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O Globo Online (RJ) ( Economia ) - RJ - Brasil - 12-12-2017 - 07:18 -   Notícia original Link para notícia
Dona de Confins avalia aporte em aeroporto

Injeção de R$ 566 milhões seria necessária para evitar calote no BNDES


A BH Airport, concessionária que administra o aeroporto de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, convocará assembleia extraordinária para apreciar um aporte de capital de R$ 566 milhões, segundo fonte a par do assunto. O montante será necessário para cobrir o rombo no caixa da empresa, caso o BNDES não estenda o prazo de vencimento do empréstimo-ponte, e para viabilizar investimentos que não estavam previstos em contrato, mas que acabaram sendo executados pela concessionária. A convocação da assembleia deve ser publicada no Diário Oficial da União amanhã, e a ideia é que seja realizada na primeira semana de janeiro.


LUCAS RUIZ/26-9-2012Mudança. Aeroporto de Confins: sócios privados querem saída de representante da Infraero


A BH Airport é formada por um consórcio privado - que reúne CCR e Zurich Airport, com 51% da concessionária - e pela Infraero (49%). Em tese, o empréstimo-ponte tem que ser quitado em 15 de janeiro. Considerando juros, são R$ 420 milhões. Para isso, a BH Airport contava com a liberação pelo banco do crédito de longo prazo. No entanto, com a decisão do governo federal, em outubro, de reativar voos domésticos de longa distância a partir do aeroporto de Pampulha, o banco de fomento pediu esclarecimentos à concessionária sobre possíveis impactos nos negócios da BH Airport.


Pampulha, que em 2004 era o oitavo terminal em movimentação de passageiros, sofreu um processo de esvaziamento nos anos seguintes, quando passou a ter permissão de operar apenas voos regionais ou de jatos executivos. Foi neste cenário, sem concorrência, que a BH Airport venceu o leilão de concessão de Confins em 2013, e o BNDES negociou os termos do empréstimo-ponte e de longo prazo.


- Estávamos em tratativas avançadas, mas com a abertura de Pampulha será preciso reavaliar o empréstimo de longo prazo com base em um novo plano de negócios, demanda e capacidade de geração do projeto - diz Luciene Machado, superintendente de Saneamento e Transporte da área de Infraestrutura do BNDES.


A BH Airport pediu o adiamento do vencimento do empréstimo-ponte semana passada. Luciene sinaliza que "isso deve acontecer", mas, como a concessionária não tem garantia de prorrogação, decidiu fazer o chamamento de capital para evitar calote. Caso a injeção de capital seja necessária e a Infraero não acompanhe o investimento, será diluída a participação da estatal. O assunto foi tratado entre os sócios em reunião na sexta-feira passada.


Paralelamente, segundo uma fonte, o consórcio privado vai pedir à Infraero que substitua Eduardo Stuckert Neto como representante no Conselho de Administração da BH Airport. Os sócios privados entendem que há conflito de interesse, pois Stuckert Neto é diretor da estatal, e a Infraero, além de acionista de Confins, é dona de Pampulha. A Infraero disse em nota que "não avalia deixar o consórcio nem retirar seu representante do Conselho, assim como conta com o BNDES para a continuidade de seu plano de negócios". A BH Airport não fez comentários.


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