Após dois anos com quedas nas vendas, o Natal de 2017 será de crescimento para lojistas da capital mineira. Segundo pesquisa da Câmara de Dirigentes LojistasCâmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDLCDL-BH) com consumidores e empresários, as vendas do final de ano devem crescer 1,42% em relação ao ano passado. Outro levantamento divulgado ontem, da Fecomércio-MG, aponta o crescimento em comparação com o ano passado no número de belo-horizontinos que vão gastar com presentes de Natal. Os números ainda são considerados "tímidos" pelos empresários, mas sinalizam que a recessão chegou ao fim.

"O Natal acompanhará a recuperação pela qual passamos neste ano. Tivemos dois anos de queda e agora estamos recuperando parte do que perdemos durante a crise. Não é o índice que gostaríamos e que o Brasil precisa, mas perto dos últimos anos é um dado positivo", explicou o presidente da CDLCDL, Bruno FalciBruno Falci. Segundo ele, o balanço do ano para o comércio varejista em BH também ficará com saldo positivo em 1,7%.

Entre os itens pesquisados pela CDLCDL que mais animou os comerciantes é que, neste ano, 78,2% dos consumidores da capital entrevistados afirmaram que devem presentar alguém neste Natal. A maioria das pessoas ouvidas pretende comprar até três presentes, enquanto no ano passado a média de presentes comprados por consumidor foi de apenas um produto.

De acordo com a CDLCDL, a maior parte dos consumidores belo-horizontinos (58,3%) pretende comprar presentes de até R$ 100. Outros 23,9% disseram que vão gastar entre R$100 e R$150. Entre os entrevistados, 1,1% informaram que pretendem gastar valores acima de R$ 500 neste Natal.

Em relação à forma de pagamento, mais da metade dos belo-horizontinos querem pagar à vista seus presentes, sendo que 36,2% pretendem pagar em dinheiro e 16,7% no cartão de débito. "As pessoas buscam evitar a qualquer custo o endividamento. Isso mostra a consciência do consumo. Evitando contrair futuros pagamentos, o consumidor não quer comprometer sua renda. Nesse aspecto dá para perceber que a crise ensina a se gastar apenas o que pode", ressaltou o presidente da CDLCDL.

Os produtos mais procurados neste Natal - segundo 43,5% dos consumidores - serão as roupas. Em seguida estão os brinquedos (22,8%) e os calçados (15,5%).