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Estado de Minas Online ( Economia ) - MG - Brasil - 06-12-2017 - 04:00 -   Notícia original Link para notícia
Natal de BH deve sair do vermelho

Com reação das vendas e disposição dos clientes, lojistas querem vender 1,42% mais, após tombos de 2015 e 2016
Depois de dois anos de quedas nas vendas do varejo de Belo Horizonte, o Natal deste ano será de crescimento, nas expectativas dos lojistas da capital mineira. Segundo pesquisa da de Belo Horizonte (-BH) com consumidores e empresários, as vendas motivadas pela data devem subir 1,42% em relação ao ano passado. Outro levantamento divulgado ontem, desta vez da Fecomércio-MG, também aponta paa expansão ante 2016 do número de belo-horizontinos que vão gastar com presentes de Natal. As taxas são consideradas "tímidas" pelos empresários, mas sinalizam que a recessão chegou ao fim.

"O Natal acompanhará a recuperação pela qual passamos neste ano. Tivemos dois anos de queda e agora estamos recuperando parte do que perdemos durante a crise. Não é o índice que gostaríamos e que o Brasil precisa, mas perto dos últimos anos é um dado positivo", explicou o presidente da , . Segundo ele, o balanço do ano para o comércio varejista em BH também fechará com saldo positivo de 1,7%.

Entre os itens pesquisados pela , o que mais animou os comerciantes é que neste ano, 78,2% dos consumidores da capital mineira, com base nas entrevistas realizadas, afirmaram que devem presentar alguém neste Natal. A maioria das pessoas ouvidas pretende comprar até três presentes, enquanto no ano passado a média de presentes foi de apenas um produto.

Embora aponte na mesma direção, o número é um pouco diferente do apresentado pela Fecomércio MG, que apontou que 63,3% dos consumidores de BH vão presentear pessoas queridas neste Natal. Segundo o levantamento, em comparação com 2016, quando 51% dos entrevistados afirmaram ter intenção de comprar presentes, o crescimento deste ano é motivo de animação para os comerciantes.

Para a analista de pesquisa da Fecomércio, Elisa Castro, o resultado impacta todos os segmentos, o que gera otimismo. "O período natalino é o mais importante para o setor. Neste ano, embora as famílias ainda demonstrem certa cautela para consumir, a adesão às compras de fim de ano será maior", apontou Elisa. De acordo com o levantamento, os clientes deverão adquirir poucos produtos e de menor valor (48,4%). De modo geral, 70,4% têm a intenção de gastar menos com os presentes na comparação com 2016.

Os sinais da crise, no entanto, permanecem para 21,8% dos entrevistados pela , que afirmaram não estar dispostos a comprar nenhum presente neste fim de ano. Os principais motivos para aqueles que vão segurar os gastos no período de festas são falta de dinheiro (29,9%) e desemprego (23,4%). "Parte da população ainda está sentindo os efeitos da crise econômica vivida pelo país, por isso ainda evita o alto consumo", avaliou Falci.

O aperto financeiro atinge diretamente classes mais baixas da população, que terão que conter os gastos neste Natal. Entre os entrevistados da das classes A e B, 88,2% afirmaram que pretendem comprar presentes, enquanto entre os entrevistados da classe E o percentual de pessoas que vão gastar nas próximas semanas cai para 73,4%.

Cautela no bolso De acordo com a , a maior parte dos consumidores belo-horizontinos (58,3%) pretende comprar presentes de até R$ 100. Outros 23,9% disseram que vão gastar entre R$100 e R$ 150. Entre os entrevistados, 1,1% informou que pretende desembolsar valores acima de R$ 500 neste Natal.

"A melhora no cenário se dá por uma conjuntura de fatores, como a inflação e os juros menores, o que gera mais segurança para os empresários e consumidores. E estamos começando a registrar saldo positivo entre o número de contratados e demitidos no mercado de trabalho. Com a permanência desse cenário de melhorias esperamos que 2018 seja ainda melhor", disse Falci.

Em relação à forma de pagamento, mais da metade dos belo-horizontinos querem pagar à vista seus presentes, sendo que 36,2% desejam pagar em dinheiro e 16,7% por meio do cartão de débito. "As pessoas buscam evitar a qualquer custo o endividamento. Isso mostra a consciência do consumo. Evitando contrair futuros pagamentos, o consumidor não quer comprometer sua renda. Nesse aspecto, dá para perceber que a crise ensina a gastar apenas o que se pode", ressaltou o presidente da .

Os produtos mais procurados neste Natal - segundo 43,5% dos consumidores - serão as roupas. Em seguida estão os brinquedos (22,8%) e os calçados (15,5%). O levantamento mostra ainda que os shoppings são os lugares preferidos dos belo-horizontinos para as compras de fim de ano. Quase metade dos entrevistados (45,3%) afirmaram que pretendem comprar nos shoppings, enquanto 30,8% preferem lojas de rua em centros comerciais. No levantamento da Fecomércio, a ordem dos produtos mais procurados é a mesma: roupas, brinquedos e calçados.


Palavras Chave Encontradas: Bruno Falci, Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL
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