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Blog David Baker ( Posts ) - SP - Brasil - 09-11-2017 - 14:15 -   Notícia original Link para notícia
Pela primeira vez, Natal poderá ser de preços menores

Os preços dos bens e serviços mais consumidos no Natal estão caminhando para registrar deflação pela primeira vez em pelo menos 17 anos, segundo cálculos da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O levantamento, com início em 2001, levou em consideração o movimento de preços de 214 itens, que já acumulam uma queda de 1,1% em 12 meses até outubro, após avanços de 9,8% no ano de 2016 e de 10,4% em 2015. O cálculo teve como referência os resultados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nos 12 meses encerrados em outubro, os maiores recuos de preços foram registrados pelos aparelhos de telefone celular, equipamentos de TV, som e informática e alimentos para consumo no domicílio. Por outro lado, as passagens aéreas , os bilhetes de ônibus intermunicipais e os tênis devem permanecer consideravelmente mais caros do que no Natal passado.

A cesta de consumo mais barata aliada a melhora no mercado de trabalho, redução nos juros ao consumidor e liberação de recursos extraordinários (como o PIS/Pasep) fizeram a CNC revisar a projeção de crescimento das vendas de Natal de 4,3% para 4,8%. O varejo vem de duas quedas nas vendas natalinas: -5% em 2015 e -4,9% em 2016. Em 2014, houve avanço de 1,8%.

"Se a situação melhorar, se o cenário permanecer favorável, podemos ter um Natal com vendas até melhores do que em 2013, quando cresceram 5%. Seria o melhor Natal em cinco anos. Esse crescimento maior não está descartado", afirmou Fabio Bentes, chefe da divisão econômica da CNC.

A expectativa é que o varejo movimente R$ 34,7 bilhões no Natal de 2017. Os segmentos de supermercados (R$ 11,6 bilhões), vestuário (R$ 9,0 bilhões) e artigos de uso pessoal e doméstico (R$ 5,0 bilhões) devem responder por dois terços das vendas natalinas, mas o maior aumento em relação ao ano anterior deverá ocorrer nas lojas de móveis e eletrodomésticos, com avanço esperado de 17,4% no volume vendido.

"O mercado de trabalho ajuda nesse melhor desempenho. Já são seis meses seguidos de geração de vagas formais pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, a taxa de desemprego vem recuando. Com a inflação baixa e aumento da ocupação, o orçamento das famílias acaba preservado", lembrou Bentes.

Black Friday física. Antes do Natal, o varejo ainda será movimentado pela já tradicional liquidação de novembro, que neste ano será no dia 24. Pesquisa da Câmara de Dirigentes de Lojistas de Belo Horizonte (-BH) mostra que a maior parte das compras dos consumidores da cidade deve ser feita em lojas de rua (41,4%) ou shoppings centers (33%). "A preferência pelas lojas de rua e shoppings é uma novidade, tendo em vista que o evento se originou no e-commerce", comenta a economista da /BH, Ana Paula Bastos. Na opinião dela, isso mostra que as lojas físicas acertaram ao aderir à liquidação. A estima que cada comprador vá gastar, em média, R$ 170. (Com agências)

Temporário terá chance maior de ficar

A melhora na expectativa de vendas provocará uma demanda maior por trabalhadores temporários. A Confederação Nacional do Comércio (CNC) revisou de 73,1 mil para 73,8 mil a previsão de contratação de trabalhadores formais para o Natal deste ano.

As perspectivas de um 2018 melhor devem aumentar a efetivação dos temporários para 30% das 73,8 mil vagas previstas. Nos dois últimos anos, a taxa de absorção de temporários não passou de 15%, apontou a CNC.

Emprego de Natal

Setores com maior geração de vagas para o Natal

Vestuário e calçados: 48,4 mil vagas

Hipermercados e supermercados: 10,3 mil

Lojas de artigos de uso pessoal e doméstico: 8.000

Salário médio de admissão

R$ 1.188

Avanço de 7% em termos nominais ante o mesmo período do ano passado

Setores que pagam melhor

Ramo de artigos farmacêuticos, perfumarias e cosméticos (R$ 1.443)

Lojas especializadas na venda de produtos de informática e comunicação (R$ 1.389)

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