Divino Fogão projeta inaugurar mais dez, a maioria nos estados da região Sudeste.


Para abrir um restaurante da rede o interessado deve dispor de R$ 700 mil, além da taxa de franquia (R$ 80 mil) e capital de giro (R$ 30 mil). Os royalties corresponde ma 4% do faturam entoe a publicidade a 1%. O faturamento bruto é de R$ 190 mil, com retorno em 36 meses e lucro líquido de 15% a 18%.


PÚBLICO ROTATIVO


Dos Estados Unidos vem outra marca que faz sucesso nos aeroportos brasileiros: NYS Collection, especializada em óculos de sol e armações para grau. Os modelos têm proteção UV 400 e três certificações internacionais. Criada em 1996, a rede desembarcou no Brasil em 2014, por meio de uma unidade aberta em São Paulo. Hoje são 21 unidades no país, todas franqueadas, quatro em aeroportos: Santos Dumont (Rio), Hercílio Luz (Florianópolis), Pinto Martins (Fortaleza) e Viracopos (São Paulo).


"A expansão em terminais aéreos é interessante em função do intenso fluxo de público rotativo, que compra por impulso, pois algumas pessoas esquecem de levar os óculos em viagens ou querem viajar com um modelo novo", explica Cristiane Capella, diretora da NYS Collection no Brasil. Segundo ela, os brasileiros, mais vaidosos, são os que mais compram óculos.


Uma unidade da marca custa entre R$ 68,5 mil a R$ 118,5 mil, com taxa de franquia e capital de giro de R$ 30 mil cada um, e royalties de 15% sobre as vendas. O faturamento é estimado em R$ 28 mil (modelo smart) e R$ 40 mil (premium). A rede planeja inaugurar mais dez unidades em aeroportos no próximo ano.


Especializada em acessórios pessoais, a Morana nasceu em 2002, já dentro da plataforma de franchising do Grupo Ornatus, e hoje reúne 278 unidades franqueadas no país e sete lojas próprias, além de operações internacionais. A marca tem duas unidades em aeroportos: Juscelino Kubitschek (Brasília) e Salgado Filho (Porto Alegre).


"O grande diferencial destas lojas em terminais aéreos é a visibilidade, pois por ali circulam pessoas de todos as regiões e países. Com a privatização de novos aeroportos, estudamos abrir novas lojas em terminais, principalmente em São Paulo", informa Danilo Assumpção, gerente de Expansão do Grupo Ornatus.



Uma loja franqueada da marca custa R$ 325 mil (modelo tradicional) ou R$ 225 mil (econômico), incluindo obras de reforma, móveis, equipamentos de informática, estoque inicial e despesas pré-operacionais e de marketing inaugural. Os valores não incluem o ponto comercial e podem variar de acordo com a região. O tempo de retorno do investimento é de 24 a 36 meses. O faturamento médio é de R$ 80 mil (tradicional) e R$ 40 mil (econômica), com lucro de 10 a 20%.


Nenhuma palavra chave encontrada.
O conteúdo acima foi reproduzido conforme o original, com informações e opiniões de responsabilidade da fonte (veículo especificado acima).
© Copyright. Interclip - Monitoramento de Notícias. Todos os direitos reservados, 2013.