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O Globo Online (RJ) ( Economia ) - RJ - Brasil - 12-12-2017 - 07:15 -   Notícia original Link para notícia
Montadoras e teles disputam mercado de carro conectado

Empresas buscam gerar receita com informações de usuários


-MAUI (HAVAÍ, EUA)- A busca pelo carro conectado vai bem além da internet. Gigantes de tecnologia e montadoras vêm travando uma verdadeira corrida nos bastidores para desenvolver sistemas próprios de conexão que sejam capazes de gerar receita com a comercialização das informações geradas pelos motoristas, como o trajeto e a rotina do condutor, entre outros. Isso abre um novo mercado para seguradoras e empresas que trabalham na manutenção de veículos, por exemplo. As operadoras de telefonia também disputam concorrências realizadas neste fim de ano pelos principais fabricantes de automóveis do país para definir o modelo ideal para o mercado brasileiro.


BRUNO ROSAAposta. No Brasil, carro conectado representa menos de 1% da frota. Nos EUA, já são 15% do total


Para especialistas, o carro conectado será o principal pilar de receitas da chamada internet das coisas. No Brasil, a conectividade nos automóveis ainda está no estágio embrionário: responde por menos de 1% da frota brasileira. De acordo com pesquisa realizada pela Ford, estima-se que 5,6 milhões de veículos estejam conectados no Brasil até 2023. Nos EUA, a conectividade já está presente em 15% de todos os carros.


- Com o carro, você muda a interação com os outros usuários e os outros carros. O fabricante pode mandar atualizações de software para o carro e fazer diagnóstico. Uma empresa de seguro pode ver como você dirige o tempo todo. O aplicativo Waze estará em todos os automóveis assim como o acesso à TV pela internet - disse Cristiano Amon, presidente da Qualcomm Technologies.


Nas teles, a disputa para fazer parte desse mercado está acirrada. Luiz Carlos Faray, diretor da Oi, diz que a estratégia é oferecer mais que a conexão. Segundo ele, o objetivo é fazer análise de dados e oferecer serviços como o armazenamento de informações na nuvem.


- Será possível criar novas fontes de receita com esse volume de informações. Há montadoras no Brasil que estão neste fim de ano com processo de concorrência em andamento para implantar seu modelo de conectividade nos automóveis. Há fabricantes de carros estudando até a criação de uma operadora móvel virtual - diz Faray.


BRASILEIRO BUSCA SEGURANÇA Luis Minoru, vice-presidente de Estratégia e Inovação da TIM, acredita que as montadoras estão investindo em sistemas próprios porque elas querem coletar os dados dos motoristas, pois é isso, diz ele, que vai gerar valor.


- Todos estão preocupados em criar novos serviços - destacou Minoru.


A Embratel destaca as concorrências feitas pelas montadoras. Ney Acyr Rodrigues, diretor de Negócios de internet das coisas da Embratel, diz que a tele tem hoje acordos com Volvo, GM e BMW na área de carros comerciais.


- A conectividade hoje é um valor adicional. Hoje, temos um total de 550 mil chips conectados aos carros. Acredito que em dois anos todos os veículos já vão sair conectados da fábrica - disse Rodrigues.


Marcos Lacerda, vice-presidente de vendas da Qualcomm no Brasil, destaca que a conectividade é hoje a prioridade da indústria automotiva.


- Pelos estudos que fazemos, a segurança é o principal benefício que o brasileiro busca. Depois aparecem serviços como o monitoramento da saúde do motor e manutenção preventiva do carro.


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